4/08/2010

Troco o mundo virtual por uma vida real

“Esses dias vi uma banda tocar. Quando saíram do palco, deixaram todo o equipamento deles lá jogado. Eles estavam abrindo para outra banda, mas sequer pensaram em tirar as coisas deles de lá. Eles vinham de um mundo onde você não cuida de seu próprio equipamento. Para mim, o processo é uma parte tão importante da arte. Ele 'é' a arte. Não é só: 'Oh, nossa, que disco bonito' ou 'esse disco soa maravilhoso', é o processo. É o fazer o disco, e o marcar os shows. Eu vejo isso como uma arte”.

Ian MacKaye (Fugazi) – no livro “Não devemos nada a você”, coletânea de entrevistas da revista Punk Planet.

Achei muito interessante esse trecho da entrevista do MacKaye, porque ele acaba abordando um ponto que pra mim tem um paralelo direto com muito dos problemas que vejo na cena independente brasileira, em geral, e na curitibana em particular hoje. É aquela coisa, todo mundo quer posar de artista, mas ninguém quer se incomodar com tudo o mais que envolve o fazer artístico, ou com tudo o que é relacionado com o antes e depois de você subir no palco. A coisa chegou num ponto em que neguinho quer ter banda, quer tocar, mas nunca tem tempo pra ensaiar, pra trabalhar aquilo, marcar show, lidar com as burocracias naturais pra, por exemplo, apresentar um projeto, buscar apoios, patrocínios. A maioria ainda parece querer que outros façam por eles o que eles deviam fazer por si mesmos. E com isso, acaba deixando de aproveitar as poucas oportunidades que existem. Pior, quer fazer música, quer tocar junto, mas não quer se relacionar, não é capaz de reservar um tempo pra tomar uma cerveja junto, conversar, bater papo, falar merda. É o mundo do "virtual", dos relacionamentos "on line", da vida higienizada e sem vida.

Como ninguém é obrigado a trabalhar de graça para os outros, e a maioria das bandas não gera renda suficiente para pagar um produtor/empresário, temos uma equação que não fecha.

Isso também se reflete em uma quase total falta de comprometimento com as iniciativas que poderiam potencializar a cena, e acabam se esvaziando já que se nem os músicos tem interesse no que está acontecendo, como esperar que o público em geral o faça. Isso me lembra também um trecho da recente entrevista do Rómulo Froes no Scream Yell:

“E eu fico puto porque nenhum cara vai ao show do outro. Ninguém foi me ver tocar até hoje. Com exceção ao Bruno, que é muito meu amigo, e tem uns caras novos que eu conheci agora. Curumin nunca foi ao meu show. Catatau nunca foi. Andréa Dias nunca foi. Leo Cavalcanti também não. Só estou falando de todos que eu fui. Porque, cara, você tem que ir! Por interesse artístico, pra ajudar a cena, pra sair de casa. Vai ver seu amigo, porque se você não for ele não vai conseguir tocar mais. Eu fico: “Moçada, tenho uma festa no CB, vamos lá, a casa paga cachê bacana, vai lá ver, vê o bar, vê que a festa é legal, depois você vai lá tocar”. Eu acho foda essa coisa de um não ver o show do outro. A galera gosta tanto que toca junto, grava disco, mas eu acho que tem que ser mais do que isso. Tem que prestigiar. Você não pode ir lá só quando for gravar o disco. Vai lá porque você gosta, e fala pros outros. Isso eu sinto falta, de neguinho não fazer a cena virar.”

