6/07/2011

não me pergunte porque

Todo mundo tem seus dias esquisitos. Também tenho os meus. Hoje, o dia acordou com um convite nas mãos:vamos passar o dia aqui, ouvindo a chuva que cai no telhado, em alguns lugares, como pequenos estrondos. E ficar de olho pela janela bem fechada, só vendo o vendaval embalando (maltratando, também) as árvores, escondida aqui no aconchego das minhas gatas enrodilhadas. É, não acordei muito diposta a conversar com o mundo. De madrugada, quando fui dormir, pensei ter ouvido a chuva chegando em seus primeiros movimentos calmos. Virei de lado e já não ouvia mais aquele toque suave da água que encontra algopara segura-la - e que faz dormir tão bem. Adormeci logo mesmo assim. Acordei e o barulho, agora sim, era bem forte e entregava logo que não havia uma nisga de azul no céu.
Pois então, eu gosto de dias assim. Não me pergunte porque, nem eu sei. Só sei o que sinto. E nesses dias sinto-me mais calma. A chuva me acalma - e mesmo com os ventos de iansã que tanto me assustam. Vai entender as mulheres!!!
Levantei e passei o dia entre chás, as letras e a tela dos computadores. Telefones, msn e conversas de trabalho (é, até pensei em largar tudo por um livro, mas não dava, muito a fazer). E uma conversa iluminada, com uma amiga inspirada.
E foi assim que esse dia passou com o vento sempre deixando claro, lá fora, que ia continuar empurrando, bravo, essa chuva serena, e gelada - que agora, a noite,já está de volta. E quando eu achei que todo o dia já tinha se dado a mim, eis que eu mesma me surpreendo com um texto antigo - que ao invés de me tirar da frente do computador, me faz sentar novamente, decidida, enfim, a escrever...
Mesmo vendo o que o dia provocou na cidade, e com notícias de frio que muita gente aqui não gosta, me preparo para sair. Não, hoje não vai ser a capoeira que vai me fazer atravessar a cidade, a noite, com a chuva e o frio que fazem as pessoas voltar pra casa. Faço o caminho inverso. "Contra corrente, sempre, Baby". Vou encarar um ônibus, de toca, sombrinha colorida, casacão e ouvindo música, por uma nova ideia, que nem sei se vai dar certo... mas a gente nunca sabe, no final das contas. Eu sou assim, teimosa! (adriperin)

2 comentários:

Tina Lopes disse...

É que você não envelhece, baby. ;)

Ivan disse...

como já dizia o Paulo Barnabé: "você não tem escolha, não há escolha".