9/15/2006

De lembranças (em vídeo), noitadas e comparsas



Noitada excelente, como só aquelas em que a gente se encontra com grandes e velhos amigos pode oferecer. O show do Folhetim foi perfeito. Nada como show em teatro para você ouvir de verdade todos os detalhes da música de uma banda. E os caras mostraram que fizeram a lição de casa direitinho. Show redondo, sem arestas, sem deixar cair a peteca em nenhum momento. Participações especiais de vários meliantes da “máfia”, entre eles este que voz escreve, mister Linari, Rodriguinho, o grande Paulinho Branco. Parabéns a todos os folhetinescos. E Carlão, depois de quinze anos nessa correria de show, festival, selo, produção, equipo, gravação, cartaz, etc, acho que tenho uma “parca” idéia do que você está sentindo. Entendo perfeitamente tua expressão meio perdida de quem parece não saber se está feliz por estar ali ou torcendo pra que tudo acabe logo. Já passei por essa de se quebrar tanto pra fazer a coisa, que quando acontece você tá tão cansado que as vezes nem consegue aproveitar direito. Mas fica frio cara. Foi muito bom. Tá feito. Tá registrado. Agora é história. Relaxa e aproveita, porque apesar de todo o perrengue ou justamente por ele, a gente tem que valorizar esses momentos especiais. Vocês merecem.
Mas o melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista), veio depois do show, quando uma trupe inacreditável de mais de vinte pessoas invadiu o Pudim para o horror dos garçons da casa, e só saiu de lá a 1 hora enxotada. Parte dela rumou para o folclórico Japas Bar, que mais parece um cenário de um filme do Tarantino. Que que é aquele Japa? Pois bem, várias cervejas e chiboquinhas depois, nem o Japa aguentou a gente.
Muito bom ter mister Linari por aqui de novo. É incrível como esse cara ocupou um espaço tão grande em nossa pequena, estranha e barulhenta “famiglia”. É como se a gente conhece o cara a vida toda. Ver o Linari no palco, cantando com o Folhetim, faz a gente entender porque é que a gente insiste nessa história de música por tanto tempo (que diga o Rubens, com sua carteira da OMB de 1989), mesmo que isso custe um pouco do que resta de nossa sanidade mental e física, ou mesmo sem saber se algum dia vai chegar a algum lugar, ou sequer se existe algum lugar pra chegar. O cara foi feito pra isso, pra estar em cima do palco. Esse maldito tablado iluminado e sonorizado é a melhor droga que existe. E os poucos minutos que a gente consegue finalmente chegar lá e fazer o que tem que ser feito fazem valer toda uma vida de sangue, suor, lágrimas e ressacas, e frustrações e vontade de mandar tudo à merda, e desprezo e ...vontade de começar tudo de novo porque sempre tem uma canção perdida por aí precisando ser descoberta, trazendo um sentimento novo que te alimenta a vontade de seguir em frente.
Que venham outras. Enquanto a gente tiver força pra ficar de pé e segurar uma guitarra, vai ser assim.
Pra terminar, mais uma preza de outro sócio honorário dessa nossa pequena e insana “famiglia” rock n roll. Mister Marcelo Borges nos avisa de lá do outro lado do Atlântico e vocês podem conferir aí acima a estréia mundial do primeiro vídeo de uma música do disco “Às vezes céu”, do OAEOZ. Marcelinho nos deu a honra de videografar “Lembranças não valem nada”, com imagens de viagens dele de trem pelas terras da rainha, e pela Europa (Cracóvia, me parece, não me pergunte onde fica). E como em todos os vídeos que o Marcelo fez pra gente, é uma criação toda dele, sem qualquer participação da banda que não seja fornecer a música e a inspiração. E como sempre, ficou perfeito. Confiram, comentem, link em seus blogs e o scambau. A famiglia OAEOZ mais uma vez agradece ao nosso parceiro, que em breve, esperamos, estará de volta por aqui para armarmos mais algumas artimanhas.

3 comentários:

Anônimo disse...

TESÃO!!!! pena não estar aqui pra ver a festa do folhetim...pena mesmo....estava em floripa tocando com os indios e colorir num teatro muy loke...hehe...então, preciso passar ae, casseta...esse final de semana ia ser massa...vão trampar??? bjo, abraxxx

Anônimo disse...

ivan, essa é a pianista que te falei, baixe esse disco , vale a pena conferir . http://www.patriciabarber.com/discs/verse.htm

Anônimo disse...

porra, tava assim mesmo. Só o bagaço. Fiquei com uma sensação estranha felizetriste, mas não tem como ficar muito tempo assim. Com o Linari e toda a moçada por perto , ou você melhora ou os caras te tiram. Agora é se concentrar nas gravinas oaeozísticas.