4/26/2013

meu abacateiro em fruto






Chegou a temporada do abacate. O pé tá pra lá de carregado. E descolei um apetrecho que vai ajudar a chegar mais alto. Mas, ainda precisamos de amigos altos. Com a temporada do abacate é chegada a época de comida mexicana. Mas, este ano quero inovar e ir além da guacamole  e do chilli. vamos ver o que acontece.

4/09/2013

Banda imof lança vídeo colaborativo de "Um silêncio novo na casa"



A banda curitibana imof se apresenta neste sábado (13/04), no TUC, em show que marca o lançamento do clip da música “Um silêncio novo na casa”, editado por Luigi Castel e produzido pelo próprio grupo. O clip foi editado a partir de vídeos caseiros de bichos de estimação enviados por internautas, fãs e amigos.

A canção que dá título ao videoclip foi composta pelo vocalista da imof, Ivan Santos, a partir de texto escrito por sua esposa, a jornalista Adriane Perin, em homenagem ao cachorro pastor alemão do casal, Dógui, morto em 2010. A música foi lançada originalmente no single de mesmo nome, gravado pelo grupo no ano passado.

Em fevereiro, a banda convocou as pessoas a participarem do clip da canção, enviando vídeos de seus bichos de estimação. O material recebido foi editado e se transformou em um trabalho colaborativo que faz uma singela homenagem a esses amigos queridos – os que já se foram e os que continuam por aí, alegrando nossos dias com seu carinho, lambidas e estripulias.

A banda imof é formada por Ivan Santos (voz, violão e guitarra), Aguinaldo Martinuci (piano e guitarra), Fernando Lobo (baixo) e Osmario Jr (bateria), todos com longa história na cena musical local. Ivan foi vocalista e compositor da banda OAEOZ, e é o criador, junto com  Adriane Perin, do selo De Inverno e do festival Rock de Inverno. Osmário integrou as bandas CMU Down, UV Ray, Dive e Sofia; Fernando Lobo tocou com ESS, Tod´s e Goticos 4 Fun, além de atuar também como produtor, e Martinuci encabeça o projeto Stilnovisti.

O primeiro single – “Um silêncio novo na casa”, com três faixas, foi quase todo gravado em casa – só as vozes foram captadas no estúdio Audio Stamp –e foi lançado pelo selo De Inverno no início de agosto de 2012. Gravação e mixagem são assinadas por Luigi Castel, com assistência de Fernando Lobo.


Link do vídeo:


www.deinverno.blogspot.com
Contato: deinverno2@gmail.com 

Serviço
Show com a banda imof
Sábado, 13/04 às 20h
TUC (Galeria Júlio Moreira – Centro - Setor Histórico)
Telefones: (41) 3321-3312

Ingresso a R$ 5,00

3/26/2013

imof no TUC lançando o vídeo de "Um silêncio novo na casa"



Dia 13/04 tem imof tocando no TUC e lançando o vídeo de "Um silêncio novo na casa". Vídeo esse editado pelo Luigi Castel, a partir de vídeos de bichos de estimação enviados pelas pessoas pra nós, ou seja um trabalho colaborativo, que tá ficando muito legal. Esperamos todos lá pra celebrar com a gente!

2/16/2013


As  folhas secas pelo inverno no chão do quintal tingem o dia de um vermelho que quase não se vê, perdido nas manchas rubras que o tempo carrega sobre elas.  O dia de sol abre o céu no prédio de vidro azul e a grama cortada, e molhada, se agarra em minhas pernas
Mas, teu rosto reflete a mesma aflição que  vê no meu.  E eu fico sem palavras sempre que chego em casa. Quando a porta se abre antes mesmo do rodar da chave, ganho meu melhor momento do dia.  Só quero um abraço.
Nunca busquei a proteção, mas encontrar aquele olhar no fim do dia é tudo  que quero querer hoje. E  é quase mais do que posso suportar quando a saudade bate na porta anunciando que a madrugada chegou,
Irreprimível e imbatível, 
entardecer após entardecer
Trazendo nos ombros o peso de outro dia que escorregou da palma das mãos abertas, sujas da terra remexida que se mistura com a pintura azul escura da unha descascada. Não, não pinto minhas unhas de vermelho há muito tempo.  Não se espante.
Até que o alvorecer receba os carros e, quem sabe, tinja aquele pedaço de céu com os vários tons que o vermelho traz em si, passeando em alaranjados brincalhões que fazem meu peito quase parar naquela curva
Só pra se iludir que o tempo é meu e que podemos fazer o que quiser com ele. E podemos.  Não é? Mas, nem sempre quero. Ou nem sempre sei que podemos. Às vezes, tudo é meio escuro mesmo em dias como os de anteontem. Noutros, o cinza que cobre o céu abre no sorriso a tranqüilidade de quem sabe quem tem ao lado. E que encontra a felicidade logo depois  daquele portão. 

