4/27/2007

Eu sou o Rio

“Não sei se foi Deus quem falou naquele dia, mas parte do paraíso desabou nas minhas costas quando as cortinas do palco do 92 se abriram e os Quatro Cavaleiros do Dia-a-Dia apareceram tocando uma musica nova. Carlinhos e Jorge com suas expressões impassíveis, só lavando os instrumentos no sangue dos cordeiros inocentes vitimados pela caridade burguesa; Sidnei quase invisível de trás da bateria e Linari, em um mood especialmente Linariano, comandando o maior carisma que brota das entranhas daquela pança. O La Carne é assim. Assim foi, assim será, para sempre será, como diria o Elegia. E os escravos somos nós.


O problema é a preguiça – preguiça de ter a cara de pau de ser igual a todo mundo e pagar pau para gente bosta. Preguiça de participar da institucionalização da música e dos vícios de uma “indústria”, que de indústria só tem os vícios, já que não tem os lucros. Muitos chamam isso de preguiça, a maioria de ingenuidade, outros talvez chamem de burrice. Eu chamo de dignidade.”


Trechos do emocionante depoimento do Leo Vinhas para o livro do Fernando Lalli sobre o La Carne

Vão lá e leiam a íntegra



E pra completar
Uma das minhas preferidas de todos os tempos
Black Future
não precisa dizer mais nada

2 comentários:

Anônimo disse...

cara esse foi um achado ducaráleo muito massa hein

Anônimo disse...

demais mesmo. taí uma coisa que eu não hesito em dizer que sou fã. e no my space dos caras tem mais vídeos, e músicas que não estavam no disco. abs