10/28/2011

Palco De Inverno traz Mopho e Os The Darma Lóvers para a Virada Cultural


Os The Darma Lóvers - foto: Danilo Chistides


Mopho (AL) - foto - Woulthamberg Rodrigues

Jair Naves (SP) - foto Patricia Caggegi


Produtora curitibana celebra dez anos com shows inéditos da banda alagoana lançando seu terceiro disco e do grupo gaúcho com a formação completa. Serão três dias com performances também de grupos curitibanos, workshop de produção musical e capoeira


A Virada da Corrente Cultural de Curitiba, no dia 5 de novembro, terá 12 horas de shows com bandas brasileiras sob os cuidados da produtora De Inverno, que aproveita a festa para celebrar uma década de atividade. A partir do meio-dia, o Palco De Inverno, no Peppers’Bar, recebe as performances de dez bandas, duas com shows inéditos na cidade.
As convidadas de fora são a gaúcha Os The Darma Lóvers, a alagoana Mopho e o paulista Jair Naves. Ao lado delas, as paranaenses Te Extraño, Colorphonic, Liquespace, Easy Players, Pão de Hamburguer, Banda Gentileza e a estreante Reticênciaz, encarregada da abertura.
O Palco De Inverno será também o início da celebração do aniversário de outro projeto bacana da cidade, o PrasBandas, de Getúlio Guerra, que está completando seis anos e se uniu à De Inverno nesta festa. A proposta do PrasBandas é promover shows com bandas em espaços públicos em seus próprios bairros. No dia 12, shows de bandas que passaram pelos dois projetos vão marcar o encontro das duas produtoras nas Ruínas de São Francisco, onde haverá também uma roda com o Grupo Força da Capoeira.
A programação do Palco De Inverno oferece ainda um workshopp de produção musical, no dia 9.11, ministrado por Luigi Castell. Tudo com entrada franca.

As bandas - A gaúcha Os The Darma Lóvers (algo como “os amantes do caminho interno”) tem mais de 10 anos de estrada e apresenta pela primeira vez em Curitiba seu show completo, em formato de sexteto. Com quatro discos gravados, a banda começou em torno do duo Nenung & Yang Zam. Eles seguem a tradição folk, sem dispensar o tempero brasileiro para criar um rock psicodélico com forte pegada pop. Ao longo desta trajetória, o duo contou com o apoio de amigos músicos, figuras centrais da cena musical gaúcha, e suas composições foram gravadas também por artistas de destaque nacional, como Dado Villa-Lobos (Legião Urbana). Com o disco mais recente, “SimplesMente”, Os The Darma Lóvers atingiram um ponto de maturidade criativa que reafirma seu posto de uma das mais interessantes e inventivas bandas brasileiras da atualidade.
De Maceió vem a formação original da banda Mopho, que retorna à Curitiba para o primeiro show de lançamento do terceiro disco, “Volume 3” fora do Nordeste. O quinteto construiu uma sonoridade que combina bem os timbres 60’s, letras fortes e interpretação intensa, com sotaque alagoano. Depois de cinco anos separados, em 2008 o grupo anunciou o retorno prometendo o disco novo. Lançado pelo selo Pisces Records, “Volume 3” chegou em 2011.

O ex-Ludovic Jair Naves vem de São Paulo para apresentar o repertório de sua carreira solo, já registrado no bem conceituado disco de estreia, “Araguari”, que rendeu indicações às mais importantes listas de melhores do ano, entre elas a Trama Virtual, Oi! Novo Som, Zona Punk e Showlivre. Em menos de dois anos, Jair Naves se destacou mantendo seu estilo interpretativo único, combinado com arranjos delicados e elementos novos, como violões e pianos, em meio a histórias ambíguas. Em maio lançou o single "Um Passo Por Vez", que alcançou o topo na lista de músicas mais ouvidas no site Trama Virtual.
A seleção de bandas locais segue uma tradição da De Inverno de combinar novos artistas com grupos já experientes. Quem abre a programação do Palco De Inverno é Reticênciaz, banda que reúne músicos de diferentes gerações da cena local. Também dando seus passos iniciais no circuito estão Te Extraño e Colorphonics, que tocam ao lado de formações que já conquistaram destaque local e nacional, como Banda Gentileza, Liquespace, Easy Players e Pão de Hambúrguer.

