6/16/2013

imof no 92 na Festa do UV

Dias chuvosos são convites para ficar morgando, na boa companhia de um livro e das gatas que não saem de perto por conta do friozinho gostoso que bate à porta. O inverno tá chegando, mas as fotos que achei aqui são de um belo dia de sol, sob a sombra de um abacateiro e uma jabuticabeira. Em geral, essas gurias felinas gostam de atrapalhar a leitura, porque querem toda atenção só pra elas. Mas, às vezes, elas ficam quietinhas também, só aproveitando os bons momentos com os amigos. Tigra, Lu e Adri, numa tarde de calor, na primavera de 2013, no quintal do jardim das amoras.

6/10/2013

Uma noite no Paiol da música

Eu olhava prum lado, olhava pro outro, olhava pra cima, olhava pra frente... e por todos os cantos via olhos brilhando, pessoas em uma perfeita sintonia. Um dia depois, dois dias depois! Uma nova semana cheia de tantos novos momentos para lembrar. Nem comecei a assistir o que gravei do show de sábado do Dado Villa-Lobos, Nenung & Projeto Dragão, mas as cenas já se misturam, antes, durante e depois com a vida que segue. As cenas vão e voltam – e voltam até novembro de 2011 quando finalmente vi Os The Darma Lóvers tocando em Curitiba, na Virada da Corrente Cultural. Foi ali, que este show começou a nascer. Foi depois dele, que Nenung decidiu convidar a De Inverno para fazer o show com Dado Villa-Lobos em Curitiba. A causa era nobre, mas confesso que naquele momento só ficou na minha cabeça que se abria a chance de produzir um show de Dado Villa-Lobos, o guitarrista da banda de rock brasileira que mais marcou minha existência – adolescência a gente não esquece, não adianta! Aquela que canta para mim e por mim, dos 15 até hoje, aos 43! Fotos da Duda Rocha! A gente existe para viver esses grandes momentos, tenho certeza disso. Sempre disse que não faz sentido a gente trabalhar, se arrebentar tanto se não for para viver essas catarses, que no meu caso, são na maioria sonoras. Às minhas catarses como plateia, juntam-se, há alguns anos, as de produções de shows como estes. Não tenho do que reclamar! Depois de sábado (01.06.2013), acho que tenho até menos a falar. Sentada aqui, procurando as palavras, a verdade é que só sinto vontade de ficar quietinha – talvez para não assustar essas imagens que dançam na frente dos meus olhos abertos. Foram 48 horas simplesmente indescritíveis. Desde a recepção à Dado e Nenung, na sexta, passando pela expectativa com o pocket no Galpão Thá Cultural, até chegar na tarde de sábado, 01 de junho. Eu sabia que estava tudo certo no teatro, e diante da pergunta - o que vc vai fazer lá no teatro tão cedo? - fiquei calada. Eu simplesmente tinha que ir! As cenas continuam a dançar na minha memória, mas agora são as daquele teatro paiol lotado de pessoas, todas juntas, reunidas numa pessoa só, que não me saem da cabeça. Toda a ansiedade do antes sumiu e só ficou essa sensação – que por incrível que pareça não é daquele mesmo vazio que sinto quando um projeto chega ao fim. É um gosto amargo que fica na boca quando um belo show não é compartilhado! Creio que por já ter vivido isso, é que a imagem do Paiol todo em pé, cantando junto, vivendo junto, não sai de mim! E o mais incrível: eu olhava pra frente e via Dado e Nenung cantando e tocando... dois tempos sonoros da minha vida reunidos, dois coautores da trilha sonora da minha vida ali... dois momentos da minha vida se encontrando, ali na minha frente, de um jeito que eu jamais sonhei que aconteceria. Mais de uma semana se passou e ainda sinto este efeito inebriante. Devagarzinho vou voltando à Terra! Tenho mais um disco novo para ouvir muito e outro tanto de bons momentos para alimentar as baterias por um bom tempo. Vou ouvir uma canção, vamos? vídeos dos amigos conterrâneos Rogério e Luis.