8/29/2008

Não basta sonhar, tem que realizar

Jornal do Estado

Rádios Comunitárias, como a Bairro Novo Fm, abrem espaço para as bandas locais em programas como o PrasBandas, todo domingo às 18 horas, ao vivo

Divulgação/Douglas Fróis

A equipe da RBN/Prasbandas

Adriane Perin

Bandas alternativas não têm espaço nas rádios? Bom, depende de que estação você sintoniza. Em Curitiba, as Rádios Comunitárias começam a ocupar um vácuo deixado pelas emissoras “comerciais”. A Rádio Comunitária Bairro Novo (RBN), no Sítio Cercado, é um exemplo. No ar há seis meses (98,3 FM - sintonia de todas as comunitárias), sua história começou há uma década, quando Gentil Cardoso, uma espécie de agente comunitário – já que atua na Associação de Moradores e no jornal comunitário –, começou os trâmites legais. Com 24 horas no ar, a emissora abre espaço para os talentos das proximidades. Aos domingos, das 18 às 20 horas transmite ao vivo, o Prasbandas (PB) braço do projeto criado pelo curitibano do Xaxim, Getúlio Guerra, a partir da idéia de fazer shows das bandas em seus bairros. O primeiro, em 2005, foi no Sítio Cercado.

No rádio, o programa está há três meses e desde então foram mais de 20 convidados ao vivo - bandas/artistas/produtores - em simpáticas e apertadas performances no pequeno, porém eficiente, estúdio da RBN, nos casos musicais. Sem falar no que não é ao vivo. Neste domingo, a comunidade vai saber sobre monobandas, com Koti e os Penitentes, que em sua outra encarnação é Chucrobillyman. A idéia agora, com proposta em análise na Lei de Incentivo a Cultura, é ampliar. As atividades começariam dois meses antes dos shows, com divulgação do ‘carro de sonho’, para atrair a comunidade para oficinas. O carro do sonho será uma espécie de rádio ambulante, com alto falante rolando som e informativos PB. “Iremos a escolas descobrir talentos e estimular a participação na mostra”, adianta Guerra, empolgado. A vontade é cada vez mais entrar e ficar nos bairros. “Meu sonho é ter casas de cultura e oferecer oficinas não só de música, para a comunidade sacar que isso é feito (de verdade) pra eles, e sentir que isso pertence a eles. Quando tem envolvimento político fica esquecida a necessidade de gerar essa sensação. Correr por fora, seja com apoios da FCC, Minc, ongs, nasa, ovnis, é nosso futuro”, diz, bem humorado.

As comunitárias são emissoras de alcance limitado a até 1 KM de sua antenas. As dificuldades para conseguir concretizar uma idéia, não são poucas, conta Gentil Cardoso, um gaúcho de coração curitibano, que se emociona ao lembrar a batalha até ouvir a RBN no ar. Tem a burocracia e as grandes emissoras que temem as pequenas concorrentes, mais próximas das realidade do bairro. A RBN tem até uma “equipe de reportagem”, com estudantes de comunicação. Sobre as comunitárias curitibanas você lerá mais no Espaço 2. Inclusive, outras duas abrem espaço para bandas. Nas noites de segunda, a Rádio Comunitária São José dos Pinhais tem o Conexão Bandas. E na do Boqueirão, o Acordes Independentes é aos sábados, às 20h. Aguarde cenas dos próximos capítulos.

8/28/2008

Os góticos de hoje são um pouco diferentes

Jornal do Estado

Adriane Perin

Banda curitibana Góticos 4 Fun faz o lançamento de seu primeiro disco em português

Com canções próprias em português a banda curitibana Góticos 4 Fun abre uma nova fase em sua carreira, a partir do show que faz hoje, no Teatro Universitário de Curitiba, mostrando suas novas criações. Ame os Góticos 4Fun é mais um discos quentinho do estúdio Discos Voadores, produzido por Fernando Tupan e Marcus Gusso, que faz parte da leva produzida com apoio do Fundo Municipal da Cultura, cujos shows marcam a retomada do TUC, depois de uma reforma, com shows toda quinta-feira.