Criada em 2000 pelos jornalistas Adriane Perin e Ivan Santos, com a primeira das sete edições do Festival Rock de Inverno, a De Inverno organizou mais de 70 shows. Também lançou mais de 20 títulos entre, vídeos, coletâneas e discos de bandas locais. Este ano começou um projeto novo, a Noite De Inverno, que teve duas edições com o lançamento dos novos discos da paulistana Lestics e da brasiliense Beto Só.
Além do Incentivo do Fundo Municipal de Cultura, o Palco De Inverno tem o apoio cultural de Livrarias Curitiba e do Jornal do Estado/Bem Paraná.

PROGRAMAÇÃO


Palco De Inverno
Dia 05.11.2011 – shows do meio-dia à meia-noite
Entrada fraca

As bandas
12h - Reticenciaz (PR)
12h50 -Te Extraño (PR)
13h40 - Colorphonic (PR)
14h40 - Liquespace (PR)
16h40 - Easy Players (PR)
17h40 - Pão de Hambúrguer (PR)
18h40 - Banda Gentileza (PR)
20h - Jair Naves (SP)
21h30 - Os the Darma Lóvers (RG)
23h - Mopho (AL)

Dia 09.11.2011 – Workshop de produção musical com Luigi Castell, a partir das 16h
Dia 12.11.2011 - Shows Pão de Hamburguer, Reticênciaz, Te Extraño, Os Corsários e Sopro Difuso e roda de capoeira com Grupo Força da Capoeira.


10/24/2011

Palco De Inverno na Corrente Cultural 2011

24.10.2011


Que dia lindo, esse 24 de outubro de 2011 em que acordei sentindo a força de um dia de sol e o astral bom das pessoas que amo e dos amigos. Hoje escolhi tirar folga – embora talvez tenha que trabalhar um pouquinho pro Palco De Inverno. Mas, só quero fazer coisas assim: beijar e abraçar, comer amora na árvore, arrancar uns matinhos e deixar minhas plantas mais bonitas; conversar, tocar berimbau e ouvir o som do meu contrabaixo, caminhar, ouvir música, brincar com a baby e as gatas e ficar chapada, claro, que uma Heineken geladinha ou um chopp escuro não fazem mal a ninguém! Vai faltar algo bem importante, que não vou conseguir fazer se passar o dia desse jeito planejado: jogar capoeira. Mas, amanhã vai rolar...
Pra celebrar esse dia, que a minha mãe diz que é muito especial e não só porque nasci em seu entardecer, abri uma velha e empoeirada caixa branca de papelão. Lá dentro tem diários com capa de um rosa perolado e de tons azuis, junto de um Álbum do Bebê,preenchido até uma parte. E cartas, cadernos colegiais cheios de mensagens e lembranças dos amigos que fiz nos primeiros 14 desses 41 anos de vida.

Lá também tem um daqueles álbuns pequenos de fotos que denunciam a década em que foram feitas. Escolhi as dos anos 70.

Essa primeira foto, reza a lenda familiar, que foi a minha primeira. Cresci com ela em um daqueles quadros de moldura oval pendurada na parede da casa dos meus avós. Tinha seis meses e já estava lá toda risonha – me contaram que eu era assim, mesmo, uma criança muito alegre e sempre rindo! Também, como não seria...
no verso tá anotado: “uma recordação da minha adorada filha Adriane karine – Curitibanos 24-5-1971”, Lurdes Maria Perin. Desconfio que eu ainda não conhecia meu pai ou tinha acabado de conhecer!
Na outra, com minha bela mãe.
Essa quem vem em seguida eu simplesmente adoro, toda metidinha em seu vestido vermelho e de chapéu. Na outra foto da série, tô ainda mais metida com as mãos na cintura, toda-toda, mas sem o chapéu. Escolhi essa, que tem uma certa timidez escondida num canto.
E nessa última: será que alguém tinha levado um pito por ter metido o dedinho no bolo do aniversário de um ano? Olha o tamanho do bico...

Luluzinha, paizão, tia Nidinha, tia Nice, tio Roseno, Sil, Mary, Rose, Jeferson e Cley: um abraço muito apertado nessas que foram as pessoas com quem convivi nos meus primeiros anos de vida de uma forma muito próxima, na mesma casa. Com minhas primas-irmãs queridas compartilhei o café da manhã com nossos amados avós, as primeiras paixões e também as estripulias e brigas de criança, claro!

