9/29/2007

Finalmente: Hurtmold volta a Curitiba

Divulgação

O sexteto paulistano Hurtmold faz seu segundo show em Curitiba, neste sábado


Jornal do Estado

Banda experimental paulistana, que é top do indepedente nacional, se apresenta na cidade


Adriane Perin

Algo que ficou na memória do primeiro show da banda paulistana Hurtmold em Curitiba, há cinco anos, foi as pessoas postadas diante do palco do antigo 92, na última noite da terceira edição do festival Rock de Inverno. Uns tipos diferentes com um olhar que não perdia uma virada de baqueta, sequer, atentos e boquiabertos diante das movimentações do seis músicos, que mudavam de instrumento o tempo todo. Claro, que os caras diante do palco eram músicos. Só eles têm aquele tipo de olhar que procura o que poucos conseguem perceber: a conversa singular que se estabelece entre músicos e seus instrumentos. Foi um show catártico, ainda hoje muito comentado no meio, em especial agora que os paulistas estão de volta para lançar seu terceiro, homônimo da banda, também pelo selo Submarine Records. O show é neste sábado no Novo 92, com produção da curitibana Ruído/mm que abre a noitada.
“Esse 92 é aquele mesmo...”, pergunta logo de cara o multinstrumentista Maurício Takara, o cara mais conhecido entre os seis do Hurtmold, por conta também, de seus trabalhos solo e como músico contratado de feras da música brasileira. Ele conversou com a reportagem no dia da estréia do novo show em São Paulo, quarta-feira, já com a notícia de que os ingressos lá estavam esgotados. “No começo do ano tocamos bastante mas agora fa zia um tempo que não tocávamos aqui”. Eles ainda capitalizam, provavelmente, a capa que ganharam na Ilustrada da Folha de S. Paulo há algumas semanas, apontando a banda como uma representando o independente “de gente grande”.
Independente sim, mas já num estágio mais profissional, que garante à banda de Fernando Cappi, Guilherme Granado, Marcos Gerez, Mário Cappi, Mauricio Takara e Rogério Martins receber cachê e fazer exigências, simples como passar o som, mas ainda difíceis de receber. Foi o que aconteceu no Curitiba Rock Festival, em 2005, que não permitiu o acerto dos equipos. Eles não tiveram dúvida e cancelaram a participação, provocando a grande baixa nacional do evento curitibano.
Como a banda tem muitos fãs na cidade, ficou um gosto estranho na boca, que eles promotem trocar pelo sabor catártico de uma comunhão artística que, com certeza, vai acontecer novamente. Certeza, proque os dez anos de existência sem mudar de formação garantem a química e a leveza entre os músicos. Nesse tempo o Hurtmold foi ocupando cada vez mais espaço, inclusive na vida profissional de Maurício, que tem uma sólida carreira fora da banda também. “As coisas vão acontecendo em pequenas fases. Meus projetos paralelos chamaram a atenção para este trabalho autoral e chegou um ponto em que tive que dar preferência para ele, que é o que mais gosto de fazer, compor e investir no processo criativo mesmo”, conta.
Ele define sua banda como “totalmente independente”. “Principalmente porque não temos nenhuma expectativa; essa é a diferenteça. Quando se tem uma grande estrutura por trás, é inevitável que se espere uma respota de mercado”, argumenta.
O Hurtmold passou por todas aquelas fases de carregar equipamento, tocar em muquifo, bancar suas viagens por bilheteria micha. Mas agora com prestígio também no exterior, o currículo ganhou peso. “Fizemos o processo inverso. Somos amigos que resolveram tocar sem nem saber quem tocaria o quê”.
Takara conta que a gravação deste trabalho foi diferente a começar pelo tempo de 3 anos que levou para ser feito. “O penúltimos disco, Mestro, fechou um ciclo natural, o do começo, que tinha um pé mais fincado no punk e até vocais. O disco também consolidou o que a gente vinha fazendo baseado na repetição de idéias, variações de dinâmica e criação de climas. Nesse novo, as músicas tem momentos diferentes: só percussão, só sopro e corda”, conta. Mas, se a pré produção demora, as gravações são quase tudo ao vivo, para pegar o máximo do astral original. “É um processo rústico. “A gente se junta na sala, arma o máximo que dá pra gravar ao vivo e depois faz um ou outro overdub”.
Ainda com a passagem do CRF na mente, Takara encerrra a entrevista comentando de sua alegria de tocar na cidade. “Vai ser o maior prazer voltar pra tocar do jeito que a gente queria. E conhecer o novo 92”. Defintivamente, quem sabe sabe: não dá pra perder.

Serviço
Hurtmold e Ruído mm. Dia 29. Ingressos a confirmar. Novo 92 (R. Des. Benvindo Valente, 280).

6 comentários:

Anônimo disse...

e então, como foi?lguém me conte... tava num restaurante muito simpático ontem comendo um camarão ma-ra-vi-lho-so, mas me liguei que o show devia tá começando..to indo pruma aula show com ariano suassuna. depois eu volto. tá um sol de rachar aqui...mas hoje será um dia bem cheio...

Anônimo disse...

foi uma merda inenarrável, e a gente tá tentando se recuperar disso assistindo o faustão e ouvindo um pouco de jotaquest

Anônimo disse...

é...imagino... pela sua voz deu pra sentir que ruim que foi a balada (rs)... já a palestra do suassuna foi divertidinha...

Anônimo disse...

foi muito bom, faltou a senhorita pulando com tudo!!! heheh

Leo Vinhas disse...

E dia 11, estaremos aí!

Deus salve OAEOZ!

Anônimo disse...

que bom Leo. seja bem-vindo. até lá!