Maldita bendita música. Tem dias que eu a amaldiçôo e ao dia que eu peguei um violão e toquei a primeira, aliás toquei errado, só bem depois fui descobrir. Provavelmente era um presságio do que viria por aí. Foi uma daquelas tiradas de um daqueles livrinhos de cifras com os sucessos do momento. E que me empurrou pra outra, e pra outra e daí pra um turbilhão de tropeços, êxtases, fracassos, sentimentos de impotência e rejeição, altos e baixos, vontade de jogar tudo pro alto e sair correndo, desânimo, e hoje, principalmente, cansaço. Fadiga. Fastio.
Por isso, ouvir música tem sido uma operação cada vez mais rara e por vezes penosa pra mim hoje em dia. Tem horas que tudo o que eu queria era desligar, simplesmente. Não ouvir mais nada, não conhecer mais nada. Baixo um monte de coisa na internet, mas pouco, muito pouco me interessa. Me diz algo. Sei lá. Não sei se é a ranzinzisse natural que vem com a idade, o cansaço por todos esses anos correndo atrás de algo que eu já nem sei quem é, ou mesmo a nenhuma tolerância para com a babaquice que reina no meio. Por isso, como diz o Camarão, tem dias que “odeio música”, e em especial, “odeio rock”.
Tem a ver é claro também com essa banalização da música, tanto no cotidiano em geral (ce vai num buteco pra tomar uma e conversar, mas sempre tem uma porra dum som, geralmente estridente e horrível, tocando alguma porra duma música ruim, o mesmo acontece em farmácias e lojas em geral), quanto por esse lance de mp3, internet. É aquela coisa, antes a gente penava pra ter acesso aos discos e tal. Mas cada um deles era ouvido com uma atenção e uma dedicação que hoje é simplesmente impraticável. Então se o lance não te chama a atenção nos primeiros trinta segundos, tchau. Infelizmente é assim, e isso não é uma reclamação, crítica, é uma constatação. Sem falar que meu som ta uma bosta e eu não gosto de ouvir música no computador. Mas enfim, sem grana pra comprar um som novo ou mesmo arrumar o velho, fui me acostumando.
Mas, contudo, entretanto, deveras, amiúde, however, como sempre, quando você já ta de saco cheio, querendo vender todos os seus instrumentos e mandar aquela porrada de discos que não ouve mais pro sebo, e tentar esquecer que um dia você pisou num palco, eis que vem uma melodia, uma palavra, um refrão, um acorde mágico, e tudo volta. A vontade de transformar sentimentos em sons e eternizá-los em uma pequena e simples seqüência de notas. Essas malditas canções e suas cápsulas aprisionadas das sensações, do tempo em freqüências vibrantes.
E é isso que eu sinto quando volto de um ensaio do oaeoz, mesmo depois de tudo. Como disse o Jair, do Ludovic, em uma entrevista, mesmo quando todo mundo está convencido de que isso nunca vai te levar a lugar nenhum. E eu acrescentaria, quando até você já começa a perceber essa possibilidade, aliás, cada vez mais óbvia.
E é isso também o que eu sinto quando eu ouço algo que me toca de verdade, que dá aquele nó no estômago, aquela sensação de familiaridade e “quentura”, apesar de isso ser cada vez mais raro. O último que eu lembro que eu comentei por aqui foi o disco do Monodia. Maravilhoso. Continua em alta rotação aqui em casa.
Também ando curtindo muito o Pork a light, do grande Carneiro, mas esse já é outra história, e é velho preferido da casa.
Mas um lance que eu conheci há pouco tempo pela internet e que a cada vez que eu tenho ouvido tem me chamado mais a atenção e agradado é o trabalho de um carinha chamado Giancarlo Rufatto, que tem o projeto Lo-fi dreams. Conheci através do My Space, depois baixei os mp3s na Trama, e realmente fazia tempo não ouvia uma coleção de canções tão boas e bem resolvidas em termos de composição, arranjo e mesmo produção – apesar de ser, como o próprio nome indica, algo produzido de forma lo-fi.
Além disso, fiquei sabendo também esses dias que o cara ta tocando nas ruas, por aí, com violão, voz e gaita, em lugares tipo terminal guadalupe e a praça Zacarias. E fazendo um documentário sobre os músicos de rua de Curitiba – uma pauta aliás, que eu sempre quis fazer no jornal mas ninguém nunca deu bola e eu também, na verdade, não me animei em insistir e ir atrás. A velha preguiça e os dias passando, sabecumé. Mas isso não vem ao caso.
