8/28/2006

GIANOUKAS PAPOULAS - Panorâmica - Rock de Inverno 5



e pra começar bem a semana, o Marcelo nos avisa de mais um vídeo do Rock de Inverno 5 saído do forno. Desta vez, dos nossos amigos paulistanos do Gianoukas Papoulas, com a música "Panorâmica", que está no novo disco dos caras e pode ser baixada junto com as demais faixas do disco na página do Gianoukas.
Só é importante explicar que esse áudio que está no vídeo ainda é provisório. A áudio definitivo ainda vai ser mixado depois que todos os vídeos estiverem prontos, e deve melhorar bastante.
por enquanto é isso
boa semana e aproveitem

8/24/2006

N.Y.C.



e eu pensava que esse ano não ia rolar de assistir nenhum show de gente grande de fora, porque eu não ia ter grana pra viajar pra sampa ou outro lugar, e o CRF/sonora, sei lá o que, tá vai não vai. Mas hoje de manhã a Adri me ligou contanto que vai ter Tim Festival na pedreira, dia 31 de outubro, com ninguém nada menos que a lenda viva do punk novaiorquino Patti Smith, e de quebra, os Beasty Boys. Excelente. Oportunidade única de ver ao vivo por aqui uma mulher porreta, parceira e companheira de Fred Sonic Smith, frequentadora do palco do CBGB ao lado de Ramones, Television, Richard Hell...
Aí em cima, um videozinho pra ir esquentando.

8/16/2006

Cascadura: sem ilusões e com os pés no chão

Jornal do Estado de hoje

Fábio Cascadura, o compositor e criador da banda, conversou com o Espaço 2
Adriane Perin
Já está nas bancas a mais nova edição da revista Outra Coisa e junto com ela um delicioso presente sonoro, Bogary, o disco novo da banda baiana Cascadura.
O grupo, que tocou em Curitiba no festival Rock de Inverno 6, quer voltar ainda este ano. Bogary é o quarto álbum e tem a tarefa de ocupar o lugar do excelente Vivendo em Grande Estilo. A diferença deste trabalho, diz Fábio Cascadura, criador do grupo que nasceu Dr. Cascadura, é a orientação artística musical que nos primeiros era mais voltada para o rock clássico. “Nosso som remetia a esfera que veio logo depois da primeira geração dos anos 50 e que culminaria nos anos 70”, comenta. A sonoridade setentista foi uma das marcas do grupo no disco anterior, mas a banda já havia, nas palavras de Fábio, “esgotado aquele formato e queria agregar referências mais contemporâneas”. “Agora é nosso momento de ruptura completa, já que no anterior começamos a emular uma personalidade mais nossa”, avalia.
Para este disco foi tudo mais simples, de certa forma. “Os produtores foram capazes de criar a atmosfera em que a banda expõe suas influências sem ser obliterada por elas”, comenta sobre Bogary que foi feito em parcos 22 dias em estúdio. “Não foi corrido, aconteceu naturalmente. Nos outros discos ficamos muito tempo ensaiando e ainda nos demoramos no estúdio porque queríamos reproduzir o que havia sido ensaiado. No Vivendo, não ensaiamos nada até entrar no estúdio e também foi bem bacana, em 40 dias”, diz, reforçando a importância dos produtores, andré p. e Jô Estrada. “Foi uma troca mesmo”. A única coisa que ele pediu à dupla foi: não vamos usar nem piano nem violão. “Foi tudo na guitarra, baixo e bateria e estamos muito satisfeitos. Nunca gostei tanto de um disco. Em geral, depois que gravo me desinteresso como objeto artístico, mas desta vez esta sendo bem diferente”, diz.
O disco está mais pop e o termo não incomoda a banda. “Se é para usar um rótulo, acho esse apropriado. É um disco mais digerível. Já me perguntaram se a banda faz pós- rock. Eu acho que é só um rock”.
O grande lance é estar encartado numa revista que vai levá-lo ao Brasilt todo, algo muito difícil para um grupo alternativo. Era para ser o relançamento do Vivendo, mas acabou surgindo um novo disco no caminho e o relançamento ficou com a Monstro Discos, o que também é bom, pois Vivendo merece ser mais conhecido.
A distribuição pela revista tira um peso das costas da banda, mas continua sendo necessário força e persistência. “Claro que é bom este apoio que nos leva para um novo lugar em um mercado que está se redefinindo. Não podemos nos acomodar como artista que só sobe no palco e toca. Nós gerenciamos nossa parte para dar satisfação aos parceiros. E da mesma forma eles com a gente”.
De qualquer maneira pode estar nascendo uma nova fase para o Cascadura. “Ano que vem fazemos 15 anos e conseguimos agora uma exposição que nunca tivemos antes, entrar em centros que nunca chegamos. Também, estamos num ponto em que não temos muitas ilusões acerca de estrutura e mercado. Sabemos onde estamos nos metendo. É uma nova etapa que começa sem ilusões e com os pés no chão. Não tem essa conversa de vamos estourar, aliás o que tenho ouvido muto e acho graça. Possibilidade existe, mas não vou ficar correndo atrás dela. Estamos mais preocupados em conservar a música que a gente faz”, garante.
Serviço
Em breve novo site da banda. Por hora, dá pra conferir o www.fotolog.com/dr.cascadura