1/22/2013

imof ao vivo no "Revista Curitiba" da ÓTV



Nesta quarta-feira, 23/01, tem imof ao vivo no programa "Revista Curitiba", da ÓTV, a partir das 22h35, tocando e falando sobre o video colaborativo da canção "Um silêncio novo na casa". Pra assistir é só sintonizar o canal 11 da Net, ou o site da ÓTVhttp://www.otv.tv.br/otv-ao-vivo/

1/16/2013

Ah, a chuva!


"Escrevo, pois desse jeito sinto-me bem perto,
como um sopro que uma hora chega.
Conto dos tons que o mar fez em mim,
de como sonhei com cavalinhos.
Tenho ido sempre ao mar,
ele está na porta da casa que não é minha.
Então caminho por dunas, vislumbro desertos".

Do livro, Nós, de Gabriele Gomes, que curto muito. Volta e meia abro uma página aleatoriamente para ver o que a palavra tem a me dizer. Em 99% das vezes me identifiquei com o que li. Neste, para ser mais eu, só  colocaria as árvores, as florestas e seus tons, que conversam e me tranquilizam mais que os oceanos.

Ah, e a chuva e nosso amigo vento, claro!





1/15/2013

Participe do clipe da banda imof



Olá!

Esta mensagem é, na verdade, um convite especial, e se quiser compartilhar, agradecemos. Somos a banda curitibana imof, composta por Ivan Santos (voz, violão e guitarra), Martinuci (guitarra, violão e piano), Osmário Junior (bateria) e Fernando Lobo (baixo). Temos uma canção chamada “Um silêncio novo na casa” (que pode ser ouvida aqui), cuja letra, escrita (e vivenciada), por Ivan e sua esposa, Adriane Perin, fala sobre a perda de um grande amigo, o pastor alemão Dógui. Estamos com um projeto de gravação de um clipe para esta música e é ele que nos traz aqui, para pedir que participem com a gente desta nova empreitada. É bem simples participar e, apostamos, que será muito legal para todos relembrar bons momentos passados com nossos grandes amigos – os que estão ao nosso lado e os que não estão mais, mas deixaram suas ‘pegadas’ nas nossas vidas.  Cachorro, gato, porquinho da índia, pássaro, lagartixa, peixe, não importa qual é o seu melhor amigo – nós gostaríamos de vê-lo no nosso clipe.  Para isso, basta que vc envie imagens filmadas deles para que a gente possa juntar tudo e fazer essa bela homenagem a estes seres capazes de tornar nossos dias mais especiais.

Gostaríamos muito de contar com a sua participação e ajuda neste projeto. Na medida do possível, os nomes dos bichinhos e seus respectivos donos, ou melhor dizendo, amigos, serão creditados.

Os vídeos devem ser enviados em arquivos compactados para sites como o  SENDSPACE.COM, ou o 4SHARE***, com informações para contato, e com os nomes dos “melhores amigos” e seus responsáveis. E enviar o link pra gente, pelo blog (deinverno.blogspot.com), Facebook ou no email  deinverno2@gmail.com. Vamos esperar pelas próximas duas semanas a chegada das imagens – até o final de janeiro, portanto.

* o convite também se estende para quem tiver interesse em participar de outra forma, e que ajude de maneira colaborativa, a realização deste projeto.
Sejam todos muito bem-vindos!!!

