Da coluna Acordes Locais, de Luiz Cláudio Oliveira, na Gazeta do Povo
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Waltel Branco, um dos maiores nomes da música instrumental brasileira
Há exatos seis meses, no dia 14 de maio, quando iniciei esta coluna na Gazeta do Povo, pedi as bençãos ao mestre Waltel Branco. Na época, comentava o disco da Orquestra à Base de Sopro e escrevia o seguinte:
"Mestre Waltel é o nome do disco lançado ano passado pela Orquestra à Base de Sopro, formada por músicos ligados ao Conservatório de Música Popular de Curitiba. É dedicado a Waltel Branco, o mito a quem peço as bençãos ao iniciar esta coluna."
Waltel, um parnanguara que, em 2009, completará 80 anos, tem histórias que dariam um belo livro. Ele é maestro, compositor, violonista, arranjador, precursor do jazz-fusion nos Estados Unidos, da bossa-nova no Brasil, professor de Baden Powell, arranjador de discos do João Gilberto, autor e arranjador de trilhas de novelas da Globo, arranjador da trilha sonora do filme A Pantera Cor-de-Rosa, (junto a Henry Mancini e Quincy Jones), entre outras inumeráveis atuações.
Agora, mais uma boa notícia. Nos próximos dias 22 e 23, sábado e domingo, no Teatro Paiol, será lançado um livro sobre o maestro trazendo um pouco da sua incrível história, com depoimentos dos violonistas Paulo Bellinati e Mário da Silva, e mais 44 partituras de composições de Waltel. O trabalho é coordenado pelo produtor cultural Alvaro Colaço e pelo músico Claudio Menandro, com textos e pesquisa do jornalista Zeca Corrêa Leite.
No dia do lançamento, haverá apresentações dos violonistas Mario da Silva, Claudio Menandro e Ezequiel Piaz, além, é claro, da luminosa presença do homenageado. Ainda no teatro será exibido o curta-metragem "Descobrindo Waltel" (2005), de Alexandro Gamo.
Apesar da importância de Waltel para a música brasileira, não havia ainda uma reunião de partituras de suas composições. O livro trará músicas inéditas entre as 44 escolhidas. Mas o compositor tem cerca de cem obras para violão, trios, quartetos e até orquestra. Já é um começo. E o lançamento do livro traz reuniões interessantes, como a de Claudio Menandro e Mario da Silva, dois talentos do violão. Menandro foi o primeiro a gravar um CD só com composições de Waltel, em 2004. Silva também já o gravou, há 11 anos.
O projeto integral também prevê o lançamento de um CD, provavelmente em dezembro, com participações especiais de violonistas, como, além dos já citados acima, Marcos Pereira, Guinga, Ulisses Rocha, Quarteto Maogani e a musicista grega Eva Fampas, entre outros. As homenagens se iniciam no dia 22 de novembro, coincidentemente o dia em que Waltel Branco nasceu, há 79 anos, e que é também o Dia do Músico.
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