“Não somos a melhor banda da última semana”

JE de hoje


Jornal do Estado — O que é ser uma banda nesses tempos de “maior banda de todo os tempos da última semana” para um grupo que tem quase 15 anos?
Fábio Cascadura — Não ser a maior banda da última semana. A gente não quer ser uma dessas. Já temos nossas maiores bandas de todos os tempos e posso te assegurar que nenhuma delas é de fora do Brasil. Nós só queremos ser uma banda de rock, mesmo.
JE — E o que é ser independente agora que o termo virou grife?
Fábio Cascadura — É estar envolvido com todos os períodos e detalhes da construção da carreira. Pra mim independência significa meter a mão na massa de verdade. É fácil se dizer independente, mas ser de verdade, é outra história.
JE — Porque um disco físico, num tempo em que a internet está mais forte do que nunca e dizem que “ninguém compra mais ”
Fábio Cascadura — É fundamental, porque nem todo mundo tem acesso à internet. E tem o lado da satisfação, eu sou do tempo do vinil e preciso desse retorno visual, tátil e não só auditivo.
JE — Porque o rock na terra do Axé?
Fábio Cascadura — É a terra do axé que está no planeta do rock. A Bahia tem um histórico de lançar rock e produzir ícones – a cada dez anos surge um Raul Seixas, Camisa de Vênus, uma Pitty. Nós fazemos parte de uma geração – com Dead Billies e Brincando de Deus – que ajudou a criar uma situação mais consistente na cidade, que permite que uma Pitty seja revelada ao grande público.
JE — Quem é cascadura no circuito independente brasileiro de hoje?
Fábio Cascadura — Pra mim é inevitável não citar o Cachorro Grande, que primeiro quando vi pensei que fosse só uma brincadeira. Quando notei que era banda de verdade, achei a melhor coisa do mundo. Também tem a Monstro Discos que passou a fase de ser independente por falta de opção, ela é, mas não de qualquer jeito.

Jornal do Estado de hoje A memória da música paranaense

Já está disponível para pesquisa o acervo do Musin – Museu do Som Independente, em Curitiba. Trata-se do material coletado ao longo das duas últimas décadas pelo pesquisador Manoel Neto. Ele trabalha para transformar o endereço oficialmente em um Museu, processo lento que corre junto com o trâmite para que seja tombado como bem histórico cultural do Estado.
São 10 mil folhetos e cartazes de eventos culturais, 1500 vinis, cassetes e cds de músicos locais, mil publicações, como fanzines, livros e informativos, e mais de 3 mil fotos relacionadas ao tema. “Técnicos da Secretaria da Cultura já avaliaram o material para dar entrada no processo, só que isso é demorado”, comenta. O pesquisador explica que o problema por hora é o espaço não ser institucionalizado. “É difícil conseguir verba para dar continuidade. Mas, estar sendo usado como fonte de pesquisa já conta pontos, porque é utilidade pública”, esclarece ele que, enquanto isso, vai trabalhar com Leis de Incentivo como pessoa física.
Não é de hoje que o material recolhido por Neto tem sido fonte bibliográfica para o crescente número de projetos acadêmicos que se debruçam sobre o assunto - e também para a imprensa. Este é o único acervo organizado da história da música paranaense de que se tem notícia. “O acervo não está inventariado e isso custa caro. É a velha lição punk de romper algumas questões e dar um jeito de fazer o que precisa ser feito”, completa. O setor de Patrimônio da Secretaria de Estado da Cultura confirmou que o trâmite está correndo e agora só depende de Neto cumprir as contrapartidas exigidas. Neto, que também vem participando de discussões de política cultural nacional, está bem otimista com o momento. “O mais difícil é ter base consistente e nisso, pelo que tenho visto, estou a frente no Brasil inteiro. A idéia de que já fiz o mais importante, me deixa tranqüilo, agora tenho que organizar”. Ele sabe também que agora é que o bicho vai pegar. Afinal, organizar mais de 40 mil páginas de documentos não é bolinho. “É engraçada: a gente faz a pesquisa e pensa que ela é a questão, mas não. O uso dela e a institucionalização do acervo é a questão. Eu achava que o trabalho estava feito, e é agora que começa”. (AP)
Serviço
MUSIN - Museu do Som Independente (Av Luiz Xavier 68, conjunto 1618 - Galeria Tijucas,). Para visitar é preciso marcar hora antes. Informações: (41) e 41 9604 3992 ou pelo email manoel_umbigo@-yahoo.com.br.