Eles têm o “góticos” no nome, mas na verdade a banda nasceu explorando toda a força visual e no palco do glam rock ( maquiagens, inclusive) e do rock’n’roll (aquele de arena, mesmo), mais o noise típico dos 90’s. O disco traz 8 músicas que passeiam por vertentes do rock, e também mostram baladas muito boas, “Mil Corpos” e “Perversidade”. Tem também a divertida “ Não Beba o Meu Vermuth”, com uma levada meio dançante, mas não pauleira . “Amor Meretrício”, um hard rock climático fala da “ paixão da banda por garotas de vida fácil”. Em “Major Junkie” eles brincam com uma de suas referências, David Bowie. A banda - que tem dois discos lançados anteriormente – Góticos 4Fun (2003) e Ao Vivo na Grande Garagem que Grava (2005) – define suas músicas com citações como “o um cruzamento inusitado entre o punk nova-iorquino de Johnny Thunders e Richard Hell com as esquisitices de bandas neo-psicodélicas como Mercury Rev”.

Mas, se você não tem a menor idéia de quem sejam, não se preocupe, o que interessa saber mesmo é que os caras são demais ao vivo, têm energia de sobra pra envolver a galera e com suas boas novas músicas isso vai ficar mais fácil ainda. Johnny Lipstick (voz e composição) e Pharosbird (guitarra), Gary Flower (baixo), Roy Thunder (guitarra) e Vic Lovestar (bateria) fazem música com personalidade, usando com competência as referências que trazem na memória. Quietinha no seu canto, a banda vai galgando posto de destaque no cenário nacional.

Serviço

Góticos 4Fun. Dia 28 às 19h30. R$3. TUC – Teatro Universitário de Curitiba (Galeria Júlio Moreira, s/n – Setor Histórico)

Conversa com quem entende do riscado

Jornal do Estado

O projeto Produtores Toddy nasceu no ano passado para dar consultoriamusical para os novos

Adriane Perin


Edu K

Com o surgimento da internet tem-se a impressão de tudo está ali e que as novas gerações não precisam de ninguém para ajudá-las a se virar: basta fazer. É tanta informação que até parece que tudo se resolve depois da digitação de algumas palavras-chave. Ledo engano. Pois não é que os novos músicos ainda alimentam velhas ilusões que já imaginávamos perdidas? E querem, sim, ouvir dicas de gente “das antigas”, como o gaúcho Edu K – da banda DeFalla, que ficou famoso mesmo com o “Melô da Popozuda”, o pancadão feito pra “Feiticeira” Joana Prado, no H, programa do tempo que o Luciano Huck ainda era da Bandeirantes.

Então, nasceu o projeto Produtores Toddy, cuja proposta, em seu sergundo ano, é dar consultadoria para novos grupos, com dicas técnicas e de marketing. “O mais legal é ajudar a galera que está começando, de todo lugar do Brasil, algumas que ainda nem no underground chegaram, são de garagem. Acho que nos procuram para ter opiniões diferentes”, diz o músico, hoje também produtor e DJ, com uma carreira mais no exterior e um dos convidados desde o começo.

O projeto tem ainda um convidado diferente todo mês, e em agosto, quem assume o posto é Macau Amaral, publicitário mineiro, produtor musical e sound designer, encarregado de dar dicas sobre a parte de visual, tanto de apresentação quanto de video clipe.

Edu K já constatou os resultados das dicas. “Tem gente que manda o som reformulado, incorporando os toques dados. Poder ajudar a galera a alcançar o que quer é um puta prazer”, diz, citando a paulistana Tango, que foi para o estúdio sob os olhares do projeto e o resultado está no site. Ele garante que incentiva a moçada a procurar seu próprio jeito e não se prender a supostas regras de mercado. “Fazer aquilo que gosta, independente de estar na moda agora e tal. Esse negócio de ficar tentando se moldar pra tentar fazer sucesso nunca dá certo. Também sempre falo pra galera que o tal “esquemão” é coisa do passado; existem outros meios de se chegar ao público. O mais óbvio a internet, é claro - mas às vezes a galera não se liga que isso já é (faz tempo!) uma realidade muito forte”, acentua.

