12/22/2011

Feliz Natal! e que venha 2012

perfeito o vídeo do Pão de Hamburguer pras minhas felicitações de Natal. Aproveito pra agradecer do fundo do meu coração ao Pão de Hamburguer pela parceria e pelo show destruidor que fez no Palco De Inverno na Corrente Cultural e pra dizer que vocês podem contar com a De Inverno, não só pela boa música que fazem, mas também por serem essas pessoas que são. Agradecendo ao Pão, vai também meu valeu pra todo esse pessoal que tocou aqui sob os nossos cuidados, nas Noites De Inverno e no Palco. Foi um ano muito incrível: ver Darma Lovers, depois de tanta espera, no Palco De Inverno, foi um dos momentos mais sublimes desses 10 anos da De Inverno. Ver Jair Naves solo também no Palco De Inverno foi o que eu esperava, arrasador, no melhor sentido. Voltar a ver Mopho e as pessoas pirando com eles foi o encerramento mais do que perfeito para a celebração de dez anos da De Inverno. Ter Beto Só e Lestics nas duas Noites De Inverno trouxe novos momentos especiais para essa história que a gente já tem com essas duas grandes bandas que me dão orgulho de ser brasileira. Às bandas de Curitiba que confiaram na De Inverno em 2011 - Humanish,Te Extraño, Colorphonic, LiqueSpace, Easy Players, Banda Gentileza, Os Corsários e Sopro Difuso - muito obrigada. Valeu pelos shows de prima! Reticênciaz obrigada por colocar a música ao vivo dentro da minha casa de novo! Temos muito a fazer em 2012! Getúlio Guerra,PrasBandas e Eduardo Cirino: vcs foram decisivos! Obrigada também à atenciosa equipe do setor de lei de incentivo da Fundação Cultural de Curitiba.Livrarias Curitiba, Jornal do Estado/Bem Paraná,Rádio Mundo Livre, nossos apoiadores culturais nas Noites e no Palco De Inverno, é muito importante contar com essa parceria. Obrigada.

12/20/2011

Maculelê do Grupo Força

coreografia apresentada no 18. Batizado do Grupo Força da Capoeira, no dia 10 de dezembro de 2011, dia em que a capoeira foi celebrada no palco do Teatro Londrina por nós e desrespeitada por quem não conhece nada e acha bacana exibir sua ignorância, mesmo "estando" responsável por um espaço público como o Memorial de Curitiba. Ironicamente, a mesma pessoa teve que, menos de uma semana depois,  ver a capoeira e um integrante do grupo serem homenageados pela trabalho feito em prol da capoeira. Dá nada não, a capoeira sabe que enfrentar preconceitos é a sua missão. Nada como um dia depois do outro!

12/19/2011

Não sei se termino

Decidi começar a falar dos meus melhores do ano. Não sei se vou até o fim, mas vou começar assim mesmo. Ah, é que eu sempre sofro com essas listas, seja porque minha memória é péssima ou porque sou absolutamente passional e só quero comentar daquelas cancões que realmente fizeram a diferença nos meus dias. E tenho muita resistência äs bolas da vez - cometendo até algumas injustiças. Nessas horas até me passa pela cabeça que nessas votações outros quesitos devem ser levados em conta, como a repercussão, em alguns casos, e a importância em um contexto mais aberto que o do meu fone de ouvido.
Fiz uma lista local neste final de semana e é nessa hora que a ficha cai de novo. Os mais difíceis foram clipe - puxa, como tivemos bons clipes de bandas curitibanas este ano. Bela evolução-; e música - porque neste quesito realmente tem que entrar letra que me marcou mesmo. Em uma categoria sobrou, em outra tive que procurar com mais calma pra não ficar tudo num disco só. Muitas canções que curti esse ano não foram lançadas em 2011.  O caso mais gritante foi Stilnovisti, minha descoberta do ano. Sou meio atrasadinha, mesmo, e nesses tempos de ligeireza - e levando em consideração que já faço muita coisa na correria - na hora da música não tô nem aí se demorei mais pra descobrir a canção que vai me alegrar.
Sei que "perdi", por razões diversas, alguns bons discos, mas essa categoria pra mim já tá bem encaminhada.
Já tenho meus dois grandes discos do ano: Mordida 1, da Mordida; e  Ferro Velho de Boas Intenções, do Beto Só. Estes estão no topo e foram, sem dúvida, dois dos discos que mais ouvi este ano. Foram dias e dias. Cada um com sua luz, os dois fizeram meus dias pela cidade de Curitiba mais belos e nosso lar ficou igualmente mais cheio de texturas quando chegávamos em casa e colocávamos outra vez aquele disco pra rodar. nestes dois discos não encontro nenhuma música para passar adiante.
Seja pela alegria da banda Mordida neste seu momento de felicidade plena ou pela realidade sentida que aparece nos sulcos gravados pelo Beto Só,  cheguei mais perto dos meus próprios sentimentos, dos meus questionamentos e inseguranças e das minhas alegrias e certezas também. Me perdi e me achei de novo e sigo assim, me achando e me perdendo.