Obrigado por ler até o fim,
Um forte abraço,
E um excelente 2013!!!
Imof/De Inverno Records!


***Sugerimos este último, porque o consideramos mais seguro e simples de usar, bastando um simples cadastro para mandar arquivos de até 2gB.

1/04/2013

História do Rock Curitiba - parte 10

A última da série sobre a " menina dos olhos de muita gente", a cena musical curitibana.

História do Rock Curitibano -parte 8 e 9

Penúltima e antepenúltima reportagens da série publicada em 2001, na Gazeta do Povo. Alguns destaques, algumas apostas...


História do Rock de Curitiba - parte 6 e 7

Mais dois pedaços da série com dez reportagens, publicada no Caderno G, Gazeta do Povo, em 2001. Aqui, começo a falar da história que eu também vivi um pouco, a cena curitibana dos anos 90.



Estante nova e velhas canções


“ Quando ventar, uma bela flor me chegará
 Quando ventar eu acharei o meu lugar
 Quando ventar com o vento eu irei dançar
Eu vou voaaaar
entre maçãs (não) vou ficar
Quando ventar ente maças não ficarei
Quando ventar meu coração eu buscarei
Quando ventar me espalharei ao chão
Quando ventar eu sentirei meu coração
Quando ventar  nova vida começar
Eu vou voar,
ente maçãs (não) vou ficar”

Na estante nova, as velhas e boas canções terão sempre um lugar especial. Dá uma sacada no segundo som que ouvi hoje, esse aí de cima. Acordei  tarde, a casa em silêncio, o dia cinza. Queria achar um disco e achei outros na tal estante nova que está, ainda recebendo aos poucos, a nossa trilha sonora.  Neste tempo, ganhei outro presente que me permitiu viajar ainda mais no tempo, um aparelho de som “3 em 1”. Quem lembra deles, que eram o “must” lá nos idos dos primeiros anos de  80. Tanto azucrinei que ganhei de presente de 15 anos um desses: um Sanyo ATR 10D, com rádio, toca disco e dois tapes – e isso era o máximo porque eu podia, também, copiar de cassete pra cassete.


Eu fazia miséria. Ganhei esse som poucos antes de sair da casa dos meus avós e vir morar em Curitiba. Mas, foi nos meus primeiros anos em Curitiba que esse aparelho de som foi meu melhor amigo, companheiro com o qual compartilhava todas as minhas muitas lágrimas de saudade, de falta e, quem sabe, de medo diante da incerteza do mundo completamente diferente que se apresentava na minha nova cidade, Curitiba. Foi neste som, já morando aqui, que ouvi incansavelmente em 1986 o disco The Final Cut, do Pink Floyd, a primeira banda “louca” que conheci de verdade. Eu ouvi tanto esse vinil, deitada no chão do meu quarto, escuro, com  a cabeça entre as duas caixas de som. .. Tadinhos dos meus pais, nesta época. Eles se preocupavam comigo ! Isso entre 85 e 88, meus primeiros  três anos morando em Curita antes de ir pra faculdade sem imaginar que aí, sim, é que tudo mudaria de um jeito que eu jamais imaginara. Até então, eu me distraía ouvindo Legião Urbana,   RPM,  Kid Abelha e muito rádio, de onde gravava as tais fitinhas.

Pois em uma de nossas mudanças, não perguntem como, resolvi deixar esse tal Sanyo pra trás, entre os destroços e revistas velhas... quando me dei conta da merda que tinha feito era tarde demais. Mas,  às vezes a sorte bate a nossa porta outra vez e eis que este ano fui na casa da amiga Gilce tomar um café e lá no cantinho da sala avistei  o “meu 3 em  1”. Quase chorei e não perdi a chance: se um dia for vender ou passar adiante, lembre de mim, Gilcinha!  Primeiro ela trouxe alguns vinis preciosos que já mostrei aqui. A pouco mais de uma semana recebi uma mensagem : estou dando o aparelho de som vc quer? Vamos levar aí, é agora ou nunca. rs” Já era tardão da noite e nem hesitei e respondi com um simples: “ quero sim”!
Meia hora depois ele chegava em casa. E está perfeito, com tudo funcionando, já ouvimos vários discos – há, o som chuviscoso do vinil combina muito com Curitiba e seus dias deliciosamente friozinhos como o de hoje, em pleno janeiro!!!! 