Voltando ao lo-fi dreams, me impressionou – além das melodias e ótimas letras – justamente a consistência do trabalho do cara. Não tem música ruim, e várias delas são muito boas, bem acima da média, canções perfeitas, pra tocar no rádio, se as rádios ainda não estivessem tocando money for nothing, do dire straits, enfim. To ouvindo agora por exemplo uma chamada justamente “Uma canção (nome provisório)”, que porra, é ducaralho. Daquele tipo que você ouve uma vez e sai cantando.
“uma canção quando não houver saída
qando a chuva deixar a noite um pouco mais
vazia”
muito bom
algumas coisas, como a balada “ok”, me lembram o Beto Só, de Brasília, que eu adoro. O engraçado é que não é nada “ixperimental” e tal, novidadeiro hypado, que a gente ta acostumado a trombar por aí no indie anglófilo brasileiro. Pelo contrário, como eu digo, é o tipo de canção que deveria rolar nas transamérica lights da vida para casais apaixonados no motel, se é claro, nossas rádios, e nossos casais no motel não fossem uns tapados. Provavelmente eu sou o tapado, o resto é que tá certo, mas sei lá. foda-se, isso é outra história.
outra que eu gostei muito, e que tem um clima bem folk psicodélico setentista foi “Reza”, que tem uma letra muito foda, também.
“Reza
hey deus, agora sei como fazer você ouvir, me diz se é só mais um segundo, se este é o ultimo aqui. E ai então teremos vencido e encontrado abrigo, me diz se ela pensa em mim, se ela pensa em mim.
Acho que isso é um sinal, bem acho que agora já são dois, por favor, eu te peço, talvez um dia, só pra nós, e um tanto de coragem, um tanto de coragem.
eu vejo tudo dando voltas e porque ainda estamos no mesmo lugar?.
Por favor deixe me descer na mesma estação que ela escolher.
No fim é tudo de mentira, faz de conta, de ilusão, mas não quero nem saber, não quero nem saber, deixe me descer, na mesma estação que ela escolher.”
É aquela coisa. Todo mundo anda falando do Vanguart, e tal, que eu até ouvi e achei legal, mas me desculpe. Nada do que eu ouvi deles me chamou tanto a atenção e grudou no ouvido como “Reza” do Lo-fi dreams. Não to aqui querendo fazer comparações, até porque não vem ao caso. Só to falando que a gente ta tão acostumado a só comprar o que já ta todo mundo badalando por aí, seja na internet, seja aonde for, que as vezes não percebe que as coisas mais legais podem estar bem perto, aqui do lado. Me irrita um pouco a tendência que a gente tem nesse meio jornalístico indie musical de eleger uma meia dúzia de coisas e ficar batendo na mesma tecla o tempo todo e ignorando, muitas vezes, muitas outras coisas tão ou mais legais, mas que por circunstâncias diversas, ou por os caras não “freqüentarem”, como acontece por exemplo com um Monodia, ou um Deus e o Diabo, ou mesmo um La Carne, pouca gente acaba dando atenção. É a velha mania de agir como manada. Só muda a escala, mas é a mesma atitude, seja entre o grande público mainstream, seja a meia dúzia de indie sempre. Afinal, quantas vezes você foi no James e ouviu pela enésima vez “Girls & Boys”, do Blur, ou aquela outra (uhhuuu), ou aquela meia dúzia do Pixies que toca em toda balada indie. Isso me enche o saco.
Voltando novamente ao lo-fi dreams (sim eu sei, to me perdendo e me estendendo demais nesse texto, mas e daí, isso aqui é um blog, não gostou, vai ler a Veja). Além de tudo, pelo que eu li, o cara parece ser gente boa, escreve muito bem e é mais um batalhador que também veio do interior do paranã, filho de caminhoneiro, ta por aí ralando e pondo a cara pra bater – o que é sempre admirável em um panorama tão apático e bundamolístico coxinha que a gente vê por aí. Eu como filho de cabeleleira nascido em Paranavaí não poderia deixar de notar esse detalhe, apesar de ele não ter necessariamente nada a ver com a qualidade do trabalho e o talento do cara, é claro. É só algo que também não pode ser totalmente desprezado/ignorado, porque se reflete claramente na abordagem e nas escolhas que a gente percebe que ele revela nesse trabalho.