Macau, o convidado do mês, diz que vai dar uns toques “a respeito de estética, direção de arte, porque não se pode esquecer a imagem”. Sua idéia, é dar pistas de oportunidades legais que rolam na internet. “É verdade que a informação está toda diante das pessoas, por isso o desafio é filtrar - esse é o diferencial do Produtores”, comenta . “Ainda não sei como vai fluir, mas estou aqui pra dar pitacos na parte que conheço mais, acompanho muito as novas tecnologias”. Nesta área, segue ele, ficou mais fácil editar e todo mundo tem câmera, mas como ter uma forma diferenciada pra não ser mais um nesse mar de informações? “Aí nos entramos”.

Com tanta informação, pondera Edu K, a galera não sabe nem por onde começar. “Precisam de um aval, uma outra figura a quem recorrer”, observa, citando como principais questões: como gravar uma demo, que tipo de computador usar, softwares e como chegar a determinados timbres. E até como arranjar empresário e gravadora, essa entidade jurássica, para muitos, fadada à extinção. “Explico que as coisas mudaram hoje, não é mais preciso depender deles e que sem, funciona tão, ou às vezes melhor, que ter uma gravadora. Muita gente não se deu conta, os mais novos ainda tem um sonho de estar com gravadora”.


Serviço

www.produtorestoddy.com.br

8/27/2008

quando é bom ser jornalista?

porra, essa é muito fácil: quando a gente tem a chance de conversar com pessoas que fazem a diferença. Tá sendo uma semana de muito trabaalho, mas de bom trabalho, produção de textos de verdade. Ganhei a semana já no domingo, quando fui conferrir o Prasbandas numa rádio comunitária no Sítio Cercado (matéria de sexta), e meu bônus veio agora, no papo com o ator (global, é, tem muita gente legal lá!) José de Abreu, que vai estar na cidade com sua peça Fala Zé, na qual ele perfaz sua história de vida, através de momentos marcantes pro mundo. E que história de vida. Simplesmente, amei conversar com ele, que é um workaholic, do tipo apaixonado e não por ser alguém frustrado em sua vida pessoal (o meu tipo de workaholic, diga-se!).
Veja, o cara experimentou o LSD - e não "esse que as pessoas tomam hoje pra ir dançar", como diz ele, mas aquele do Timoty, com sessões, na região de Londres, com assistente social cuidando de quem tinha bad trip... mas, não é só isso - essas histórias de drogas - ele conversando, você percebe o gosto, a alegria pelo faz, o quanto gosta, o como aproveita sua vida, cada gota. divertido, informado e bom de papo. Muito, muito legal. Adorei! (adri)

8/24/2008

Grant Lee Phillips

Tenho ouvido muito esse cara. Já conhecia e gostava do Grant Lee Bufallo, mas indicado pelo Gian, fui ouvir os discos solo dele e gostei muito. Especialmente o
"Ladies love oracle", pequena obra-prima de leveza e sensibilidade que faz qualquer derreter o mais gélido dos corações. E com tanta poluição sonora, tanta afetação por aí, ouvir isso é um alívio. É o que eu chamo de "música reconfortante", pois tem uma beleza terna e simples que faz você se perguntar porque demorou tanto em ouvir isso.
Acima, ele no Morning Becomes Eclectic, da KCRW, em show que já começa com a linda "Dream in color", que me lembra muito a fase solo do Lennon. Um som perfeito para esse domingo ensolarado, e pra fazer melhor qualquer dia.

8/16/2008

The Verve - Forth


The Verve - Forth


nunca ouvi The Verve. só conhecia aquelas do Urban Hymns que todo mundo conhece. por algum motivo tinha passado batido, enfim é tanta coisa. mas de tanto ver o tulio falando e agora os comentários do show deles no Glanstonbury que quando essa semana vazou o disco resolvi baixar. e to há tres dias só ouvindo isso. é muito bom. além das belas melodias, timbres fodidos etc e tal, me chamou a atenção a produção do disco. ao contrário de muitos discos de artistas top, mesmo do rock mundial, não tem aquela produção limpa, certinha. parece um disco ao vivo no estúdio, guitarra vazando, o jeito que o cara canta, a forma como a banda deixa as músicas fluirem, tudo remete a um show, só que bem gravado, em estudio. muito foda. to viciado na música que fecha o disco, "Appalachian Springs". recomendo, e também os videos do show do glastonbury, que foi transmitido pela BBC, estão todos no youtube.

