Do blog do André Forastieri
Na TV, o chefe dos tiras paulistas comemora a queda no número de assassinatos e assaltos, de absurdamente muitos para inacreditavelmente muitos. Peça de propaganda política. Vejo o candidato e ex-governador prometendo que agora vai resolver o problema da segurança, pagar salários mais altos para policiais etc. Cai quem quer.
Tem bandido pra todo canto, da esquina ao Flamengo, e a sordidez dos detalhes hipnotiza e ofende. Precisaríamos de um Ballard brasileiro para dar conta de nossa guerra civil.
Me assustam mais os fardados. Estamos todos calejados, mas tem dia que o noticiário passa dos limites. É PM paulista decapitando deficiente mental, é PM carioca envenenando moleques com cocaína.
A polícia militar não deveria existir. É coisa de ditadura. Não será abolida. É politicamente impossível. Como descriminalizar as drogas e tratar os viciados, o caminho certo para diminuir a violência, como fartamente demonstrado pela experiência internacional.
O Brasil dá passinhos tímidos para sair do Terceiro Mundo, comemorados ao exagero. Os níveis de violência cotidiana, e institucional, nos colocam no Quarto Mundo, junto com países em guerra civil. Esta é a realidade dos números. Este é o desafio a ser enfrentado pelo poder público e pelos candidatos em todos os níveis. Não vejo inteligência ou coragem em nenhum. A luz no fim do túnel é o clarão de um disparo.
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