7/07/2006

"Hoje pensei na minha morte, talvez porque tem horas que bate mesmo um fastio, uma sensação de kilometragem rodada, quando você percebe que tá caindo no mesmo erro recorrente de correr atrás de algo bom, ou de uma miragem de felicidade. As pessoas colecionam frustrações, como colecionam dívidas e eletrodomésticos. As pessoas querem ter filhos, comprar uma casa melhor, jantar em restaurantes caros, ter uma mulher melhor e um carro melhor. As pessoas querem se distinguir. As pessoas se masturbam na frente de imagens de computador, dançam em lugares com músicas sem alma, acumulam trabalhos. As pessoas arquitetam estratégias de sobrevivência, mas a senhora de preto que parece a Dolly Parton pisca pra você sobre um cadilac cor de rosa. "

Mário Bortolotto

leia a íntegra no atirenodramaturgo

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