8/08/2008

...


A menina nem piscava, olhos arregalados brilhando, diante do senhor de, poucos, cabelos brancos, que contava a história tantas vezes ouvidas, de como (não) estudou, com a irmã mais velha, de quem fugia junto com o irmão gêmeo, das aulas. E Catarina ainda conseguia ficar assim, diante da ainda imponente figura que viu por uma vida inteira como um guia e mentor, quase 40 anos depois. De volta àquela cidade empoeirada, a pegou dormindo, rodoviária nova, vazia. Só o motorista do ônibus que teve de acordá-la, já que ela não identificou que havia chegado em seu ponto de parada; e um outro rapaz madrugueiro no trabalho, junto com um taxista que se escondia do ar gélido que não foi impedido pela cimento de entrar no amplo ambiente.
Cachecol colorido, cabelos desgrenhados, pegou a bagagem e perguntou por um taxi. Em que parte da cidade eu estou? “ no Parque do Bosque”. Ainda perdida, pensou que estava mais pros lados do cemitério da cidade, tentou se situar e só conseguiu quando avistou a longa avenida que dava na velha casa, agora de portas fechadas. As obras deixavam o antigo barro vermelho espalhado, seco, pelo paralelepípedo, não da calçada, mas da avenida com nome de governador.
Aos poucos, foi acordando, identificando a cada quadra alguns lugares conhecidos, quase todo com novos estabelecimentos. A loja Zortea, de materiais de construção, o antigo mercado Centauro, onde o avô sempre fazia sua paradinha pra uma longa conversa com algum conhecido; o posto de gasolina. Depois a antiga borracharia do outro avô e, à frente, o morro que lhe rendeu alguns pesadelos e que não suportava subir de carro, por medo que ele não vencesse a subida. Invariavelmente, fechava os olhos e enfiava o rosto, apavorado, no banco pra não ver a subida. Um riso nostálgico escapa enquanto o taxista vai contado a boa nova, a instalação de campus da Universidade Federal, que vai valorizar muito o lugar.
O taxi segue adiante, chegando a casa dos Sonda, o antigo Poeira, como era chamada a zona (de putas mesmo, que era assim que eram chamadas, nem sempre com desrespeito) vizinha e chegamos ao trecho que era de terra, lama que sujava os calçados rumo a escola. E logo ali, a casa da Ju, da Dina, do Julio e do Aldo Pereira, o primeiro que a ensinou a empunhar um violão (não que ela tenha aprendido...).
Em frente, a casa da tia, seu novo destino. A casa que foi construída quando ela ainda morava lá e oje abriga algumas das pessoas que Catarina mais ama. A outra casa, onde cresceu, tá lá, guardando toda a saudade dessa vida. Nem Catarina se atreveu a entrar, desta vez.
Silêncio. Até os cachorros dormindo. São 4 da matina. Catarina está de volta e as próximas 24 horas serão de muitos silêncios, mesmo no meio das conversas e fotografias, diante daquele senhor de incríveis olhos azuis e mãos grandes, que já não fala como antes - de quem ela nunca vai cansar de ouvir as histórias, mesmo as já tão conhecidas. e diante de quem seus olhos sempre estarão atentos, querendo ser cúmplices de tantos e tão intensos sentimentos, mesmo sabendo que, talvez, isso já não seja mais possível. (adri)

8/06/2008

Para ouvir, ver, ler e comprar artistas alternativos

Site Bacana, do jornalista Abonico Smith, passa de revista eletrônica a Portal e selo virtual

Iaskara/Divulgação

Jornal do Estado

Adriane Perin

Em uma semana com várias boas novidades para quem vive no mundo alternativo da música, mais uma boa nova nos chega hoje. A revista eletrônica Bacana, criada pelo jornalista Abonico Smith em 2003 ampliou seu leque de atuação e inicia na próxima sexta-feira a nova fase, agora como portal e selo virtual. O selo entra em ação com o lançamento do disco da banda Babies. A entrada no ar do Mondo Bacana é no dia 8/08/2008, data cabalística, que marca o início de vários projetos no Brasil e no mundo – como por exemplo o novo Trabalho Sujo, do também jornalista Alexandre Matias.