Beto Só:
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12/14/2011

Meu dia acabou de um jeito inesperadamente lúdico e cheio de saudade. Pego taxi no mercado e reconheço os primeiros acordes da música caipira que tá tocando. O senhor ia desligar o som e peço que não, deixa Tonico e Tinoco cantar, moço!. Ele se surpreendeu:
- juventude não gosta desse tipo de música, disse.
- É, seu moço, não sou tããão moça quanto aparento e ouvi muito, provavelmente este mesmo disco.
 Ouvi emocionada "Chico Mineiro", canção que é das minhas primeiras lembranças. Lembro de ouvir meus avós cantando pela casa, o disco rolando solto também no bar. Lembro de eu, criança, chorando porque essa e outras músicas eram tão tristes ( Menino da Porteira, Longa Estrada da Vida, enfim... essas músicas caipiras que foram as primeiras que escutei. E, algumas, é impressionante como sou capaz de, mais de 30 anos depois, lembrar de minha vozinha cantando pela casa... eu lembro do som se espalhando pela casa....isso é... deixa pra lá.
O taxista me pergunta:
- E cabocla Teresa, vc conhece também?
- Lembro do nome, mas acho que não sei cantar, não!
Não???!!! Foi só começar a letra, depois daquela clássica parte falada do começo, e não é que saí cantando tudo junto (Há tempo eu fiz um ranchinho Pra minha cabocla morá/Pois era ali nosso ninho/Bem longe deste lugar). E, de novo, aquela sensação de estar na casa da minha vozinha tomou conta e cantei tudo junto, mais ou menos porque, numa boa, são muitas emoções que vêm à tona. Tonico e Tinoco é foda! Coração de quem ouviu isso primeiro, não consegue mesmo se contentar com qualquer coisa depois!
Conversamos então sobre como a música brasileira é linda e poderosa! como a música caipira é o nosso blues e como é uma sonoridade sofrida, conta histórias doloridas.
Entrou um acorde gauchesco que também reconheci imediatamente: "tropeiro velho porque tanta tristeza...."
O motorista pediu se eu tinha um tempo pra ouvir uma música que é bem a vida dele. Claro que sim!
E coloca uma música dos Farrapos que não conhecia, mas de letra igualmente linda sobre uma linda história de amor que não acabou quando os cabelos ficaram brancos... Ah, esse ritmo gauchesco que foi o primeiro que dancei, ao som da gaita ao vivo no meio da casa...

Ah cara, é por isso que eu sou assim, uma romântica incurável, nostálgica.
Da música caipira pra gauchesca terminei meu dia como não esperava depois da pilha que ele foi. Cheia das boas lembranças que acesso sempre que preciso ficar forte.
Não achei vídeo e como queria Tonico e Tinoco vai esse link:
http://www.youtube.com/watch?v=xb4tvRqnEgA&feature=related


as melhores canções

começando a relembrar meus melhores do ano, mesmo sem ter certeza, ainda, se foi lançado esse ano: forte candidato a meu hit do ano, conhecido quase no final deste 2011.
Com a palavra Martinucci, via Stilnovisti

"tem dias de sim/ tem dias de não/
tem dias que nem sequer uma canção/
tem dias de sonho e de doce ilusão/
dias de por os dois pés no chão/
dias reticências, dias dois pontos/
de despedida e de encontros/
tem dias em que a gente perde a noção que dias melhores um dia virão

tem dias, dias de ser, dias de estar
tem dias pra se amar

tem dias que a gente move moinhos
tem dias em que eles se movem sozinhos
são dias em que o vento sopra a favor
dias de frio/ dias de calor
tem dias de flores
dias de espinho em que há uma pedra no meio do caminho
dias de Paulo Leminski Carlos Drummond
Bono Vox e Itamar Assumpçao

tem dias, dias de ser
e dias de estar
tem dias pra se amar"


É o tipo de canção que me acerta em cheio. Gostei desde a primeira audição, mas agora que voltei a ouvir e to ouvindo direto fui percebendo outros detalhes. E não apenas nesta faixa, mas o ep todo é um primor. o que são os detalhes (arranjos) das canções? Realmente um grande disco, jazzeira de prima, que me deu uma vontade hoje quando vinha pro trabalho de voltar pra casa e colocar o disco baixinho pra ouvir enquanto leio um bom livro. Percebi que tô com vontade de uma daquelas tardes calmas, ao lado do meu amor, cada um com seu livro, sem agitação, sem nada demais... só nós dois, algumas canções e um bom livro no aconchego da nossa linda casinha.



