12/19/2011

Não sei se termino

Decidi começar a falar dos meus melhores do ano. Não sei se vou até o fim, mas vou começar assim mesmo. Ah, é que eu sempre sofro com essas listas, seja porque minha memória é péssima ou porque sou absolutamente passional e só quero comentar daquelas cancões que realmente fizeram a diferença nos meus dias. E tenho muita resistência äs bolas da vez - cometendo até algumas injustiças. Nessas horas até me passa pela cabeça que nessas votações outros quesitos devem ser levados em conta, como a repercussão, em alguns casos, e a importância em um contexto mais aberto que o do meu fone de ouvido.
Fiz uma lista local neste final de semana e é nessa hora que a ficha cai de novo. Os mais difíceis foram clipe - puxa, como tivemos bons clipes de bandas curitibanas este ano. Bela evolução-; e música - porque neste quesito realmente tem que entrar letra que me marcou mesmo. Em uma categoria sobrou, em outra tive que procurar com mais calma pra não ficar tudo num disco só. Muitas canções que curti esse ano não foram lançadas em 2011.  O caso mais gritante foi Stilnovisti, minha descoberta do ano. Sou meio atrasadinha, mesmo, e nesses tempos de ligeireza - e levando em consideração que já faço muita coisa na correria - na hora da música não tô nem aí se demorei mais pra descobrir a canção que vai me alegrar.
Sei que "perdi", por razões diversas, alguns bons discos, mas essa categoria pra mim já tá bem encaminhada.
Já tenho meus dois grandes discos do ano: Mordida 1, da Mordida; e  Ferro Velho de Boas Intenções, do Beto Só. Estes estão no topo e foram, sem dúvida, dois dos discos que mais ouvi este ano. Foram dias e dias. Cada um com sua luz, os dois fizeram meus dias pela cidade de Curitiba mais belos e nosso lar ficou igualmente mais cheio de texturas quando chegávamos em casa e colocávamos outra vez aquele disco pra rodar. nestes dois discos não encontro nenhuma música para passar adiante.
Seja pela alegria da banda Mordida neste seu momento de felicidade plena ou pela realidade sentida que aparece nos sulcos gravados pelo Beto Só,  cheguei mais perto dos meus próprios sentimentos, dos meus questionamentos e inseguranças e das minhas alegrias e certezas também. Me perdi e me achei de novo e sigo assim, me achando e me perdendo.

Beto Só:
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