Bem Paraná/Jornal do Estado
Alex Santos
Trio Quintina apresenta seu quinto disco
Trio Quintina lança nesta sexta e sábado seu novo disco no Paiol; enquanto isso, a Ruído/ mm recebe as paulistanas Cérebro Eletrônico e Guizado no John Bull Music Hall
Adriane Perin
Não tem pra ninguém. Este final de semana voltou a ser da música independente, depois da avalanche teatral. Vários shows, importantes, acontecem na cidade.
Quintina Orquestra Trio. Não é sem razão que o novo disco do trio curitibano tem esse nome. Gabriel e Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira. o Trio Quintina, se desdobram em vários no quinto trabalho do grupo que existe há 11 anos. Para o show de lançamento no Teatro Paiol eles terão companhia de Graciliano Zambonim (bateria), Vitor Gabriel (sax tenor e clarinete), Sérgio Albach (clarinete) e Rodrigo Capistrano (sax alto e soprano).
Está ali bem reconhecível a verve deste trio formado por exímios multiinstrumentistas. Aliás, a excelência instrumental é algo que logo salta aos olhos e faz pensar sobre o segredo para que o som não vire uma mera exibição de técnica. As músicas do Trio Quintina têm vida, não são frias, elas te envolvem. Gabriel, o homem que atende a imprensa, está certo que isso tem a ver com o tempo de convivência. "Faz toda a diferença e continuamos ensaiando toda semana. Cada um faz o que sabe mais e acho que isso é a organicidade. Estar tocando junto na noite, interpretando outros compositores também fez com que a gente criasse uma linguagem nossa", diz, explicando que os shows, no entanto, exigirão formações diferentes, por conta da orquestração que marca o disco.
A levada segue na praia emepebística, que vive de caso com o jazz. Mas, os mais atentos vão notar uma guitarra, valorizada entre cavaquinhos, violão de 7 cordas e muitos sopros. Ouvir Trio Quintina é entrar no mundo da tal "musicalidade brasileira", provoca a sensação de estar na companhia de algum clássico do nosso cancioneiro executado por um dos veteranos que esse Brasil larga por aí. Neste disco, eles também tem seu momento de pop romântico, com direito a nova versão de "Balão Azul", a primeira música a atrair a atenção, lá em 98. O Trio também entrou mais no universo dos afro sambas, o que provoca uma interrogação. Seria isso só a influência da música brasileira que volta a e meia bebe nesta fonte? Não, diz Gabriel, é o Fabiano que está cada vez mais nesse mundo que reverencia caboclos, belamente traduzido em "Aruanda" e " Amor e Flor", que se pega no maracatu.
Outra novidade é operacional, que vem com o lançamento do trabalho pelo selo paulistano Sete Sóis . O Trio sempre foi uma banda muito na sua, não é figura que a gente encontre fácil no circuito de bares por onde as bandas circulam aqui, e tampouco tinha preocupação em fazer shows fora. "Realmente até agora a gente não tinha se empenhado de verdade em produção. Só fizemos uma viagem para América Latina e Europa, mas no Brasil é mais dificil. Queremos tentar algo com os Sesc e teremos formatos que permitam também tocar um pouco mais em casas noturnas, pois vínhamos tocando mais em teatro", comenta ele , que também sente a banda mais profissa na hora de gravar. "Está tudo mais preciso e ampliamos os sopros. Antigamente eu queria soar só como trio, agora decidimos dar uma pirada e fazer coisas diferentes". O Trio tem show marcado no Rio de Janeiro, com apoio da Caixa Cultural. "Isso foi muito legal, porque é um edital nacional. Teremos condições legais, todo mundo viajando de avião", comemora, informando que o disco leva ainda uns dois meses para estar a venda em lojas, mas no show e no Empório São Francisco, vai estar a venda antes.
Serviço
Trio Quintina.Dias 3 e 4 às 21h. R$15 e R$7,50. Teatro Paiol (Pça Guido Viaro, s/n).
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