Aí foi a vez de encontrar algumas fitas cassetes, como esta que estou ouvindo agora.



Os clássicos do Cores d Flores, com a formação clássica da banda, aquela que a gente conheceu de perto quando eu recebi das mãos do meu editor de Caderno G, Paulo Camargo uma fitinha cassete de uma banda cuja vocalista conhecia Renato Russo, algo assim. “Veja o que é, achei a tua cara e acho que pode render uma história legal”, com essa orientação recebi a tal fitinha e ainda lembro quando a colocamos para ouvir no scort verde, voltando pra casa do trabalho. O Ivan logo lembrou: é aquela banda com a garota cantando que vimos no festival da Federal (2.º Leite Quente, em 98), lembra, que foi a  que a gente mais gostou". Eu não esqueci mais.
A tal guria, Mariele Loyola, dias depois foi a um show d’OAEOZ no James, depois ela Mackoy e Vivi foram lá em casa numa festa junina. Lembro claramente deste dia, com o fogão a lenha aceso na casa das jabuticabas. Assim começou uma amizade que eu sei que não vai acabar nunca. Não lembro se foi essa mesma fita, acho que não, mas aqui está a que me reecontrou  e com ela algumas das canções que continuam entre as minhas preferidas, criadas por  Cores d Flores, Mariele, Mackoy, Deiwerson, Douglas e Francis!  A fita cassete com um texto de apresentação do Ivan. Repertório: Filme, Com Cores de flores, Palavra Dita, Um dia Só, Maçãs, Achados e Perdidos, Até breve! Clássicos da 'música curitibana", clássicos da música alternativa brasileira, uma das bandas com um dos shows mais poderosos que eu já senti. Eu me acabava de tanto dançar e cantar nos shows deles! Eita nóis!!!! Não é nostalgia, não! É saber o que pode fazer a diferença na vida da gente!.

12/21/2012

História do Rock Curitibano - parte 4 e 5

Mais um pedaço da série de reportagens publicada no Caderno G entre 16 de setembro e 18 de novembro de 2001. Mais um pouco de anos 70 e chegando nos 80. Lembro da entrevista com o Kaven, da Carne Podre -  seria ela mesmo a primeira banda punk brasileira? E  o auge do Blindagem e da parceria com o Leminski, com direito a presença do primeiro baterista da banda na foto, o Marinho Bocão, um cara que conhecemos logo na nossa chegada aqui em Curita, bem antes da Gazeta e tudo mais e que se acabou, do pior jeito, nas ruas de Curitiba. Tem também Paz Armada, BAAF. E a new wave e o psycho curitibanos. E o Cemitério de Elefantes.


12/13/2012

Roda de capoeira

Essa semana o que não falta é roda de capoeira. Mais uma com a turma do Força da Capoeira.

12/07/2012

História do Rock Curitibano - parte 2 e 3

a segunda e terceira de dez reportagens sobre o rock de Curitiba, publicada na Gazeta do Povo, no Caderno G, entre entre 16 de setembro e 18 de novembro de 2001. Anos 60 e 70.




12/04/2012

História do Rock Curitibano - parte 1

Uma das mais importantes reportagens ao longo dessa minha caminhada como jornalista foi uma série publicada no Caderno G, da Gazeta do Povo, entre 16 de setembro e 18 de novembro de 2001: História do Rock Curitibano. Foram dez capítulos publicados nas edições de domingo. Algumas das mais emocionantes entrevistas que fiz com os artistas locais foram para esta empreitada. Lembro da conversa com Paulo Hilário e com o Ivo Rodrigues. Com o primeiro, em sua casa, com ele me mostrando todo seu acervo enquanto contava histórias até o momento em que questionei, impertinente que só,  porque eles não investiram em música própria como fizeram a grande inspiração deles, os Beatles. E ele pacientemente, e com visível emoção nos olhos, me fez ficar quieta ao ouvir um desabafo que fez eu me tocar que estava indo  além, achando que sabia mais do que sabia da vida. A conversa com o Ivo foi em boteco próximo da casa dele, e este sim me fez chorar, mesmo, junto com ele. Como poderia ser de outra forma ouvir as histórias com toda aquela força, que só pode vir de alguém que deu sua vida por algo que ama muito. Falei algumas outras vezes com  o Ivo, mas esta foi a mais inesquecível. Espero encontrar nas fitas cassetes que estou digitalizando essa entrevista completa.