Acordei cheia de saudade também, pensando nas ligações e palavras que ainda fazem muita falta ouvir. Mas, sentir, isso não é problema. Agora mesmo ganhei outro beijo carinhoso no rosto entregue nesse ventinho suave que acabou de passar!Bom dia e uma boa semana pra nós!

10/19/2011

Palco De Inverno na Corrente Cultural e os 10 anos da De Inverno


Este é o registro que temos do lançamento "oficial" da De Inverno

Eu lembro, um pouco, do dia em que o Ivan veio com a idéia de criar um festival. A cena que atraía os holofotes para o planalto central e outras regiões brasileiras mais distantes de Rio e São Paulo começava a dar as caras com a Monstro ficando conhecida pelos festivais. Aqui, depois uma temporada de entressafra várias novas bandas ganhavam força. Zigurate, Cores, Faus, Plêiade, Loaded, Zeitgeist Co, Madeixas e OAEOZ, a razão maior de tudo isso. Foram estas que tocaram no Rock de Inverno – Mostra da Nova Música Independente de Curitiba, a primeira edição que aconteceu no Circus (na São Francisco), nos dias 8, 9 e 10 de junho de 2000. Eu não tinha a menor idéia de que isso duraria dez anos, de que até me aprisionaria nesta paixão e que ela me renderia tanto estresse, que não superaram as alegrias – eu concluo sempre.

Quando nos demos conta,mais de um ano depois, já com uma segunda edição feita no Auditório Antonio Carlos Kraide, em 2001, e já com apoio da FCC, tínhamos um material legal; mais que isso: a gente tinha um selo, com as coletâneas para o press kit – distribuído nacionalmente – e o material visual do Marcelo Borges.
Assim nasceu a De Inverno, meio que sem se dar conta – pelo menos de minha parte!

Quando veio o convite de Luis Arthur Montes Ribeiro para fazer uma edição com apoio da então Brasil Telecom me vi diante da decisão de ter que criar formalmente uma empresa, porque era preciso ter uma empresa para conseguir inscrever na Lei Rouanet. Fizemos, então, o lançamento formal da De Inverno no Espaço Arte e Cultura da Brasil Telecom, com show do Hamiltom “Camarão” de Lócco e lançamento de uma coletânea que reunia composições várias dele. O projeto foi aprovado na Lei, Luiz saiu da Brasil Telecom, o patrocínio não veio, a Brasil Telecom acabou e a De Inverno?

A De Inverno fez sete edições o Rock de Inverno, com mais de 70 shows e comemora uma década na Corrente Cultural de Curitiba, com o Palco De Inverno.

Palco De Inverno na Corrente Cultural 2011

Produtora curitibana celebra dez anos com shows inéditos das bandas Os The Darma Lóvers (RS) e Mopho (AL). Serão três dias com performances também de grupos curitibanos, workshop de produção musical, capoeira e poesia

A Virada da Corrente Cultural de Curitiba, no dia 5 de novembro, terá 12 horas de shows com bandas brasileiras sob os cuidados da produtora De Inverno, que aproveita a festa para celebrar uma década de atividade. A partir do meio-dia, o Palco De Inverno, no Peppers’Bar, recebe as performances de dez bandas, duas com shows inéditos na cidade.
A gaúcha Os The Darma Lóvers, com 20 anos de estrada, apresenta pela primeira vez em Curitiba seu show completo, em formato de sexteto. De Maceió vem a formação original da banda Mopho, que faz o primeiro show de lançamento do terceiro disco, “Volume 3” fora do Nordeste.
Ao lado deles estarão Jair Naves, mostrando repertório de seu bem conceituado disco de estreia, “Araguari” e as paranaenses Te Extraño, Colorphonics, Liquespace, Easy Players, Pão de Hamburguer, Banda Gentileza e a estreante Reticênciaz, encarregada da abertura.
O Palco De Inverno será também o início da celebração do aniversário de outro projeto bacana da cidade, o PrasBandas, de Getúlio Guerra, que está completando seis anos e se uniu à De Inverno nesta festa. A proposta do PrasBandas é promover shows com bandas em espaços públicos em seus próprios bairros, com uma convidada mais experiente. O No dia 12, shows de bandas e músicos que já passaram pelos dois projetos vai marcar o encontro das duas produtoras. Haverá também uma roda com o Grupo Força da Capoeira, em local a confirmar.