Achei ótimo o texto que ele colocou sobre uma das apresentações na rua, contando que colocou uns cds do lado escrito “CD grátis” e o povo chegava com cara de assustado perguntando quanto era. É aquela coisa, como diz a Mariele, “nada é por acaso”. Não é a toa que eu nem conheço o cara e quando ouvi a música me identifiquei na lata. E quando mostrei pra Adri rolou a mesma coisa. E quando deixei uma cópia dos mp3s lá com o Carlão, semanas depois ele veio perguntar, o que era aquilo.
É sempre muito bom descobrir coisas novas, que renovam na gente o sentimento de paixão pela música. Mesmo que amanhã, a gente esteja se amaldiçoando por isso. E mudando de opinião no minuto seguinte.
Enfim. Recomendo quem quiser ir lá no my space, trama e baixar os discos e conferir.
Por isso, ouvir música tem sido uma operação cada vez mais rara e por vezes penosa pra mim hoje em dia. Tem horas que tudo o que eu queria era desligar, simplesmente. Não ouvir mais nada, não conhecer mais nada. Baixo um monte de coisa na internet, mas pouco, muito pouco me interessa. Me diz algo. Sei lá. Não sei se é a ranzinzisse natural que vem com a idade, o cansaço por todos esses anos correndo atrás de algo que eu já nem sei quem é, ou mesmo a nenhuma tolerância para com a babaquice que reina no meio. Por isso, como diz o Camarão, tem dias que “odeio música”, e em especial, “odeio rock”.
Tem a ver é claro também com essa banalização da música, tanto no cotidiano em geral (ce vai num buteco pra tomar uma e conversar, mas sempre tem uma porra dum som, geralmente estridente e horrível, tocando alguma porra duma música ruim, o mesmo acontece em farmácias e lojas em geral), quanto por esse lance de mp3, internet. É aquela coisa, antes a gente penava pra ter acesso aos discos e tal. Mas cada um deles era ouvido com uma atenção e uma dedicação que hoje é simplesmente impraticável. Então se o lance não te chama a atenção nos primeiros trinta segundos, tchau. Infelizmente é assim, e isso não é uma reclamação, crítica, é uma constatação. Sem falar que meu som ta uma bosta e eu não gosto de ouvir música no computador. Mas enfim, sem grana pra comprar um som novo ou mesmo arrumar o velho, fui me acostumando.
Mas, contudo, entretanto, deveras, amiúde, however, como sempre, quando você já ta de saco cheio, querendo vender todos os seus instrumentos e mandar aquela porrada de discos que não ouve mais pro sebo, e tentar esquecer que um dia você pisou num palco, eis que vem uma melodia, uma palavra, um refrão, um acorde mágico, e tudo volta. A vontade de transformar sentimentos em sons e eternizá-los em uma pequena e simples seqüência de notas. Essas malditas canções e suas cápsulas aprisionadas das sensações, do tempo em freqüências vibrantes.
E é isso que eu sinto quando volto de um ensaio do oaeoz, mesmo depois de tudo. Como disse o Jair, do Ludovic, em uma entrevista, mesmo quando todo mundo está convencido de que isso nunca vai te levar a lugar nenhum. E eu acrescentaria, quando até você já começa a perceber essa possibilidade, aliás, cada vez mais óbvia.
E é isso também o que eu sinto quando eu ouço algo que me toca de verdade, que dá aquele nó no estômago, aquela sensação de familiaridade e “quentura”, apesar de isso ser cada vez mais raro. O último que eu lembro que eu comentei por aqui foi o disco do Monodia. Maravilhoso. Continua em alta rotação aqui em casa.
Também ando curtindo muito o Pork a light, do grande Carneiro, mas esse já é outra história, e é velho preferido da casa.
Mas um lance que eu conheci há pouco tempo pela internet e que a cada vez que eu tenho ouvido tem me chamado mais a atenção e agradado é o trabalho de um carinha chamado Giancarlo Rufatto, que tem o projeto Lo-fi dreams. Conheci através do My Space, depois baixei os mp3s na Trama, e realmente fazia tempo não ouvia uma coleção de canções tão boas e bem resolvidas em termos de composição, arranjo e mesmo produção – apesar de ser, como o próprio nome indica, algo produzido de forma lo-fi.