O que o Rômulo fala sobre a cena de SP é um problema generalizado que acontece em todo o País, inclusive em Curitiba. Digo isso de carteirinha, porque cansei de ver bandas que iam tocar no Rock de Inverno, e que tinham entrada franqueada em todos os dias, só aparecer no dia e na hora que ia tocar, e muitas vezes, depois disso, virava as costas e ia embora. Ou seja, não se interessava sequer de prestigiar o evento do qual elas faziam parte, e conhecer as outras bandas que iam tocar no mesmo dia que ela. Acho isso uma puta duma demonstração de desinteresse, de egocentrismo explícito, e de falta de comprometimento que diz muito sobre o estado atual das coisas. Repito, se nem os músicos se interessam em conhecer e prestigiar a cena e seus pares, como esperar que o público queira? Ou a mídia, de quem tanto os artistas cobram mais atenção?

Isso sem falar nas bandas que vivem fazendo discursos empolados de “temos que nos unir”, "temos que nos organizar", "temos que ser profissionais" e tal, mas não são capazes de distribuir um cartaz ou uma filipeta para divulgar o evento em que elas próprias estarão. Aí fica fácil. Aí até eu quero ser artista.

Desde cedo percebi que se eu quisesse conquistar algum espaço com minha música, teria que eu mesmo que arregaçar as mangas e partir para a luta. Não tem gravadora, a gente cria um selo, ninguém chama a gente pra tocar, a gente produz os nossos próprios shows, ninguém dá atenção pra o que a gente faz, a gente se junta com mais gente que tem a ver e faz um festival. E mesmo que não tenhamos conseguido tudo aquilo que gostaríamos ou ingenuamente sonhávamos em algum momento, não posso reclamar, pois tudo o que a gente fez foi muito bem recebido, teve atenção, repercutiu e foi muito mais longe até do que a gente imaginava. E isso só aconteceu graças a muito trabalho, iniciativa, da amizade e parceria e esforço conjunto de um monte de gente, ao invés dos costumeiros choramingos, coitadismos e teorias conspiratórias pra justificar a inércia.

Cansei de varar noites gravando CD, imprimindo, cortando, dobrando e colando capas de discos meus e de outros. Perdi a conta dos discos de outras bandas que eu fiz cópia pra mandar pra jornalistas, produtores, etc. E fazer isso nunca foi um peso, um problema, um sacrifício. Pelo contrário, sempre fiz isso com uma baita alegria no coração de saber que eu tava fazendo parte daquilo, vivendo o meu tempo, escrevendo a minha história e a de um monte de gente que eu admirava. Pois como diz o MacKye, isso tudo pra mim era parte inestimável e inseparável do processo criativo e me dava tanta satisfação quanto estar em cima de um palco se apresentando.

Aliás, sempre disse já na época do OAEOZ que gostava mais de ensaiar do que de fazer show. Pra mim era um prazer. Música pra mim sempre foi uma atividade gregária, essa coisa de juntar os amigos e fazer um som, em primeiro lugar. De tomar umas e fazer um churras, e uma jam. Ensaiar pra mim sempre foi a melhor coisa, mesmo quando a gente tinha que ensaiar as 9 horas da manhã de uma quarta-feira, e depois sair correndo pro trabalho. Aquilo pra mim ganhava meu dia. Mais do que uma banda, a gente era uma turma de amigos que curtia estar junto fazendo aquilo, vivendo aquilo. Hoje tá todo mundo ocupado demais com os MSNs, os orkuts, os twitters da vida pra se relacionar de verdade. Alguma coisa se perdeu.

Quando você pensa no pessoal da Tropicália, por exemplo, vê a diferença de atitude, como o próprio Rômulo aborda rapidamente na entrevista. Os caras tavam sempre juntos, e sempre trabalhando em parceria. O Caetano gravava músicas do Gil, que gravava músicas do Caetano, que tinham suas músicas cantadas pela Gal, pela Bethânia, pelos Mutantes, que tocavam em shows do Caetano e do Gil, que falavam dos Mutantes nas entrevistas, etc.