Tinha tanta coisa pra falar e agora... só quero ficar aqui ouvindo as coletâneas com essas boas lembranças pra apagar a ansiedade. “Só tenho um dia pela frente e isso me basta,o que importa, agora é o agora"
Nos últimos seis meses tive vários momentos em que pensei em largar mão e deixar isso pra lá. Em dois momentos bem no final, duas pessoas foram importantes para que isso não acontecesse: Getúlio Guerra e Eduardo Cirino, vocês não têm idéia de como eu estava me sentindo quando falei com vcs, e sentir a confiança que senti fez toda a diferença. E também o Luigi a quem liguei só porque sabia que ele ia me acalmar (rs).

Tem outro momento importante acontecendo pra mim: a estréia do novo projeto do Ivan, Reticênciaz, com Jansen Nunes, The Julian e Osmario Jr, pessoas que a gente via no palco quando começou e agora tão aqui na cozinha de casa todo sábado fazendo nossa vida mais musical ainda. É uma nova fase, com outro astral!

Queria muito que o Marcelo Borges estivesse aqui. O Igor e os OAEOZes todos. No dia 12 vamos fazer algo mais informal em uma praça, com algumas pessoas que passaram pelos dois projetos, PrasBandas e De Inverno. Queria que o Dogui estivesse aqui porque nosso parceirão viu tudo isso acontecer curtindo um som com a gente! Queria as Criaturas, o Cores, o Sofia... La Carne, Blanched... ishi, vou parar porque vou esquecer alguém e baixou demais a nostalgia...rs)

Quero que esse Palco De Inverno seja a nossa celebração de todas essas coisas boas que ficaram, de todos esses momentos incríveis que essas bandas me deram, que o Rock de Inverno e a De Inverno me deram.

Ano passado eu pirei na Corrente. Este ano vou pirar diferente, mas sei que vou.
Vai ser demais ver, finalmente, o show dos darma Lóvers... como esperamos por este show e tinha que ser mesmo a gente pra fazer. Valeu Nenung! O Mopho com a gente outra vez; o show do Jair Naves, cujo disco mexe demais comigo. E nossas parceiras curitibanas Gentileza, Pão, Lique, Te Extraño, Easy Players, Colorphonic. E todas as que tocaram nos Rock de Inverno, daqui e de outros estados.

Como eu sempre disse é quando eu as vejo no palco, mandando ver, que tudo clareia pra mim. Esqueço se chorei de raiva, se pensei em desistir... e só danço e canto. Porque ali eu sei que as bandas que escolhemos resolvem o assunto.

Portanto, saiba você - que no dia 5 de novembro vai ficar zonzo de tantas atrações culturais ao mesmo tempo - que no Peppers Bar, do meio-dia à meia-noite, estarão pessoas que realmente precisam de música para viver. Pessoas que se entregam de verdade à vida. Eu estarei com elas – e bem na frente! (adriperin)

10/13/2011

Klezmorim Curitiba e a reinvenção da musicalidade judaica



Com repertório de composições não litúrgicas do século XV,
a banda faz show no Novo Vasquinho


A banda Klezmorim Curitiba leva seu repertório de músicas da idade média para o palco do Novo Vasquinho, nesta semana. Com um clipe e vários shows em clima de festa na bagagem, o octeto formado em 2010 se prepara para lançar no próximo ano o seu primeiro disco, apostando em composições próprias ao lado do repertório de cantigas de domínio público.