Além disso, fiquei sabendo também esses dias que o cara ta tocando nas ruas, por aí, com violão, voz e gaita, em lugares tipo terminal guadalupe e a praça Zacarias. E fazendo um documentário sobre os músicos de rua de Curitiba – uma pauta aliás, que eu sempre quis fazer no jornal mas ninguém nunca deu bola e eu também, na verdade, não me animei em insistir e ir atrás. A velha preguiça e os dias passando, sabecumé. Mas isso não vem ao caso.
Voltando ao lo-fi dreams, me impressionou – além das melodias e ótimas letras – justamente a consistência do trabalho do cara. Não tem música ruim, e várias delas são muito boas, bem acima da média, canções perfeitas, pra tocar no rádio, se as rádios ainda não estivessem tocando money for nothing, do dire straits, enfim. To ouvindo agora por exemplo uma chamada justamente “Uma canção (nome provisório)”, que porra, é ducaralho. Daquele tipo que você ouve uma vez e sai cantando.
“uma canção quando não houver saída
qando a chuva deixar a noite um pouco mais
vazia”
muito bom
algumas coisas, como a balada “ok”, me lembram o Beto Só, de Brasília, que eu adoro. O engraçado é que não é nada “ixperimental” e tal, novidadeiro hypado, que a gente ta acostumado a trombar por aí no indie anglófilo brasileiro. Pelo contrário, como eu digo, é o tipo de canção que deveria rolar nas transamérica lights da vida para casais apaixonados no motel, se é claro, nossas rádios, e nossos casais no motel não fossem uns tapados. Provavelmente eu sou o tapado, o resto é que tá certo, mas sei lá. foda-se, isso é outra história.
outra que eu gostei muito, e que tem um clima bem folk psicodélico setentista foi “Reza”, que tem uma letra muito foda, também.
“Reza
hey deus, agora sei como fazer você ouvir, me diz se é só mais um segundo, se este é o ultimo aqui. E ai então teremos vencido e encontrado abrigo, me diz se ela pensa em mim, se ela pensa em mim.
Acho que isso é um sinal, bem acho que agora já são dois, por favor, eu te peço, talvez um dia, só pra nós, e um tanto de coragem, um tanto de coragem.
eu vejo tudo dando voltas e porque ainda estamos no mesmo lugar?.
Por favor deixe me descer na mesma estação que ela escolher.
No fim é tudo de mentira, faz de conta, de ilusão, mas não quero nem saber, não quero nem saber, deixe me descer, na mesma estação que ela escolher.”
É aquela coisa. Todo mundo anda falando do Vanguart, e tal, que eu até ouvi e achei legal, mas me desculpe. Nada do que eu ouvi deles me chamou tanto a atenção e grudou no ouvido como “Reza” do Lo-fi dreams. Não to aqui querendo fazer comparações, até porque não vem ao caso. Só to falando que a gente ta tão acostumado a só comprar o que já ta todo mundo badalando por aí, seja na internet, seja aonde for, que as vezes não percebe que as coisas mais legais podem estar bem perto, aqui do lado. Me irrita um pouco a tendência que a gente tem nesse meio jornalístico indie musical de eleger uma meia dúzia de coisas e ficar batendo na mesma tecla o tempo todo e ignorando, muitas vezes, muitas outras coisas tão ou mais legais, mas que por circunstâncias diversas, ou por os caras não “freqüentarem”, como acontece por exemplo com um Monodia, ou um Deus e o Diabo, ou mesmo um La Carne, pouca gente acaba dando atenção. É a velha mania de agir como manada. Só muda a escala, mas é a mesma atitude, seja entre o grande público mainstream, seja a meia dúzia de indie sempre. Afinal, quantas vezes você foi no James e ouviu pela enésima vez “Girls & Boys”, do Blur, ou aquela outra (uhhuuu), ou aquela meia dúzia do Pixies que toca em toda balada indie. Isso me enche o saco.