Se a gente for pensar no que ficou conhecida como “Vanguarda Paulistana”, apesar de ser calcada em uma vanguarda paranaense (Arrigo e Paulo Barnabé e Itamar Assumpção, etc), a mesma coisa. Itamar tocava baixo na banda do Arrigo, que tinha o irmão na bateria, que também tocava com o Itamar, etc. Pensando no rock dos anos 80, você via a Legião tocando Plebe Rude nos shows, o Paralamas tocando musicas da Legião, e mesmo depois, já nos anos 90, o Renato Russo usando camiseta do Pato Fu nas fotos para a imprensa. Enfim.

Lembro ainda de quando conheci a cena que rolava no 92 graus, no início dos anos 90, e como havia um sentimento de “comunidade”, de todo mundo se conhecer e de pertencer aquele momento, de tocar junto e ver o show do outro, mesmo que não fosse o seu estilo preferido. O pessoal da Reles via os shows do Boi Mamão, que curtiam os do Magog, que tava lá vendo o Acrilírico. A gente mesmo, eu e a Adri, cansamos de ir ao 92 sem nem saber quem ia tocar naquele dia, e graças a isso conhecemos um monte de coisas diferentes que normalmente não iriamos ver, de Cervejas a Pinheads, e muitos outros.

Hoje parece que tudo virou um clubinho “vip” excludente, um gueto. Todo mundo fechado em seu próprio mundinho de pretensão e arrogância, e falsa autosuficiencia. Neguinho é fã de hardcore, então só vê show de hardcore, o indie só vai no bar dos indies, headbangers só se misturam com headbantgers e daí por diante. O resultado é que a cena toda se fragmentou e se enfraqueceu, se fragilizou, em pequenos grupos isolados que não se relacionam.

Enquanto as pessoas não mudarem de atitude, começando pelos próprios músicos, e se interessarem pelas coisas que estão acontecendo em volta delas, ao invés de ficar apenas lambendo o próprio umbigo, nada vai mudar. Veremos cada vez mais espaços como o 92 se fechando, bandas acabando, pessoas desistindo pelo meio do caminho.

Como disse a Adri, onde estão os novos produtores? A turma que ia fazer e acontecer e mudar tudo? Cansei de ouvir discursos vazios de gente que achava que ia reinventar a roda e na primeira pedra, caiu de boca no chão e não se levantou mais. Enquanto isso, quem ainda continua fazendo as coisas por aqui? Os mesmos “veteranos” de sempre, de gente de gerações ainda anteriores à nossa, como o pessoal da Grande Garagem/BAAF, do JR, do Ciro Ridal, ou de gente contemporânea à nossa turma, de gente que já deveria estar "superada" e substituída por uma nova geração de produtores/iniciativas. Um monte de novas iniciativas que surgiram desde então, naufragaram na primeira onda contrária. O que é uma pena. Alguma coisa está errada. Posso não saber exatamente o que, nem como mudar isso, mas não me sinto nem um pouco otimista. Fala-se tanto em internet, essa onda virtual e tal, mas em certas coisas – eu diria nas mais importantes – nada substitui a presença real, física. Porque sem ela, não há comprometimento, e sem comprometimento, tudo o que fica são discursos vazios, e sonhos frustrados, abandonados pela metade.

Apesar de todo o cansaço, continuo sendo um sonhador. Acho que temos tudo pra virar o jogo, se quisermos. Acho que tem uma galera nova por aí que pode fazer isso. Mas é preciso iniciativa. Do contrário, nos tornaremos todos pessoas distantes e amarguradas. Uma geração sem vontade. Incapaz de dar o primeiro passo e sair da casca.

17 comentários:

Panda Lemon disse...