O Klezmer é um gênero musical não litúrgico originado pelos judeus do Leste Europeu, que viviam em guetos judaicos, os chamados shtetls. Com uma combinação instrumental que produz ritmos e sonoridade que convidam à celebração, o gênero tem poucos registros. Citações que datam do século 15, no entanto, mostram que era o estilo preferido para festas de casamento. Originalmente, o instrumento que comanda o klezmer é o violino.
E foi a partir da pesquisa de Julio César Soares Coelho, violinista da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), que o Klezmorim Curitiba nasceu. Coelho explica que alguns músicos judeus chegaram ao Pernambuco no período sob domínio holandês, nas naus de Maurício de Nassau, deixando algumas marcas também na cultura brasileira. As mesmas que levaram para Nova York, inspirando a cultura norte-americana e influenciado músicos do calibre de George Gershwin, Leonard Bernstein e Aaron Copland.
Atualmente a Klezmorim Curitiba se completa com Marcelo Oliveira (clarineta), Lúcio Lowen (violão), Ivan Wolkoff (bateria), Levy de Castro (tuba), Hudson Müller (trumpete e sax), Rodrigo Oliveira (piano) e Marco Farracha (percussão). Ao lado de Coelho, eles mergulharam na pesquisa da sonoridade e, apostando também no improviso, já criaram as primeiras composições próprias.
Ainda este mês, o Klezmorim Curitiba leva sua música para São Paulo, onde toca no kleztival, no dia 26, na Estação da Sé, em pleno final de tarde. No dia seguida, 27.10, eles sobem ao palco do Museu da Casa Brasileira.
A trupe tem também planos de tocar em Buenos Aires, em festival do estilo que acontece em maio de 2012, além de convite para registrar a performance em super 8.


Serviço:
O que: Klezmorim Curitiba
Quando: 14.10.2011 às 22h
Onde: Novo Vasquinho (R. Roberto Barroso, 1190 – Antigo Calamengau)
Quanto: R$10.
Informações: (41) 3338-7766 – 78163441.

Em tempo: Tem sorteio de ingresso rolando no portal: www.bemparana.com.br

10/07/2011

da série textos bêbados

Ouvi tantas vezes esse som em “estado de fossa” há uns...quase 20 anos, no comecinho da ‘casa dos 20’, alías, que tem um sabor muito bom ouvir agora, ao lado de quem era o motivo da fossa. (rs) e, não bastasse isso, som de disco é foda, não é não? E nem to falando de vinil, hein! Saí do mp3 para o cd em um daqueles discos, que tenho em vinil, aos quais sempre volto. E com ele vem aquela conhecida torrente de filminhos que passam velozes no canto da memória, movimentando o cérebro, nessa noite de sexta-feira, deliciosamente quente em Curitiba (o que significa um dia quente que acaba com uma noite quente, mas com um arzinho mais frio junto. Perfeito, no que me diz respeito!). A gente tá aqui ouvindo V, da legião urbana, um dos disco que me marcou profundamente, que sei cantar cada murmurar de suas faixas, eu acho às vezes. ouvi muuuuuuito esse disco. é incrível, mas sou capaz de lembrar cenas inteirinha, numa fase intermediária da vida, terminando a faculdade, ou logo depois, mas, com certeza no clima - e sob o efeito - de entrar na vida "adulta" de verdade. sentimentos confusos, muuuuiiita ansiedade, vejo agora. Ao som de legião urbana, sim!

10/01/2011

o que eu posso fazer?

Tá um dia muito lindo. Aliás, já são uns quatro dias que Curitiba tá brilhando com o sol. Tem gente que reclama do frio porque diz que fica sem vontade de fazer nada. Puxa, vida, eu não quero reclamar do sol, ele tá firme e forte aqui e acho legal, mas comigo isso acontece no verão. O que posso fazer se me sinto assim? O que posso fazer se alguma coisa acontece com meu corpo, com minha mente e eu fico neste estado lesado, chata mesmo! A casa tá uma bagunça e eu estou aqui completamente inutilizada!!!
Não consigo fazer nada, tão grogue com se tivesse muiiito chapada e passada, só que no lugar do relax, pinta uma impaciência tão fácil de descambar para o mau humor. E esqueço o que ia fazer no meio do caminho. me dá arrepio de frio... ah, muito estranho! Eu só não fico assim quando tô de férias numa praia linda.D aí, o calor não me incomoda. Eu não odeio o verão, mas que fazer se sou um ser do frio?! O dia de hoje deu uma palhinha do que serão meus lindos dias de verão!!!! Muito vestidinho, chapéus e paciência pra esperar um arzinho mais fresco. (adri)

9/27/2011

Antes da Coisa Toda Começar: Armazém no Guairinha

O assunto hoje é teatro. E, mesmo que eu não estivesse encarregada da assessoria de imprensa dessa que é uma das melhores companhias de teatro do brasil, passaria a notícia adiante sobre a vinda da Armazém Cia. de Teatro para Curitiba, a partir de quinta-feira. Eu vi a peça Antes da Coisa Toda Começar no Festival de TEatro de Curitiba e foi uma das melhores. Curtam o trailer e amanhã tem Paulo de Moraes na ÓTV ao vivo, às 22h30.
As apresentações serão de quinta a domingo. O flyer tá logo abaixo.