Voltando novamente ao lo-fi dreams (sim eu sei, to me perdendo e me estendendo demais nesse texto, mas e daí, isso aqui é um blog, não gostou, vai ler a Veja). Além de tudo, pelo que eu li, o cara parece ser gente boa, escreve muito bem e é mais um batalhador que também veio do interior do paranã, filho de caminhoneiro, ta por aí ralando e pondo a cara pra bater – o que é sempre admirável em um panorama tão apático e bundamolístico coxinha que a gente vê por aí. Eu como filho de cabeleleira nascido em Paranavaí não poderia deixar de notar esse detalhe, apesar de ele não ter necessariamente nada a ver com a qualidade do trabalho e o talento do cara, é claro. É só algo que também não pode ser totalmente desprezado/ignorado, porque se reflete claramente na abordagem e nas escolhas que a gente percebe que ele revela nesse trabalho.
Achei ótimo o texto que ele colocou sobre uma das apresentações na rua, contando que colocou uns cds do lado escrito “CD grátis” e o povo chegava com cara de assustado perguntando quanto era. É aquela coisa, como diz a Mariele, “nada é por acaso”. Não é a toa que eu nem conheço o cara e quando ouvi a música me identifiquei na lata. E quando mostrei pra Adri rolou a mesma coisa. E quando deixei uma cópia dos mp3s lá com o Carlão, semanas depois ele veio perguntar, o que era aquilo.
É sempre muito bom descobrir coisas novas, que renovam na gente o sentimento de paixão pela música. Mesmo que amanhã, a gente esteja se amaldiçoando por isso. E mudando de opinião no minuto seguinte.
Enfim. Recomendo quem quiser ir lá no my space, trama e baixar os discos e conferir.
9 comentários:
estou sorrindo forte aqui. muito forte, são coisas assim que fazem a gente (eu, vc, enfim, todo mundo que faz e gosta de musica) sorrir e dizer um palavrão de empolgação. sempre achei que musica tinha de tocar as pessoas, antes de ser melhor disco do ano, melhor msica etc, então tento fazer a musica que eu gosto de ouvir e se agradar algumas pessoas, ja terei vencido.
obrigado ivan, ganhei meu dia.
Definitivamente, salvou o dia. Muito obrigado.
pois pode ter certeza de que você está no caminho, Gian. pelo menos a mim e aos poucos que eu mostrei agradou, e muito. abraço.
grande Carlinho. saudade de vocês, seus sacripantas!
Bem, preciso fazer um ps aqui! hahaha
Gostei muito do texto, e assim como o Gian estou sorrindo forte, pq ele é meu amigo/irmão e merece todos os adjetivos e atenção!
Mas tbm pq a capa do cd é uma foto que eu tirei em uma tarde pseudo-artística, no qual falamos de música, a vida, universo, e o contrato milionário que nunca chega!]
=D
Ivan, salve!
Parafraseando o Van Morrison: música é uma coisa espiritual. O meio em torno delas não é.
Vo^ce já sabe o que eu penso do assunto, e sabe que volta e meia conversamos muito sobre isso. Bom, o que eu posso dizer é que faz dois meses que comprei um disco pela última vez e estou curtindo muito a audição dele antes de sequer começar a ouvir outro que me passaram em mp3. Ou, em letras mais diretas, me permito o direito de ser anacrônico e ouvir um disco por vez. Acesso fácil não significa, necessaariamente, qualidade e beleza ao alcance de todos.
E quanto ao "meio", uma palavrinha só, que aprendi com a galera do Gordurama: PIÇA!
Eu fico só com a música. Meu trampo é, com muito orgulho, de professor. E tenho grandes amigos - que calham de ser músicos - e às vezes escrevo sobre algusn deles, ou sobre o que eles me passam.
Abração!
Leo
legal, Pamela. a foto e a capa são lindas. parabéns.
é por aí mesmo Leo. afinal, quem precisa de tanta informação? e essa "interatividade" toda também me irrita. Piça é ótimo (rs). abração
Todos os comentários a respeito do Lo-fi Dreams (diga-se Gian Rufatto) merecem atenção, suas canções o que nos parecem perdidas acaba encontrando seus donos pelo Brasil afora, se não fosse assim como explicar que Eu, simples mortal habitante da selva amazônica, poderia estar ouvindo "uma canção" e outras mais do Lo-fi. É isso, certas coisas são feitas com tanto amor, que é inevitável que ela se propague, mesmo que na surdina, mas ganha proporções inimagináveis,Eu posso falar que nesse quase dois anos que conheci o que eu chamo de sonoridade lo-fi, eu voltei a acreditar no rock brasileiro. Salve, Lo-fi Dreams, Salve Gian...
Comentários vindo de longe, muito longe mesmo.
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