4/27/2013

Vincent Van Gogh

"Na sala de aula, tal como em seus textos, Huysmans defendia ardorosamente uma nova maneira de pensar a arte - uma nova maneira de criar e olhar. Rejeitava os "truques e técnicas" que por tanto tempo tinham sido os elementos dominantes nas escolas de arte, e insistia que os alunos procurassem "o poder da expressão". (...) Desdenhava airosamente a precisão técnica e incentivava os alunos  a "desenhar a impressão que causa o objeto, e não tanto o objeto em si". Ao desenhar um muro, dizia ele, "o artista que copia cada bloquinho de pedra e cada pincelada de cal não entende sua vocação: devia se tornar pedreiro".

Constantin Huymans foi um dos professores de Vincent Van Gogh, na escola Rijksschool Willem II,, em Tilburg ( Holanda), internato no qual ele estudou ( ou foi exilado pela família, na visão dele)  por volta de  1866-67. No lugar, um antigo palácio com seus jardins reais doado pelo rei holandês para ser usado no ensino secundário, o jovem Van Gogh se sentia sozinho, deslocado e abandonado pela família. Estou lendo a biografia do pintor, Van Gogh - a Vida, de  Steven Naifeh e Gregory White Smith, 1025 páginas sem contar as notas, das quais li até agora míseras 36 folhas, mas já deu pra sentir o 'peso' da existência nas costas do rapaz, filho de pastor presbiteriano e uma mãe rígida no dever e nas aparências.

A História da Educação é muito interessante. Sempre que leio biografias de pessoas interessantes, a questão da educação é um capítulo à parte. No texto que reproduzi acima, o assunto é "a estrela cintilante" do corpo docente de Tilburg, Huymans principal pedagogo holandês da época que defendia o desenho como importante instrumento de preparação dos jovens para enfrentar os desafios da nova era de então, a industrial . Ele sustentava que "a educação artística era a chave para uma nova idade de ouro na Holanda: o sucesso econômico por meio de um desenho melhor. O aluno que aprendesse a desenhar bem não só adquiria 'um olho rápido e seguro', prometia, mas também desenvolveria um intelecto 'acostumado à atenção constante' e alerta às 'impressões da beleza'". Interessante teoria e isso na mente inquieta e ainda em descoberta do menino Van Gogh terá um efeito explosivo, já dá pra pressentir, pra quem conhece um pouquinho da história dele.
Um professor que estimulava o que a família não gostava muito. As caminhadas solitárias pelo locais ermos que lhe despertaram o olhar para os detalhes, ganharam a versão escolar para desenhar ao ar livre... muito bacana perceber nestes primeiros passos mostrados pelos biógrafos, a formação das características, qualidades ou defeitos, que depois seriam o combustível também para a arte visceral que não se descolava da vida.
O professor defendia que a educação artística deveria aguçar o poder de observação e em seu método o estudo das obras de arte em sala de aula ocupava papel de destaque.
Pausa para pensar no efeito disso na mente de uma pessoa aos 13, 14, 15 anos. Inevitável a comparação com o que aconteceu em mim quando, pasmen, apenas em uma sala de aula de faculdade, vi algumas obras de arte. Não esqueço do professor de História da Arte se esforçando para melhorar a imagem dos quadros que projetava na parede baleada da sala de aula da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Coloco o impacto daquelas aulas em mim, entre as coisas mais incríveis que me aconteceram. Lembro de uma vez que saí tão emocionada que não conseguia falar, tinha vontade de chorar por um misto de tempo perdido por só ter conhecido aquilo tudo "tão tarde" (rs) e de alegria pelas tantas portas e janelas que pareciam se abrir. Agora, imagina isso, fico pensando, na mente genial (pro bem e pro mal, outra vez) de um Vincent Van Gogh... O fascínio por um professor que abria sua vasta biblioteca e compartilhava  também as histórias de convivência  com artistas importantes em temporadas parisienses. ..
De encantada fico pasmada no parágrafo seguinte em que Naifeh e Smith narram que Van Gogh sequer cita o cara; que parece ter passado 20 anos, até que tudo aquilo que o mestre ensinara o reencontrasse. e ainda reclamou, em suas famosas cartas, que ninguém ensinou algumas lições que tivera bem ali, ainda menino. esses artistas... tsc, tsc!

Bem, este é apenas o começo de uma história cheia passagens atormentadas e relações tumultuadas e tumultuosas, de um dos gênios da história da humanidade. Lá vou eu.

4/26/2013

meu abacateiro em fruto






Chegou a temporada do abacate. O pé tá pra lá de carregado. E descolei um apetrecho que vai ajudar a chegar mais alto. Mas, ainda precisamos de amigos altos. Com a temporada do abacate é chegada a época de comida mexicana. Mas, este ano quero inovar e ir além da guacamole  e do chilli. vamos ver o que acontece.

4/09/2013

Banda imof lança vídeo colaborativo de "Um silêncio novo na casa"



A banda curitibana imof se apresenta neste sábado (13/04), no TUC, em show que marca o lançamento do clip da música “Um silêncio novo na casa”, editado por Luigi Castel e produzido pelo próprio grupo. O clip foi editado a partir de vídeos caseiros de bichos de estimação enviados por internautas, fãs e amigos.

A canção que dá título ao videoclip foi composta pelo vocalista da imof, Ivan Santos, a partir de texto escrito por sua esposa, a jornalista Adriane Perin, em homenagem ao cachorro pastor alemão do casal, Dógui, morto em 2010. A música foi lançada originalmente no single de mesmo nome, gravado pelo grupo no ano passado.

Em fevereiro, a banda convocou as pessoas a participarem do clip da canção, enviando vídeos de seus bichos de estimação. O material recebido foi editado e se transformou em um trabalho colaborativo que faz uma singela homenagem a esses amigos queridos – os que já se foram e os que continuam por aí, alegrando nossos dias com seu carinho, lambidas e estripulias.

A banda imof é formada por Ivan Santos (voz, violão e guitarra), Aguinaldo Martinuci (piano e guitarra), Fernando Lobo (baixo) e Osmario Jr (bateria), todos com longa história na cena musical local. Ivan foi vocalista e compositor da banda OAEOZ, e é o criador, junto com  Adriane Perin, do selo De Inverno e do festival Rock de Inverno. Osmário integrou as bandas CMU Down, UV Ray, Dive e Sofia; Fernando Lobo tocou com ESS, Tod´s e Goticos 4 Fun, além de atuar também como produtor, e Martinuci encabeça o projeto Stilnovisti.

O primeiro single – “Um silêncio novo na casa”, com três faixas, foi quase todo gravado em casa – só as vozes foram captadas no estúdio Audio Stamp –e foi lançado pelo selo De Inverno no início de agosto de 2012. Gravação e mixagem são assinadas por Luigi Castel, com assistência de Fernando Lobo.


Link do vídeo:


www.deinverno.blogspot.com
Contato: deinverno2@gmail.com 

Serviço
Show com a banda imof
Sábado, 13/04 às 20h
TUC (Galeria Júlio Moreira – Centro - Setor Histórico)
Telefones: (41) 3321-3312

Ingresso a R$ 5,00