9/15/2011

Festa 3 anos Acústico Mundo Livre + lançamento 1º Cd do Programa



O programa Acústico Mundo Livre da rádio Mundo Livre Fm, está comemorando seu terceiro ano de sucesso, e aproveita a data para realizar o lançamento do 1º Cd do programa, que será um material exclusivo, onde as canções foram gravadas especialmente para esse Cd.
A Festa acontecerá no próximo dia 16 de setembro no Jokers Pub, e terá no palco 14 artistas participantes do cd.

9/01/2011

2ª Noite De Inverno em fotos - Beto Só


Agora é a vez da Beto Só, que veio de Brasília fazer aqui o primeiro show do novo disco, que é maravilhoso. Mais fotos da Titi.








2ª Noite De Inverno em fotos

Pra começar, cenas da luxuosa abertura da banda Humanish, no sábado dia 27, no Peppers. Logo eu coloco os vídeos com eles destruindo tudo desde o começo. As fotos, cortesia de minha (nossa) amigona Titi, também conhecida como Claudia Morais. Valeu mesmo, Titi!





8/31/2011

quando a porta abre

As folhas secas pelo inverno no chão do quintal tingem o dia de um vermelho que quase não se vê, perdido nas manchas rubras que o tempo carrega sobre elas. O dia de sol abre o céu no prédio de vidro azul e a grama cortada, e molhada, se agarra em minhas pernas

Mas, teu rosto reflete a mesma aflição que vê no meu. E eu fico sem palavras sempre que chego em casa. Quando a porta se abre antes mesmo do rodar da chave, ganho meu melhor momento do dia. Só quero um abraço.
Nunca busquei a proteção, mas encontrar aquele olhar no fim do dia é o máximo que quero querer hoje. E é quase mais do que posso suportar quando a saudade bate na porta anunciando que a madrugada chegou,

Irreprimível e imbatível, entardecer após entardecer

Trazendo nos ombros o peso de outro dia que escorregou da palma das mãos abertas, e sujas da terra remexida que se mistura com a pintura azul escura da unha descascada na ponta.

Não, não pinto minhas unhas de vermelho há muito tempo. Não se espante.

Até que o alvorecer receba os carros e, quem sabe, tinja aquele pedaço de céu com os vários tons que o vermelho traz em si, passeando em alaranjados brincalhões que fazem meu peito quase parar naquela curva

Só pra se iludir que o tempo é meu e que podemos fazer o que quiser com ele. E podemos. Não é? Mas, nem sempre quero. Ou nem sempre sei que podemos. Às vezes, tudo é meio escuro mesmo em dias como os de anteontem. Noutros, o cinza que cobre o céu abre no sorriso a tranqüilidade de quem sabe quem tem ao lado. E encontra a felicidade logo depois daquele portão.

8/23/2011

Beto Só lança novo disco na 2ª Noite De Inverno

Foto: Iano Andrade

Curitiba recebe o primeiro show de lançamento de “Ferro velho de boas intenções”, terceiro CD do cantor e compositor brasiliense, que sai pelo selo Senhor F, com produção de Philippe Seabra

O cantor e compositor brasiliense Beto Só é a atração da 2ª Noite De Inverno, produzida pelo selo De Inverno Records de Curitiba, no próximo dia 27/8, no Pepper´s Bar. Ele faz na Capital paranaense o primeiro show de lançamento de seu terceiro disco, “Ferro velho de boas intenções”, que como os dois trabalhos anteriores, está saindo pelo selo Senhor F, de Brasília, com produção de Philippe Seabra (Plebe Rude). A abertura fica por conta dos locais do Humanish. O evento tem o apoio das Livrarias Curitiba e rádio Mundo Livre FM.
Além da versão física em CD, “Ferro velho de boas intenções” foi disponibilizado para download gratuito na página de Beto Só no site Trama Virtual. No show em Curitiba, Beto Só estará acompanhado da banda que integra o disco, e inclui Ju (guitarra e violão), Fábio Pereira (bateria), Tharsis Campos (baixo) e Ataide Mattos (violoncelo). No domingo (28/08), eles se apresentam em Porto Alegre, dentro das "Noites Senhor F", no bar Opinião.
A 1ª Noite De Inverno aconteceu em 18 de fevereiro último, e teve como principal atração os paulistanos do Lestics. O projeto se propõe a trazer a Curitiba artistas de destaque no cenário independente nacional, sempre acompanhados por uma banda local. O princípio é o mesmo que o selo De Inverno - criado pelos jornalistas Adriane Perin e Ivan Santos - se baseou na concepção do festival Rock de Inverno, que teve sete edições entre 2000 e 2009, com mais de 70 shows de grupos curitibanos e de outros estados brasileiros.