Também foi igualmente emocionantes falar com um cara chamado  Edison, da banda Excelsior. Saí dessa conversa convencida que teve gente começando a fazer música própria antes d' A Chave. Edison me levou a seu estúdio e não parava mais de falar e cada vez que mostrava uma coisa, uma nova história o fazia procurar outra - até que ele achou uma gravação inédita no meio daquilo tudo. Não lembro onde é a casa dele, mas sei que ele vive pela região central e vou encontrá-lo novamente.

Foram dez textos dominicais que trataram da chegada do rock em Curitiba, na década de 50, até o começo dos anos 2000. Muitas histórias ficaram pelo caminho, afinal eu só tinha uma página de jornal. Mas, o efeito desse trabalho ficou para sempre em mim - e pelo que vejo ficou também com algumas outras pessoas. Eu nem tenho palavras para dizer o quanto isso é importante  pra mim - valeu José Carlos Fernandes, que apostou junto comigo na pauta. Acho que se eu não tivesse feito mais nada no Caderno G, meus seis anos de Gazeta já teriam valido por essa experiência.

Bom, pela vontade de não deixar um projeto morrer - e também atendendo a pedidos - encontrei essas reportagens digitalizadas e vou disponibilizar aqui no blog.  Eu as tenho, para quem precisar, em tamanho maior e mais fáceis de acessar. Também imagino que Gazeta e Biblioteca Pública do Paraná tenham esse material. Se eu fosse um tantinho mais organizada e centrada colocaria junto com este texto alguma (s) das entrevistas degravadas. Mas, não sou assim tão organizada e sempre encontro essas coisas no meio de prazos que estão exigindo minha atenção. Porém, como esta semana ainda falei disso vou logo começar a colocar esse material no blog e na sequência a gente vê o que mais consigo fazer.

Aqui está a primeira reportagem da série: História do Rock Curitibano:

11/27/2012

Estante nova

Tudo encaminhado - ou melhor mais ou menos encaminhado, porque ainda são muitos os Cds, livros e afins para organizar. Mas, o primeiro passo foi dado, a compra da estante, e com ele as intermináveis arrumações da minha vida. Nunca fui das mais organizadas, reconheço, talvez por isso fico sempre tentando arrumar a casa e ela nunca parece pronta. Pra ajudar, são dois jornalistas em casa, e jornalistas do século passado, o que significa muitos papeis por perto e um apego desgraçado, de minha parte, a algumas revistas, rabiscos, cadernos e blocos - e essas coisas do passado. Mas, o bom dessas arrumações cíclicas é remexer também nas passagens importantes que estavam lá juntando poeira. e foi assim, outra vez, semana passada. Aproveitei para digitalizar algumas preciosidades como estas aqui: Ella Guru, banda de Londrina que namoramos pra trazer para um Rock de Inverno, mas não deu tempo; Beto Só e os Solitários Incríveis, disco que ganhamos do Ju, do Phonopop, na primeira vinda deles para tocar em Curitiba (Ivan me ajude com as datas, foi antes da De Inverno nascer, oficialmente??!!!). Por alguma razão, ele achou que a gente ia curtir "a outra" banda dele.(Nada é por acaso, já dizia há tempos  Cores d Flores); Johnz e suas canções românticas pra cantar; Astromato, a banda campineira que marcou época no independente brasileiro como uma das primeiras a apostar na língua portuguesa - também tentamos trazer, mas também não deu tempo.  Hoje em dia, ela é Radiare e seguiu na mesma linha: belas e confessionais canções que falam do (nosso) tempo que não para, segue o seu rumo; La Carne de um tempo em que, confesso, não dei muita atenção aos caras (tsc, tsc, Adriane!)Mas, acho que me redimi, né, queridos e doces bárbaros? E  o convite pra festa de um ano da Polexia, com momentos marcantes pois havia canções que o teatro todo cantava junto. Foi de chorar de tão lindo ver aquilo acontecer!