Bem humorado, Abonico parece com fôlego renovado. O jornalista especializado em música, é o criador do caderno e do Prêmio Fun, na Gazeta do Povo, de onde saiu em 2001. Desde então, ele vinha se dedicando ao Bacana e ao trabalho na pauta de televisão. Agora, garante, será uma fase mais estrutura do projeto. “A pessoa vai ouvir, ver, ler e poder comprar o artista alternativo, nacional e internacional, independente de estilos”, diz e explica que o alternativo não se refere apenas ao que está fora das grandes gravadoras. “Posso falar de artistas de majors que tenham origem alternativa. A idéia é servir de filtro, porque hoje os 40 milhões de usuários da internet, só no Brasil, geram muito conteúdo e é difícil separar o joio do trigo”, observa.

E o portal não será apenas de música, vai ter textos sobre cinema, livros, RPG e moda. Um diferencial em que Abonico aposta são as Biografias feitas por ele – aliás ele vai fazer praticamente tudo neste começo, mas está aberto a colaborações. “Não existe site no Brasil de biografias musicais com textos autorais. O primeiro vai ser na Amy Winehouse”.

Entre os canais disponíveis vai ter também os blogs. Entre os nomes já confirmados tem a gaúcha Clarah Averbuck; o carioca radicado em Curitiba Rodrigo Brownie, para tratar de de MPB; a jornalista Bárbara Magalhães, conversando com as mulheres e mães modernas e notícias de Londres. “São blogs autorais e exclusivos”, ressalta o jornalista. Vai ter ainda o Fórum - com espaço para comercializar instrumentos -, entrevistas em vídeo e videoclipes. Essa parte, explica Abonico, vai entrar aos poucos, assim como o projeto da Rádio on line, que inicialmente vai apenas tocar músicas, sem uma programação. O visitante também vai poder montar seu próprio Mondo Bacana. “Vai poder fazer sua própria página, criar relacionamentos”, conta, animado.

Selo — A banda que abre o selo, Babies, apresenta seis músicas, entre as quais uma versão, bem fiel, de “Sonho de Ícaro”, já ouvida e aprovada por Biafra - cujo jeito de cantar, aliás, me pareceu uma influência do vocalista da Babies, numa primeira ouvida, ainda rápida, da versão entregue à reportagem. O lado musical deve ser o forte do portal. Semanalmente, o usuário vai ter o Free Download, que disponibilizará uma música gratuita por dia, por 24 horas. “O Los Hermanos vai lançar DVD dia 28 e tô fechando para soltar uma faixa”, adianta.

Abonico está muito entusiasmado com o projeto no qual vem trabalhando, junto com o publicitário Guilherme Boni, que fez toda a parte de programação e vai ficar encarregado de cuidar também da parte de marketing. “Para manter não tem nenhum investimento fora o que eu mesmo aplico. É cem porcento independente”, diz Abonico. O custo, comenta, não é alto. E Abonico conta com os muitos bons contatos feitos ao longo de sua carreira de jornalista especializado em música, que em momentos como este se tornam mais preciosos ainda, porque para concretizaar a proposta é preciso ter textos que façam mesmo a diferença.


Abonico mergulhou no mundo virtual antes dele se tornar uma mania. Desde 1999 ele chafurda pelas conexões e tem internet em casa desde 95, “quando ainda demorava 30 minutos pra carregar páginas e o e-mail era utopia. O google nem existia”.

Sobre o portal, uma última palavra. A coisa toda engrenando e ganhando seu ritmo, Abonico não descarta a possibilidade da TV Bacana, em um futuro nem tão distante assim.

