11/04/2010

Senta que lá vem HISTÓRIA

degravando velhas entrevistas, remexo e revivo. Acabei de ouvir uma conversa das boas com Manoel, que me lembra por exemplo, que tivemos aqui, no limiar da TV paranaense, uma espécie de jools holland show (conexão, inclusive, que não fiz na época da entrevista, porque não comentei nada, mas ao ouvir a descrição agora...) Bem primitivo, é verdade, mas se insinua como tal, pela descrição: várias bandas com seu equipamento completo montado lado a lado e diante delas, um trilho, por onde a câmera trambolho ia dando sua panorâmica de uma banda para outra. Ao vivo. Isso foi na segunda metade dos anos 60, o primeiro auge do rock curitibano que, logo depois, de brilhar com astros, como Os Metralhas, e tudo, foi empurrado para os porões com ajuda do maldito AI-5.
E também, outra coisa que eu não lembrava que uma das primeiras bandas curitibanas a compor, foi logo fazendo uma música punk, em pleno anos 60. ( disso eu me dei conta na hora, dá pra ouvir meu tom de surpresa: ísso é punk!!!!!hahahaha). o
Ou cantar algo como “guerrilha no planalto, cabeças vão rolar.” não é punk? Essa foi obra d'Os Vonda. Alguém aí lembra da série da história do rock que publiquei na Gazeta? Acho que até foto deles tinha.
Porra, HISTÓRIA, é tudo de bom nessa vida. E quando é a “nossa”, é muuuuuuuuuuuiiiiito mais saborosa ainda.
Além de ouvir essas entrevistas to lendo um livro do Wilson Martins (que essa semana, tá em stand by, é verdade), que não é muito bem visto por alguns, mas é importante pra quem gosta de conhecer suas origens – mesmo que algumas constatações sejam bem desagradáveis, afinal a história da humanidade é toda feita dessas sensações ruins, se formos ver desse modo. E, de quebra, me deliciando com o talento de outro paranaense (coincidência), Laurentino Gomes, que escreveu – e ganhou dois jabutis com ele – 1808, sobre a vinda da família real pra o Brasil, um período decisivo, que mudou tudo por aqui. Ali, a gente vê já umas sementinhas que preferiríamos que não tivessem germinado. Dá nada, não. História é assim. A gente não pode entrar numas de julgar, tem que contar, passar adiante. E quanto mais se fizer isso, melhor pra todo mundo. Pois é, ando mergulhada em história, da música, do paraná, do jornalismo, de curitiba … e na minha própria, que me arrepia a todos os instantes, a cada nervura nova que se liga entre o ontem e o hoje – pra, quem sabe, fazer algo pelo amanhã! Ando a flor da pele, a História (e contar histórias) também me deixa assim, quase em carne viva. (adri)

2 comentários:

NERI DA ROSA disse...

adriane e ivan.... como é bom ser DIY (do it yourself)

Ivan disse...

e aí. não vai escrever sobre a virada?