Serviço
2ª Noite De Inverno
Sábado – 27/08
Peppers Bar (Rua Inácio Lustosa, 496 – esquina com a Trajano Reis)
www.thepeppersbar.com.br - Abertura da casa: 21hrs
Ingresso: R$ 10 (com nome na lista até as 17h de 26/8: listapeppers@gmail.com)
No dia: R$ 15.

Contatos: deinverno2@gmail.com

Beto Só – Release e informações
Contatos: humberto.rezende@gmail.com
http://blogdobetoso.wordpress.com

Para baixar “Ferro velho de boas intenções”:
http://tramavirtual.uol.com.br/beto_so


8/15/2011

Beto Só - Ferro velho de boas intenções




BAIXE

‘Ferro-velho de boas intenções’

Olavo Rocha*

Tem que ter muita 1) coragem suicida ou 2) falta de noção ou 3) integridade artística pra lançar, a essa altura do campeonato, um disco que precisa ser ouvido com atenção. Beto Só acaba de fazer isso com seu ‘Ferro-velho de boas intenções’, e, como não se encaixa no tipo kamikaze e definitivamente não é um sujeito sem noção, o que temos aqui é um bem acabado exemplo da mais legítima integridade artística.

A música de Beto Só nunca foi do tipo que se revela inteira na primeira audição – e assim nos dispensa automaticamente da segunda, terceira, quarta etc. Se você ouvir ‘Ferro-velho de boas intenções’ sem o merecido cuidado, pode se apressar em classificá-lo como um disco triste, pessimista ou melancólico. E vai acabar incorrendo num injusto reducionismo. (Numa audição superficial você também pode achar que é um disco lindo, e aí você vai estar certo, mas mesmo assim o buraco é bem mais embaixo – porque a maior beleza destas canções não está na superfície).

Beto Só trata sim de frustração, de solidão e de fracasso. Mas faz isso sem rancor nem autoindulgência. Onde ordinariamente haveria tristeza, o brasiliense de fala tranquila coloca serenidade. No lugar da melancolia, entram em cena o entendimento e a aceitação (favor não confundir com conformismo, ninguém aqui está conformado com nada). E mais: o que brota do fundo dos versos construídos com engenhosa simplicidade é um impulso para a vida, esse intervalo de tempo breve e doído e cheio de imperfeições que Beto atravessa tentando entender sem susto, tentando fruir do melhor jeito possível.

Frustração e solidão e fracasso. E amor e amizade e coragem. E identidade. Beto Só não é igual a ninguém, porque ser igual “é a morte”. Ele está muito bem e vivo, e sua música nos faz nos sentirmos dolorosa e deliciosamente vivos também. Suas belíssimas melodias nos fazem tirar os pés do chão (não pra pular, mas pra sair flutuando por aí). E sua banda esbanja sensibilidade e segurança nos arranjos cuidadosamente arquitetados para abrigar sua voz suave e suas pausas eloquentes.

Recomendo o ‘Ferro-velho de boas intenções’ apenas pra quem tem tempo. Quero dizer, quem tem tempo pra si mesmo. Pra esses que vão ouvir e ouvir e ouvir o disco, Beto Só tem muito a dizer.

* Olavo Rocha, é cantor e compositor, vocalista da banda Lestics


E o primeiro show de lançamento de "Ferro velho de boas intenções" será na semana que vem, dia 27/08, na 2ª Noite De Inverno, no Peppers bar, em Curitiba. Infos abaixo.