12/08/2011

Força da Capoeira - 18º Batizado


Orgulho de ser Força da Capoeira

Maculelê do Grupo Força da Capoeira. Algo que me mantém há dez anos no Força da Capoeira é a filosofia que o Mestre Kinkas/contra mestra Áurea exercitam. Já faz tempo que, quando me refiro ao Mestre Kinkas, falo também da contra mestra Áurea, minha mestra também sem dúvida! Capoeira não é só dar pernada, é também pensar e agir. Meu Mestre age, efetivamente, quando participa de projetos sociais da prefeitura, do estado e do país; quando dá aulas para crianças e adolescentes em situação de risco social; quando participa dos eventos do ministério da cultura representando a capoeira do paraná. E também quando mistura os tipos de gentes que somos nas diferentes academias e escolas onde ensina a arte da rasteira, junto com lições de vida. Kinkas sempre conversa muito e estou certa de que suas conversas espalharam por seus alunos uma visão de vida que agrega, que estimula a amizade, o valor à vida e às pessoas. Eu não tenho a menor dúvida de que a capoeira é um instrumento valioso de valorização da vida, da tolerância e do amor. A capoeira aproxima as pessoas através da música, da dança, do canto, dos movimentos do corpo e também unindo nossas histórias de povos de todas as cores e com todas as crenças. foi sempre muito lindo pra mim observar isso, desde as primeiras vezes em que fui lá pro uberaba, conhecendo aos poucos pessoas com estilos de vida e pensamentos diferentes dos meus. Saí do circuito central mais vezes e botei o pé em outros bairros, além dos que eu morava. conheci mais curitiba e seus curitibanos de tantos lugares do Brasil circulando por várias linhas de ônibus. Em todo dia em que conviví com esse povo da capoeira, ao mesmo tempo em que notei nossas diferenças o que mais me marcou e me manteve por perto foi notar que aqueles princípios essenciais de valorização da vida que aprendi a acreditar desde criancinha estavam entre nós - cada um o exercitando a seu modo. Para isso tudo é importante também conversar. E eu gosto de conversar, ouvir e observar. E as pessoas do Grupo Força da Capoeira também gostam. Algumas mais que outras. Uma dessas é o Boneco de Milho, ou Miguel Novicki, que organizou um encontro de capoeira na UFPR e ta cuidando este ano de outro encontro do Grupo Força com Mestres convidados. É tudo na raça, viu. Não temos apoio público, é o Força da Capoeira “apenas”, lutando pra que essa arte esteja no lugar que é seu por direito. Várias vezes conversei com Boneco, ele defendendo a importância de se manter o ritual, de manter a essência da capoeira com toda sua riqueza cultural. O saber dos mestres faz parte disso. Nossos Mestres de capoeira, e da cultura popular, como um todo são valiosos para que as pessoas não fiquem cada vez mais separadas, sendo identificadas pela roupa que vestem ou pela região da cidade em que moram. Por isso é importante conversar, falar da importância disso tudo e ouvir quem sabe mais ainda. É o que o Força vai fazer outra vez. Amanhã, sexta-feira, véspera do nosso Batizado e dia de troca de cordas dos alunos do Marcos Cigano, vai ter no Sítio Cercado, uma rodada de conversas com os mestres convidados e o pessoal daqui. Vem gente muito boa e competente não só nas rodas de capoeira, mas também naqueles movimentos necessários quando a roda não tá rolando. Porque articulação é isso. É ter estratégia e disseminar as informações que farão a diferença. Vem gente pra dividir seus conhecimentos instintivos e gente para dividir informações estratégicas para que a capoeira fique cada vez mais forte e Curitiba e o Paraná ocupem seu lugar nesse universo. Sem mais, segue o cartaz com o texto que o Boneco de Milho escreveu para convidar a todos. De minha parte, só quero dizer mais um valeu por tudo isso. E lembrar que: “se você faz um jogo ligeiro Dá um pulo pra lá e pra cá Não se julgue tão bom capoeira Que a capoeira não é tão vulgar. Para ser um bom capoeirista, pra ter muita gente que te de valor Vc tem que ter muita humildade, tocar instrumento, ser bom professor. Capoeira faz ginga bonita, canta um lamento com muita emoção Quando vê o seu Mestre jogando sente alegria no seu coração Ele joga angola miudinho, se a coisa esquenta não corre do pau Tem amigo por todos os lados, um grande sorriso também não faz mal. Isso é coisa da gente ginga pra lá e pra cá Mexe o corpo ligeiro, a mandinga não pode acabar” O encontro vai ser: DIA: 09/11/2011 das 14 as 18 horas Local: Associação Parigot de Souza – Sitio Cercado Rua Delminda S. Fernandes esquina com a Rua Dr. Levy Buquera Contato: Mestre Kinkas 96417478 ou Boneco de Milho 96577739 Texto do Boneco de Milho: O jogo/luta/arte da capoeira foi registrado como patrimônio imaterial nacional, pelo IPHAN, em agosto de 2000, a partir de duas perspectivas distintas: as rodas de capoeira e o ofício dos mestres de capoeira. Neste processo, não somente se consolidou uma realidade que já apontava para a importância nacional da capoeira no cenário brasileiro (e mesmo internacional), mas também, pela forma com que o registro se efetivou, explicitou-se que esta não pode ser pensada apenas a partir de sua apresentação pública, é necessário considerar uma maneira de transmissão do conhecimento que tem nas figuras dos mestres – e de suas particularidades – uma referência fundamental. Certamente o processo de registro da roda de capoeira, bem como o do saber do mestre, caracterizados como patrimônio cultural de natureza imaterial é um marco importante de reconhecimento da pratica pelo estado. No entanto sabe-se que a cultura popular caracteriza-se por sua dinamicidade, sendo assim para melhor entende-la as discussões devem ser constantemente atualizadas. Questões como: O que caracteriza e como é formado o saber do mestre? Como manter a essência da capoeira tendo que atender as novas demandas pedagógicas e sociais? Profissionalização. O perfil do professor e mestre de capoeira na atualidade? Quais os requisitos necessários para se tornar um mestre de capoeira? Para responder a estas questões convidamos alguns dos mestres de renome da capoeira nacional. Mestre Kinkas Grupo Força da Capoeira (Paraná) Mestre Xangô Grupo jogar (Rio de Janeiro) Mestre Falcão Grupo Beribazu (Goiás) Mestre Renato Grupo Axé Liberdade (Pernambuco) Mestre Igor Grupo Beribazu (Brasília) Mestre Déa Grupo Kauande (Paraná)