Concordo em gênero, número e grau.
E a carapuça me serve em alguns sentidos. O grupinho, o gueto no qual minha banda se instalou, dos "mods" da cidade, sempre recriminou outros tipos de som. E porque eu pensava diferente, sempre fui taxada, no sentido pejorativo da palavra, de "eclética", de gostar de qualquer merda, por meus próprios companheiros de banda. Por outro lado, músicos de outras bandas me destratavam sem nenhum motivo, que não o de me incluírem no gueto em que enfiaram, e não eu coloquei, a minha banda. Curitibano é bicho estranho... isso é muito triste pra nós. Acho que este foi um dos motivos pelos quais perdi completamente o tesão por minha banda e canalizei pra geração mais jovem... tentei botar pilha na banda dos meus sobrinhos, fiz de tudo por eles cara... dei até essa aulinha escrota (digo escrota porque a gente não devia ter que falar essas coisas!!!) enfim, esse discruso de "tem que associar com outras bandas, mesmo que o som não seja do seu gosto, tá todo mundo no mesmo barco", pra que? pra nada!!! meu, dá muita raiva.
Músico aqui quer ser artista, mas esquece que arte não admite preconceito... foda... falou e disse, Ivan.

Adri disse...

e as exceções (e só me vem a cabeça o Getúlio Guerra, com seus ideais e vontade de fazer), confirmam a regra. ouço muito ainda que a gente tinha que produzir, dar assessoria pras bandas pois temos experiência. Eu até gostaria de fazer isso, dar asssessorias pra projetos, fazer curadorias, de poder tirar um tempo do meu dia pra isso. mas, cara, isso tem que ser respeitado como trabalho. já gastamos bastante com OAEOZ e Rock de Inverno. Amo essas duas iniciativas e elas serão sempre marcos na minha vida, mas também é sinal de sabedoria saber a hora de terminar algo pra começar um outro algo. sinto muita falta de outras gerações pra fazer os festivais aqui e apresentar pra gente suas bandas preferidas. sempre disse que meu papel nessa história toda era dar a base para que bandas e projetos legais pudessem mostrar seus trabalhos. isso me dá vida! Nunca ouvi isso de mais ninguém. Pelo jeito tá sobrando "artista".

Túlio disse...

Taí uma coisa que todo mundo concorda e pensa, só que nunca falou.

Público de banda em curitiba sempre foram os "amigos" e as outras bandas. Se nem os outros grupos vão em shows, como que a coisa vai pra frente então?

E claro que a carapuça também me serviu também. A gente vai ficando velho e fica sem saco pras certas coisas. É ótimo a internet ajudar na proliferação das bandas e dar oportunidade pra quem quiser tocar e fazer seu som. O foda é que isso multiplica a quantidade de merda que a gente ouve. Haja saco.

Marcelo Urânia disse...

grande texto, ivan! e como a xanda lemos disse (é ela na foto, certo?), "a carapuça me serve em alguns sentidos".

eu (ou nós: fmzine) poderíamos ter "superado" sua geração, mas sem querer soar como desculpinha (mas é), não deu. não rolou. cansei(amos). por inúmeros motivos.

um deles, talvez o principal, faltou motivação/amor à arte/paixão pra superar as dificuldades sem deixar sonhos novos da vida adulta de lado.

enfim, um mea culpa aê, desabafo.

grande abraço!

Davi Rodriguez disse...

Legal ver você comentando esse assunto. Mas me preocupa ter muita gente fazendo isso sem a mesma atenção e articulação que alguns burocratas-músicos e músicos-burocratas por aí.
E é complicado também esse lance de iniciativa autônoma que não consegue falar com mais ninguém que não seus amigos (e, às vezes, nem com eles direito). A internet ajuda sim, nessa articulação, mesmo tendo que ter mais conversa, mais gente circulando nos shows, nos bares, nos estúdios... Os jornalistas estão cada vez mais bundões, afundados na frente do computador sem olhar pro lado.
Resumindo: prazer, sou o Davi, baterista dos Ecos Falsos. Fazemos parte de um grupo bem legal de bandas que mantêm contato bem próximo (entre outros: EF, Zefirina Bomba, Capim Maluco, Orange Disaster, Hierofante Púrpura, Visitantes, Monaural, Alarde, Quarto Negro, Jair Naves e, agora, Charme Chulo) e uma festa que acontece na minha casa-estúdio, o Chá de Estúdio. Quando estiverem por SP, dêem um toque e essa cerveja polêmica pode sair da tela e vir pro copo.