E, por último, o mais especial dos achados do acervo De Inverno: o show no qual foi gravação Take Um, disco ao vivo d'OAEOZ, no auditório Antonio Carlos Kraide em maio de 2001. O disco foi lançado em 2002. Eita aninho foda, esse 2001! Estava muuuito frio no Kraide, lembro bem: Foram duas lindas Noites De Inverno. Esta é uma cópia em VHS nos concedida por Marcelo Borges, que tem os originais captados em um formato para o qual não temos mais câmera para ver. Ela está indo daqui a pouco para as mãos de um especialista que vai limpar esse mofo que tá começando a deixa-la branquinha, e digitaliza-la. De pedacinho em pedacinho a gente mantém a nossa história viva.



11/23/2012

11/14/2012

imof ao vivo no Último Volume

E neste domingo tem imof ao vivo no programa Último Ultimo Volume Lumenfm, apresentando três músicas inéditas mais uma faixa de nosso primeiro single.

A gravação foi feita no estúdio Sulco de Ideias, do nosso amigo Bhorel Henrique, e a mixagem/masterização  foi feita pelo nosso baixista Fernando Lobo. A entrevista feita pelo Neri Rosa foi bem legal, e incluiu histórias sobre os trabalhos anteriores de cada um dos integrantes da banda, e sobre o selo De Inverno, com a Adriane Perin.

Vale a pena conferir, domingo, 18/11, as 23 horas

Pra quem é de Curitiba e região, é só sintonizar o 99,5 FM

Pra quem for de fora, dá pra ouvir pela internet. É só acessar o site da Lumen.


11/03/2012

Grosso Calibre – Discos Raros

Algumas cenas marcam a gente. Eu lembro exatamente do instante em que vi o disco do Rodrigo Garcia em cima da mesa de redação na Gazeta do Povo. Voltara de alguma entrevista e aquele disco largado na mesa me chamou no instante em que larguei a bolsa e me preparava para empunhar o computador. Com uma capa horrível, escrita apenas: Grosso Calibre. Milênio.
Nome da banda, do artista, do disco???? Virei e reconheci a foto do carinha figura que circulava pelo James, amigo de alguns amigos. Não tinha ideia do nome dele. Peguei o cd sem dono e coloquei pra ouvir, curiosa. Não sabia que o carinha tocava, tinha banda, nada disso.
E como é bom se surpreender assim! Curti o disco logo de cara, ficou claro que era boa coisa mesmo na correria da redação, na primeira ouvida. Gostei do jeitão meio cru, a voz pra dentro e meio abafada. Essência, pra mim, as letras conseguiram minha atenção e o jeito de cantar também. No interno do encarte, uma confissão de inadequação.O encarte usa um desses modelos prontos de computador e foi uma unanimidade nas conversas, a sua ruindade. Já as canções, os poucos entendidos que ouviram concordaram comigo: pequenas preciosidades se escondem neste, que eu considero um dos melhores discos já feitos em Curitiba. E um dos melhores produzidos na chamada música alternativa brasileira. E na trilha sonora da minha vida ele tem lugar cativo. É um daqueles discos “para onde” preciso voltar de tempos em tempos.
Começa com “Maria Madalena”, foi aí que esse jeitão largado, esse “jeitão miserável” de cantar, todo largado, me pegou. Coisas assim:

(...) “ como eu ia dizendo ontem minha filha era virgem e queria um rapaz pra se casar” (...) “... sabe como é, é que esse mundo é tão grande... e o seu valor é imenso... se para, eu desço aqui, na hora..” Uma certa sabedoria latente: “não é possível vencer a maré, pois ela está agitada. (...) eu aprendi a nadar com a maré, me carregava na costas .. Irei viver esta hora, pequena fração despercebida, não vou esquecer de me entregar.. e o resto eu deixo pra depois... e o resto eu deixo com você... os que deixei... ” (A Maré)