8/13/2011

E vem aí o novo disco do Beto Só




"Ferro velho de boas intenções", o terceiro disco do cantor e compositor brasiliense Beto Só, será lançado na próxima segunda-feira, disponibilizado para download gratuito pela Trama Virtual. E o primeiro show de lançamento do disco será em Curitiba, no próximo dia 27/8, com abertura do Humanish, na 2ª Noite De Inverno, que acontecerá no Pepper´s Bar. Acima o teaser de lançamento do disco. E abaixo, o flyer do show.

8/11/2011

Só queria uma canção

Sei que tenho muitas músicas preferidas d'OAEOZ. Está que está aí embaixo também, acho uma das melhores da banda. Lembro de uma historinha sobre ela que não sei se é isso mesmo, mas sei que ouvi isso. Soube que é uma letra que partiu de algo que rabisquei, aqueles meus desabafos clássicos, em busca das palavras que pudessem dizer o que eu sentia. é sempre isso: eu querendo, desesperadamente, saber escrever nem digo como outros tantos que li, mas eu em busca das minhas palavras, sempre rebeldes e difíceis. Pelo jeito deixei um desses cadernos (eu escrevo em vários cadernos e blocos e folhas soltas, depois vou achando, deixei o caderno largado e ivan o achou. Ele já tinha musicado algo que eu escrevera e viu um longo escrito.
Ao que tudo indica, era eu quem queria fazer uma canção, uma canção que conseguisse dizer disso tudo que eu sinto e que, agora, ao acordar pra trabalhar e ver o blog, voltou - e me fez parar tudo só pra ouvir essa canção outra vez e lembrar disso. Lembrar da primeira vez que a ouvi, da primeira vez que a ouvi pronta e do como essa frase "eu só queria fazer uma canção pra você" me acertou e ainda tá aqui dentro de mim. Eu lembro exatamente que escrevi, com meus garranchos, várias folhas uma tentativa de falar dessa convivência linda que tenho e que faz a minha vida ter sentido. Um dia eu acho esses garranchos e saberei que foi deles que nasceu essa bela canção, com uma letra toda outra, usando só uma frase - a que dizia tudo, na verdade.
Quando a ouvi agora, outra vez, foi como se toda a tensão desses últimos meses caíssem, acho que despi a armadura e até a euforia desses últimos sete dias, desde que soube que seria contratada, se transformou em uma outra coisa. Dei uma desmontada e tive que parar tudo.
Comecei a trabalhar na sexta passada na CBN, saí da minha zona de conforto, a urgência voltou e eu entrei num redemoinho de outras emoções, absolutamente tomada pela força de fazer algo novo e tão bacana. Desde então, ouvi pouquíssima música, e meu fones estão sempre sintonizados na radio notícia.
Ao ouvir essa canção depois de tanto tempo algo se dissolveu dentro de mim e um outro algo se abriu.Lembrei da sensação de leveza por conseguir sorrir bem outra vez, a mesma que senti no Ivan ao perceber a minha mudança. Eu vi nos olhos dele a alegria por mim. É disso que eu me alimento, desse amor, dessas músicas, desses amigos e desses dias em que eu posso fazer o que eu gosto e preciso pra viver bem. Neste instante, algo aconteceu e os nós todos de tensão acabaram. Preciso de um café agora. De ouvir essa música outras vezes. Começa agora uma nova fase - e novas canções já estão nascendo também. (adriperin)

8/10/2011

Eu penso nisso todo dia - OAEOZ (2008)


Correr, fugir, me esconder, desistir, abandonar
Jogar pro alto e encontrar algum refúgio longe dessa prisão

Eu penso nisso todo dia
Até que você me olha
Daquele jeito
E eu consigo adivinhar seus pensamentos
E tudo parece quase fazer sentido
E tudo parece quase dizer a verdade
Sobre aquilo que eu nunca quis saber

Refém da armadilha do remorso
Medo, ignorância, conveniências
Mas ao me estender a mão
Você quebrou o encanto
E me fez perceber que a vida se alimenta da perda
Que a ausência é amiga do desejo
Que a fome me sacia mais que o sonho
E quando a gente se abraça mesmo sabendo que tudo pode acabar a qualquer instante
Eu me lembro daquela menina de olhos grandes e sorriso estranho
Que inundou minha vida
E me fez acreditar em algo que nem eu sei o que é

Agora procuro esquecer minha covardia e deixar o egoísmo doentio de lado
Ao menos por um momento
E lembrar que
Eu só queria fazer uma canção pra você
Pra você.