8/11/2006

Cat Soul Power (valeu Takeda)



essa eu descobri no blog do Takeda. realmente impressionante a transformação dessa moça. quando ela esteve por aqui eu não dei muita bola, porque tinha ouvido os discos mais antigos e não tinha batido. mas agora parece que a coisa mudou e muito de figura. aí Rubão, dá uma olhada que eu acho que você vai gostar. e dá um toque pro Mário, também.

é o tipo de coisa que faz aqueles dias em que a gente tá meio assim, pra baixo, ver as coisas de outro modo. música é um negócio muito foda. mesmo com toda a banalização, a vulgarização, o "excesso" que a gente tem por aí hoje em dia, sempre tem alguém fazendo alguma música por aí, que pode mudar, salvar o teu dia. que bom que ainda tem isso. é isso que me faz continuar tendo vontade de tentar arriscar algumas cançõezinhas, apesar de todo o perrengue, de todo o stress, do desânimo com a falta de vontade de ter vontade que parece que nos paralisa e emperra, dessa sensação cada vez mais funda de que você virou um rato de laboratório preso em uma gaiola correndo em uma roda que gira gira e não sai do lugar.

é só isso que a gente precisa de vez em quando. uma canção que te deixa mudo. que provoca aquela dor de estômago inexplicável. e te dá vontade de pegar o violão e colocar pra fora aquela dor que cala, mas não consente. porque o dia em que eu conseguir fazer uma única canção com essa força, que seja, sei que poderei morrer feliz.

e aqui o link pro disco novo da guria

se tiver no nível disso aí em cima, Deus nos proteja!

Mais overmundo

Aí moçada tem texto novo meu no overmundo. sobre bandas curitibanas (novidades...!)
o link é http://www.overmundo.com.br/overblog/alem-do-tropico-de-capricornio

Então, funciona assim. as pessoas tem que votar nos textos que mais gostam pra que eles fiquem no site. confiram.
adri.

8/02/2006

Os donos da “Situação”

Jornal do Estado de hoje

Bandas curitibanas criam associação e apresentam a segunda edição de projeto musical que leva os grupos para o teatro