Sequencia matadora: “Costumo ser pedra que cai, o ar se foi, sol que se vai... sou filho da vida... e você? Com quem andas, o que pensa, onde vai? Não me diga que sabe como escapar do dia de cada dia... vai moldando e toma conta de tudo... os seus lábios tocam minha testa... e quando isso acontece eu me sinto bem num lugar sem saída.. me diga com quem vc aprendeu a melhor parte da vida... eu não sou mais um mortal proletário - sem saída... estamos aí pro que der e vier, cada um cada um, esteja onde estiver de braços cruzados ou com a mão no peito sem preconceito não vou me curvar pr’essa vida...”(Devoto de São Judas).

Outra sequencia matadora “Se já não querem nada, não querem nem destino, me dizem que são jovens, que vão envelhecer, pois concordo com eles, que meio entorpecidos vão buscando o amanhã (...)acreditar que a vida não está comprimida num planetinha pequeno azul, em um só, não. alguns talvez, ou até mais. (...) Eles estão aí como um milhão de ordens e a ordem está escrita na mente de cada um... a seita não profana apenas acalma um pouco a dor... é ,meu, há monstros aí. Afogue eles! (...)Onde estão aqueles lugares que embalaram seus sonhos que fizeram amadurecer, então vamos querida, deixe pra trás a vida, que é pra poder viver assim” (Calango Armado)

Uma vida real pulsando: “eu só quero entender o que a vida me mostra, onde vou aprender/ eu só quero saber o motivo de tudo (...)mas me faça viver em horas transparentes (...) E o mundo está assim porque ninguém mais quer acreditar na força de uma vida, eu quero entender, eu quero saber/eu quero lutar/ não quero morrer/ não quero sair/ não quero sentir... eu quero viver, eu quero amar, que quero aprender (...) é o sopro da vida. Quem não sabe como escapar... venha me buscar... pra onde todos possam suar a camisa para ganhar o pão.. aqui não há mais vida, eu quero sonhar, eu quero lutar, quero aprender, quero me virar, quero ter um futuro na vida... Não é fácil entender porque uns nascem pra viver, não é fácil entender porque uns nascem pra sofrer. Eu quero sonhar, que quero um lugar, quero aprender...” (Um voto A favor)
Disco moderno, com clima Television aqui, bossa nova ali. Muito do que uma moçadinha antenada sonhava fazer e fez depois, tá aqui. Não achei a data do disco, mas ou é final de 99 ou dos primeiros anos 00.

Grosso Calibre ou Milênio este disco é uma preciosidade que ficou perdida, pouco ouvida e um dos mais belos momentos da produção local. Rodrigo Garcia não fez nenhum outro disco, se apresentou uma vez no James, abrindo pro OAEOZ. À convite da De Inverno ele espalhou suas folhas de caderno com as letras. Quase ninguém entendeu nada! Mas, foi um momento especial. Talvez um dia eu ache algum registro disso. NO disco, Rodrigo tocou guita, baixo, bateria e percussão, além de cantar e assinar as letras. Ou seja, fez tudo. É um disco de compositor. A despeito de que ele reclame de questões técnicas, do que poderia ter mudado e tal, do seu jeito de cantar, esse álbum é de uma entrega que me emociona sempre que ouço. Teve participação especial de Rodrigo Ribeiro (o Tio Zé), Alex Lourenço, Bhorel. Pelo que sei, Rodrigo Garcia viveu anos no EUA. Chegou a circular uma notícia de que ele estaria de volta, com a mulher e a filha. Nunca mais encontrei o figura, mas a música que ele fez e registrou nesse disco volta sempre a tocar aqui em casa. É um daqueles discos que me faz pensar sobre o que sou e de onde venho!