Abraço.

Anatole disse...

Disse tudo. Acabei até ficando meio triste e nostálgico enquanto lia. Eu queria muito voltar a ter essa empolgação da qual você falou, queria mesmo.

Ivan disse...

pois é Xanda. longe de mim querer dar lição de moral em ninguém. até porque cometi muitos erros, também me fodi um monte e paguei o preço. é normal quando a gente é mais jovem ter uma atitude mais sectária, é até saudável. o problema é quando isso é pra sempre. aquela coisa do cara que passa a vida achando que made in brazil e deep purple é a unica coisa que presta (sem demérito, adoro as duas coisas).
além do que vcs nunca foram assim, não. a gente tava lembrando hoje que o oaeoz tocou com vcs no primeiro show do criaturas, naquele morretstock. a gente nem se conhecia e foi ducaralho. como disse o gian, o criaturas lançou um disco de classic rock, e eu respondi: "eles sempre foram assim, nunca foram uma banda mod, são uma banda de rock classico. o repertorio do disco é praticamente o mesmo dos primeiros shows. nunca esqueço o show de vcs no cpf, na opera de arame. aquilo pra mim foi um 'orgulhozinho' pessoal, ver vcs depois de tocar no rock de inverno 3 arrebentando naquele lugar na frente daquela galera. enfim a gente viveu e vive o nosso tempo.e isso é que importa.

Ivan disse...

daí tulio. normal. tudo tem seu tempo. como vc disse, a gente vai ficando velho e sem saco pra certas coisas. eu mesmo hoje em dia tenho como lema a frase atribuida ao tom jobim: "show ao vivo, cobro mil dólares pra fazer, e um milhão pra ir em um" rs.

a internet é um puta dum instrumento. mas não é a panaceia, o que vai resolver a vida das pessoas. a gente é o que a gente faz, não o que a gente discute em um chat.

Ivan disse...

daí Marcelão. certeza cara. todo mundo cansa uma hora. ninguém é obrigado a ficar dando murro em ponta de faca a vida inteira. vcs fizeram muita coisa legal em pouco tempo. taí o nevilton que não me deixa mentir bombando depois de tocar a primeira vez aqui no tinidos.

eu mesmo diminui muito o ritmo nos últimos anos e pretendo diminuir mais.

mas parar a gente não para. só vai se adaptando não é mesmo rs

Ivan disse...

pô Davi. com certeza. tem muita gente boa fazendo altas coisas por aí. conheço, sou amigo e fã de boa parte da galera que vc citou aí. legal mesmo.

sei lá. o que eu falo tem mais a ver com uma sensação de que essa supervalorização do virtual acabou afastando as pessoas um pouco do mundo real, do contato pessoal. como eu já comentei por aqui uma vez a gente tá cada vez mais conectado e mais sozinho, isolado em um canto.

eu mesmo coloco a carapuça porque hoje, aos 40 anos, com dois empregos, não tenho saco pra sair a não ser se for uma coisa que eu to muito a fim de ver.

meus amigos não tem tempo mais pra nada. ninguém tem tempo mais pra nada. enfim. é um papo longo.

mas valeu a visita rs. e qualquer dia a gente pinta aí em sp pra trocar figurinhas.

abs

Ivan disse...

mas é aquela coisa ne Anatole, tudo tem seu tempo. eu continuo tão empolgado quanto, but, agora só coloco energia e tempo mesmo naquilo que eu acho que vale a pena. rs

a gente vai ficando velho, ranzinza e cada vez mais seletivo fazer o que?

como diria o nelson rodrigues, "jovens, envelheçam" ahahaah

abs

Unknown disse...

