Bem Paraná/ Jornal do Estado
Tudo pronto para o carnaval curitibano que vai alem das marchas e sambas típicos desses dias
Da redação
Quem disse que o carnaval é só com samba? Aqui em Curitiba o pessoal já sabe que os ritmos podem, e variam, nos dias de folia do momo. E em 2009 não será nem um pouco diferente. O curitibano adora espinafrar o carnaval – teve até pesquisa recente dizendo que a maioria não quer mesmo saber. Balela, o pessoal quer sim cair na festa, só que dentro do ritmo que tem no pé. No caso, parece ser mesmo o rock que pega mais forte e isso não quer dizer que esses rapazes e moças, necessariamente, detestem o carnaval. Ao contrário, como já deixou bem claro, por exemplo, o Vlad Urban produtor do Psycho Carnival, festival que atrai gente de todo o Brasil aproveitando o feriadão.
A idéia aqui é juntar forças e atender à diversidade. E o Jokers, que já abrigou o Psycho, neste ano preparou seu próprio Rock Carnival, duas noites com tipos diferentes de rock, amanhã e sábado. Los Diaños, Áyira, Punkake, Relespública, Anacrônica e A Fonte são as bandas.
Sandro Tavares, dono do Jokers quer que o evento entre para o calendário carnavalesco da cidade, que, muito por conta da Psychobilly Corporation, já tem uma tradição de embalar as folias no tempo dos hiffs de guitarra. Background pra isso a casa e seus funcioários têm. É fazer virar, então.
A festa começa, amanhã, dia 20, ao som de bandas da Punkake. Bacabi (vocal), Lívia (guitarra), Lucy (bateria) e Ingrid (baixo) gostam de um barulho e misturam bem as influências de cada uma. Depois é a vez do grupo Áyira, simplesmente uma banda de “rock nacional”, como definem Cleber Silva (vocais), Marko Leo (baixo e backing vocals), Paulo Robert (guitarra), Marcelo Costa (guitarra) e Ricardo Blasch (bateria).
E termina com a força do Los Diaños, o quinteto é formado por RHS (vocais, trumpete e letras), Toshiro (baixo acústico), André Ribeiro (guitarras), Germano DieDrichs (bateria) Fred Paegle (viola). Donos da sonoridade mais sofisticada da noite, eles vão de momentos pesados de punk-a-billy, com quebradas de jazz, com direto a surdina no trumpete e pizzicatos de violino.
A segunda noite começa com os covers de A Fonte, que toca pérolas do rock, procurando explorar o “Lado B” de bandas bacanas dos anos 70. Leia-se: Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Judas Priest, Jethro Tull. A banda tem em sua formação, Guto Diaz no vocal, Carlos Moraes na guitarra, Simon Taylor no baixo e Luciano Farias na bateria .
Daí, vai para Anacrônica, banda que já tem um tempo de estrada e mostra um forte amadurecimento. No repertório canções novas e músicas do Ep. Deus e os Loucos - lançado em março de 2006 - com quatro composições próprias. O quarteto é Bruno Sguissardi, Sandra Piola (voz), Marcelo França (baixo) e Marcelo Bezerra “gordo” (bateria). E, para fechar em alto estilo, um grupo que dispensa apresentações, o trio Relespública. Fabio Elias (guitarras e voz), Emanuel Moon (bateria) e Ricardo Bastos (baixo) são referência na cena underground brasileira, com muita história na mala.
Serviço
Jokers Carnival Rock.. Dia 20: Los Diaños, Áyira e Punkake + DJ Ronypek.
Dia 21: Relespública, Anacrônica e A Fonte + DJ Sonderam. R$15 por noite.. Jokers (R. São Francisco, 164). Informações (41) 3324-2351.
Psycho Carnival já começou
O Psycho Carnival este ano não começa com música. Começa com conversa, pois é bom pensar sobre os desafios e nós a serem desamarrados neste caminho dito independente, que depente de tantas variantes. Este ano, com apoio do Fundo Municipal de Cultura, o evento começa às 18 horas de hoje, no Tuc, com bate papo com os dois nomes fortes da cena independente brasileira e representantes da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), Fabrício Nobre (também organizador dos festivais Goiânia Noise e Bananada, da banda MQN), e Pablo Capilé (do festival Calango de Artes Integradas e do itinerante Grito Rock). Completa a mesa, um representante do SEBRAE de Curitiba, discutindo assuntos pertinentes aos festivais de música, cena independente nacional e sobre o empreendedorismo nesta área. A entrada e gratuita. E, depois, todo mundo para o Jokers para viver um momento raro: a volta de uma das bandas mais importantes de Curitiba, que geraria várias outras, além de mostra um caminho pra toda essa cena pscyho que viria: Os Cervejas. Junto tem show da Hellfishes.
A ABRAFIN nasceu em 2005 para reunir, organizar e potencializar o circuito de festivais de música independente, já na época consolidado, mas carecendo de alternativas para se expandir. Atualmente, a associação reúne 32 eventos, dois deles do Paraná. Curitiba já teve ano com nada menos que 15 festivais. Ano passado, Vlad Urban, do Psycho Carnival, foi o único, entre os já tradicionais produtores a manter seu carro na rua. Mas, também foi o ano em que os produtores ganharam um voto de confiança da cidade quando a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) lançou pelo Fundo Municipal da Cultura edital para produção de festivais de música independente. O Psycho Carnival é o segundo fruto disso - o primeiro foi o Festival de Mùsica Étnica, em janeiro. Só estar na platéia ou no palco já não basta. É preciso aprender para onde ir depois da esquina. (Adriane Perin)
Serviço:
Palestra e bate papo sobre o atual panorama da música independente no Brasil, com Fabrício Nobre (Goiânia, GO), Pablo Capilé (Cuiabá, MT) e representante do SEBRAE (Curitiba, PR)
Data: 19 de fevereiro, quinta-feira
Horário: 18 horas
Local: TUC (Teatro Universitário de Curitiba), Galeria Júlio Moreira, Largo da Ordem, Curitiba, PR , Entrada franca
www.psychocarnival.com.br
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Um comentário:
bacana isso. acho importante essa rapaziada produzindo eventos pra todos os gostos. afinal, quem não tem samba no pé, poga! massa! sucesso a todos!
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