12/06/2011

Aniversário do 92

Muito já falei do Ninety two Degress, nosso querido 92 Graus! Ele celebra seus 20 anos em novo endereço. Eu curti o astral. Flavio garante que os shows começam cedo.

12/05/2011

O Grupo Força Chegou

Começou no domingo, com roda no largo, a Semana Grupo Força da Capoeira. No próximo sábado, dia 10, acontece o 18. Batizado do Grupo Força da Capoeira. Não pego corda, porque quando a gente chega nas cores mais altas, a partir da verde, demora mais pra trocar de corda. é o meu caso: sou verde e amarela, uma década de capoeira que pesa na cor da corda. Uma coisa que gosto muito na capoeira são as cantigas. Tem cantorias lindas, fortes que falam muito do Brasil e dos brasileiros. Tenho ouvido muitos discos de capoeira e entre estes o gravado pelo Força. A música do Valdir Van Damme, "O Grupo Força Chegou", é uma gravada. Só agora percebi que um trechinho dela foi cantado quando eu pegava minha corda verde. E é muito linda essa canção. Então taí, o meu batizado de corda verde, em 2007, se não me engano, e a letra da música. "Hoje aqui nessa roda eu quero ver muita energia/ um jogo bonito e ligeiro, capoeira com sabedoria/ é no canto,é no coro, é na palma/ no samba de roda, no maculelê/ Um grupo que nos convida/ Me convidou e convida você/ lelele-o Grupo Força Chegou lelele-a a Roda vai começar Hoje aqui nessa roda o que eu quero é agradecer/ Ao grupo força e a capoeira/ que faz os meus olhos brilhar só de ver/ é no canto,é no coro, é na palma no samba de roda, no maculelê Um grupo que nos convida Me convidou e convida você lelele-o Grupo Força Chegou lelele-a a Roda vai começar"