Bom,gente,nem digo nada quanto ao Ian MacKaye,ele deveria fazer um manual eo legitimo do it yourself,com propriedade,ele tem de sobra.No mais realmente,com a internet tem muita gente que ficou folgada ou mais ainda com as facilidades do mundo virtual,não se mexem e tal,querem tudo de graça,literalmente.Acho que falta mais envolvimento,mas tem o problema do cara que fica na tua cola quando você faz sucesso.Isso tem em todo lugar,aqui em Curitiba mais ainda,mas tem muita gente que trabalha e se esforça pra ver uma arte decente.Tipo o caso de vocês do blog,eu espero que continuem com o festival de vocês e cresçam,assim como a Pepino com Creme que é uma boa produtora de shows e bandas,nova na cidade.Eles fazem um trabalho bem feito e acho que devem continuar,ao contrário da Maamute,que ficou pelo caminho,apesar de algo bem feito,só que mesmo assim teve uma postura ridicula.

Ah,meu nome é Fernando,apesar de não aparecer.

Ivan disse...

valeu salviano. "Pepino com Creme". taí. não conhecia. vou atrás. o legal é isso mesmo. sempre tem algo acontecendo que a gente não conheçe. o que falta talvez é "conexão". ligar as coisas. porque sempre tem gente nova, coisas novas acontencendo.

7polegadas disse...

Oi Ivan e Adri.
Texto que vem bem a calhar com a atual situação da "cena" curitibana. Acabamos de perder o Tupan na direção da Educativa FM, o que tinha sido um grande avanço. Mas não da pra ficar de choramingos, a gente cansa, desanima, mas tem algo maior que a própria arte que nos impulsiona a não parar nunca. Tudo isso que você citou, sobre o comprometimento, e talz, eu acompanho semanalmente a quase 20 anos, com diversas "bandas" que passaram/passam pelo Circus/Jokers. Não generalizo porque tem muita gente bacana tanto das "antigas" como o pessoal mais novo fazendo e agitando e correndo atrás, mas na grande maioria, é isso que você falou, pose de artista, mas sem a mínima preocupação com sua própria imagem, o seu próprio equipamento, a divulgação, a preparação, o respeito com os outros artistas e etc.
Ivan, eu também sou um daqueles que adora ensaiar, pra mim ensaios são muitas vezes mais emocionantes e catárticos que os próprios shows, são as melhores 2 a 3 horas da semana.
grande abraço a todos!

Guto Diaz disse...

Oi Ivan e Adri.
Texto que vem bem a calhar com a atual situação da "cena" curitibana. Acabamos de perder o Tupan na direção da Educativa FM, o que tinha sido um grande avanço. Mas não da pra ficar de choramingos, a gente cansa, desanima, mas tem algo maior que a própria arte que nos impulsiona a não parar nunca. Tudo isso que você citou, sobre o comprometimento, e talz, eu acompanho semanalmente a quase 20 anos, com diversas "bandas" que passaram/passam pelo Circus/Jokers. Não generalizo porque tem muita gente bacana tanto das "antigas" como o pessoal mais novo fazendo e agitando e correndo atrás, mas na grande maioria, é isso que você falou, pose de artista, mas sem a mínima preocupação com sua própria imagem, o seu próprio equipamento, a divulgação, a preparação, o respeito com os outros artistas e etc.
Ivan, eu também sou um daqueles que adora ensaiar, pra mim ensaios são muitas vezes mais emocionantes e catárticos que os próprios shows, são as melhores 2 a 3 horas da semana.
Um grande abraço a todos!

Ivan disse...

é por aí Guto. vc é gente que faz, como a gente. não fica esperando nem se lamentando ou culpando os outros. e é por isso que como a gente, continua fazendo, independente desse papo de carreira, reconhecimento e tal. e é isso que eu acho que as pessoas deviam se espelhar e tomar como exemplo.

abração

Ivan disse...

e claro. nunca demais lembrar. o primeiro rock de inverno a gente nunca esquece. e foi lá, no saudoso circus. como diz a música do cores, "nada é por acaso".

abraço