Adriane Perin

Esta semana tem Situação em dose dupla. O coletivo de músicos curitibanos que virou uma associação promove, amanhã na Fnac, o pocket show das bandas Anacrônica eNambrena e um debate, para marcar o lançamento oficial do projeto Acústico Situação, que acontece no próximo domingo no Memorial de Curitiba. Na Fnac, como de costume, a entrada é franca e as performances começam às 19 horas. No domingo, os shows serão às 18 horas, com ingressos a R$12 e R$6. O músico Rafael Wasmann, um dos mentores da história toda, conversou com o Espaço 2 sobre os planos e empreitadas do Situação, idéia gerada naquelas velhas e boas conversas de bar, há uns quatro anos. Desde então, as festas mensais do grupo se tornaram populares, e atraem artistas de outras áreas que sempre contribuem para diversificar as domingueiras que sempre acontecem entre 16 e 22 horas. Este mês, no entanto, tem Situação de sobra. Além da festa que deve acontecer no dia 27, tem os dois eventos desta semana.O Acústico Situação, comenta Wasmann, na verdade já teve duas edições há exatamente um ano, no Paiol e no Antonio Carlos Kraide. “A idéia é que as bandas mostrem suas músicas o mais próximo de como elas foram compostas”, explica Wasmann. “Este perfil, mais apropriado para teatro, ajuda a atrair pessoas que não freqüentam a noite, levando as bandas curitibanas para um público mais diversificado”, aposta, emendando que é uma brincadeira com os acústicos da MTV. “Virou moda, mas o nosso acústico não tem arranjos de flores, naipes de sopros e cordas, muito menos Pitty e Maria Rita”, brinca ele. Para fazer o evento eles contam com apoios (Padaria América, Fnac, Monti Paz Luthier. Miltimusic e Ticolor) , mas pagam o aluguel do teatro. O núcleo que começou e continua organizando as coisas no Situação é formado pelas bandas de amigos X Máquina, Real Sub e Coletiva. “Todo mundo sabe a dificuldade que é fazer música aqui, só que a gente não queria ficar nessa de reclamar. Pensamos num selo até que surgiram as festas”, conta ele. Isso foi meio por acaso, já que o que estava marcado e era um ensaio geral, coisa entre amigos, mas apareceu tanta gente que já virou uma festa - junto quase com um site”, conta sobre a movimentação que nasceu no bairro Boqueirão, onde residem os músicos da bandas-núcleo. No domingo passado aconteceu a 19 ª edição da festa. “Escolhemos o domingo porque é um dia meio sem o que fazer. E as pessoas podem escolher entre assistir televisão ou ir conhecer a cultura local”. Atualmente, o coletivo que era algo informal virou uma Associação legalmente registrada, com diretoria, estatuto e tudo mais. “Acho que é uma alternativa para a cena independente sim, porque dá mais credibilidade”, diz ele, completando que são dois os focos da entidade: o artístico que produz eventos variados e o político , que participa das discussões pertinentes, como reserva de mercado nas rádios locais e na abertura de shows. Ele já pensa adiante, no dia em que a associação tiver uma sede, com estúdio, loja pra vender os produtos dos artistas paranaenses. Enquanto isso, a trupe segue conquistando espaço. A mais recente novidade é o fanzine Fala, que com apoio da Tecnicópias “ficou com cara de revista pop, com capa couchê, colorido, bem bacana”, diz orgulhoso Wasmann. O Fala será distribuído para quem comprar ingresso no domingo.

Serviço:
Lançamento do projeto Acústico Situação, com as bandas Anacrônica e Nambrena. Dia 3 na Fnac, pocket show e bate papo às 19h, com entrada franca. Dia 6 às 18h, no Memorial de Curitiba, com ingressos a R$12 e R$6.
"A vida é curta pra ser pequena"

disse Chacal, o poeta carioca, que tive o prazer de conhecer de pertinho. Me agarrei as palavras dele hoje, pra ver se consigo voltar a tona e não afundar de vez - isso nunca acontece, é verdade, mas a sensação parece tão real.... é tô num dia meio tonto, mas queria voltar a este blog, que também é meu, embora eu o abandone tantas vezes.

sou mesmo um bichinho esquisito, e não só por ser mulher, embora desconfie que isso é determinante. tem dias que baixa uma inércia e a única vontade é escolher entre encontrar um buraco e sumir do mundo; cobrir a cabeça com um cobertor e fazer de conta que nada existe (até lembrei do moleque Chinaski, tão jovem e tão existencialista em Misto Quente...); ou ficar feito uma retardada em frente da televisão “não assistindo” aquele filme ridículo da sessão da tarde, alguma novela, ou qualquer coisa do tipo.
Tem dias que um baixo astral mais sem razão do mundo estraçalha qualquer tentativa de reação e deixa só essa insatisfação insana, que derruba tudo e deixa só a saudade de alguma coisa que não sei o que é, se é que é alguma coisa. Os olhos vertem de um jeito tão estranho construindo um pranto tão dilacerado quando ridículo, porque de coisas que não são reais, embora de efeito devastador bem real. o sorriso ta sem vontade, e a minha doce casa azul vira um nada antes do cair da noite. Inutilidade, burrice, ignorância, mediocridade parecem não mais só rondar a existência, mas algo palpável.

Ah, mas vamos a outro clichê barato, amanhã é um outro dia e ele pode até ser o mesmo enquanto a noite não chegar, mas vai ter algo bom: se não chover nem garoar faremos - o Grupo Força da Capoeira do qual eu faço parte cada vez com mais orgulho e alegria - uma roda na Boca Maldita, às 19h30, pra celebrar o Dia da Capoeira. Então eu já sei, que a tardinha já vou estar de pernas pro ar e que vou chegar na casa azul toda toda, cheia de energia pra ainda curtir o show do Blue Afternoon - ah é, esse show vai ser muito bom, no James.

Viu só, Adriane, como "a vida é curta pra ser pequena". Larga mão disso, bobona! (Adri)