8/03/2008

Último Volume especial OAEOZ









Então. Daqui a pouco, neste domingo, as 23 horas, vai ao ar o Último Volume, especial com o OAEOZ, na rádio Lúmen FM (99.5). A gravação do programa foi muito legal e o resultado final ficou incrível. Conversar com dois caras como o Neri e o Marcos, que conhecem tanto de música e ao mesmo tempo são pessoas tão simples é uma absoluto prazer. Fica fácil, porque as idéias vêm e tudo flui naturalmente. A sensação era de que a gente podia ficar horas lá conversando. E ainda pudemos tocar duas músicas e apesar da minha voz estar totalmente estragada e prejudicada até que saiu bem legal. São dessas coisas que animam a gente.
Valeu mesmo Neri e Marco Stecz, foi um prazer e uma honra. Quando quiserem é só chamar.


Não esqueçam então, as 23 horas, é só sintonizar a 99.5 FM

ou pela internet

http://www.lumenfm.com.br/


Quem perdeu a transmissão ao vivo do programa já pode ouvir ou baixar aqui:

http://www.myspace.com/ultimovolumeradio

http://neri.podomatic.com/


confiram também aqui
mais fotos e vídeos

8/01/2008

Último Volume especial OAEOZ

Neste domingo, 3 de agosto, as 23 horas, o programa Último Volume, veiculado pela rádio Lúmen FM (99.5), e comandado por Neri Rosa e Marco Stecz, leva ao ar um edição especial com OAEOZ.
Preparamos eu e o Carlão uma apresentação especial de duas músicas no violão e guitarra slide para fazer ao vivo nos estúdios da rádio. Minha garganta, seguindo fielmente a lei de Murphy resolveu pifar na véspera, mas mesmo assim a gente vai tentar fazer pelo menos uma delas nesse formato, e a outra provavelmente o Carlão vai cantar. Veremos. Mal consigo falar e to me sentindo o Bob Dylan na fase modern times com cachumba.
Além do som ao vivo, o programa terá ainda músicas dos novos discos do OAEOZ e de bandas/artistas escolhidos por nós. Deve rolar algumas das nossas prediletas, como Spiritualized, Mercury Rev, La Carne, Beto Só, entre outras. Quem não é de Curitiba pode ouvir pelo site da Lúmen na internet

http://www.lumenfm.com.br/

ou conferir na sequência a gravação do programa

http://www.myspace.com/ultimovolumeradio

http://neri.podomatic.com/

não perdammmmm!

tô quebrada

dormi pouco e minha cabeça tá muito estranha, mas valeu cada instante de ontem a noite no Jokers. Vi, pela primeira vez, Arnaldo Machado no palco, convidado que foi do Maxixe na festa do Walmor, Frank, com direito a Cds no cavaquinho do ferreira, vendidos a módicos R$5 reais. eles já começaram com "vodka, uisqui.....", po ái é f.... ainda tô zonza, mas tinha que postar algo rapidamente. Foi incrível. showzaço, os caras são foda e ver o Arnaldo de volta aos palcos.. foi um caso a parte. Walmor, Rodrigão, Ferreira,e Alberto (pô e o rodrinho, sempre muito gente fina, escondido lá atrás...) não são mestres apenas tocando, cantando compondo. eles envolvem a gente de um jeito... a impressão que tive é que eles vão ficando embriagados junto com a gente. a descontração, a desenvoltura no palco, eles ficam tão a vontade.... e o rodrigão querendo só música fácil, o walmor Frank, querendo repetir a música e o rodrigão, não, que é dificil de cantar... enfim... momentos, pra mim históricos, além de absolutamente deliciosos. Com direito a entrega de placas, "de deus da guitarra" e certificados da GGG entregue pelos filhos ao Walmor... Me arrependi amargamente de não ter levado a câmera, porque esse show tinha que ter sido gravado em todos os seus pormenores... tomara que o celular do carlão nos permita por algo aqui mais tarde. valeu a noitada. tá compensado esse cansaço lazarento que me faz arrastar nesta manhã. ainda bem que amanhã to de férias!!!! Mas, antes, tenho muito o que fazer. E o farei, ainda ouvindo Maxixe e Arnaldo Machado cantando pra mim. Obrigada por mais esse show de lavar a alma. (Adri)