9/30/2012

temporada de amoras: torta com chocolate

costumo dar um toque ou outro nas receitas que experimento. como estamos na temporada de amoras e tem uma árvore linda na frente de casa, carregada, fui atrás de receitas com frutas vermelhas. a primeira foi uma torta com chocolate com amora. Por minha conta e risco tirei o açucar e coloquei mais chocolate amargo que ao leite. e também deixei sem a cobertura com geleia de frutas vermelhas - e ainda assim, num primeiro momento achei muito doce. mas, comi todo o pedaço! penso em experimentar com açucar mascavo e só chocolate (talvez meio)amargo pra ver como fica. não me dei conta no início, mas a receita dizia sobre uma forma de 20cm que não tinha e fiz uma maior. Pensei que a base não daria. Quando pronta temi que ficasse seca demais, me pareceu que ela tinha que ficar mais macia, sei lá. Nada! olha ela aí, ficou crocante e gostosa, depois do forno:
Aqui, o preparo da outra base, ou recheio, de chocolate. a parte morna gelada da receita. chocolates derretendo...
e aqui a delícia pronta:
E foi assim que comemos uma torta de amoras com chocolate deliciosa por três deliciosos dias. Meu próximo passo: cuque de amora! ops, quase esqueci:essa é a receita que foi o ponto de partida: Torta de Amoras Ingredientes para a base 200g de biscoitos de chocolate amanteigados triturados 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal derretida 1/2 colher (sopa) de água gelada Ingredientes para o recheio 200g de chocolate meio-amargo (eu usei um com 52% de cacau) 200g de chocolate ao leite 1 lata de creme de leite sem soro 2 colheres (sopa) de açúcar refinado 1 1/2 colher (sopa) de licor cherry brand 30g de manteiga sem sal em temperatura ambiente 1/2 caixa de morangos lavados Decoração 2 colheres (sobremesa) de geléia de frutas vermelhas amolecida (coloquei no microondas por 40 segundos) Morangos frescos Mirtilos frescos(Blueberry) Framboesas frescas Amoras frescas Modo de preparo 1. Pré aqueça o forno a 180 graus. Misture a água e a manteiga derretida junto com os biscoitos triturados e forre o fundo e as laterais de uma forma de fundo removível. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 10 minutos. Retire e deixe esfriar. Reserve. 2. Prepare o recheio. Derreta todos os ingredientes do recheio (com exceção da manteiga e dos morangos) em banho maria, mexendo de vez em quando (você também pode usar o microondas, mas eu prefiro o banho maria pois vejo todas as etapas da receita). Depois que derreter, deixe a mistura esfriar. Na batedeira, bata a manteiga até ficar fofa e de cor clara. Adicione aos poucos o chocolate, que deve estar frio, e bata por aproximadamente 5 minutos em velocidade média. 3. Montagem. Disponha metade do creme trufado sob a base de biscoitos, acrescente os morangos inteiros sobre o creme, complete a torta com o restante do creme e leve para gelar por aproximadamente 2 horas. Após gelar, passe a geléia sobre o creme e decore com as frutas frescas. perdi o link do blog onde achei. sorry!

9/25/2012

Entre Tom Jobim e Stones: Stilnovisti

“It's Nothing New foi composta em Londres. Eu havia conhecido um guitarrista na vizinhança e de vez em quando nos encontrávamos para fazer um som. A gente aprende muito com outros músicos: ele me mostrou detalhes da afinação "Open G" usada pelo Stones e eu apresentei a música de Tom Jobim para ele. Na semana seguinte nos encontramos e toquei It's Nothing New e ele tocou sua primeira incursão na Bossa Nova. Gravamos juntos estas canções e outras, algumas estão lá no myspace Martinuci. Essa nova leitura é um pouco mais puxada para o Blues Rock. Foi assim que o Gaúcho (Luís Bourscheidt) sentiu a canção. Schubert colocou uma pitada funky, Abu mergulhou-a ainda mais no Blues, com reverberações de Mick Taylor, Eric Clapton e Stevie Ray Vaugham. Jorge Falcon decidiu brincar de Nicky Hopkins e eu de Keith Richards! Uma curiosidade é que a afinação, que na literatura do blues e do rock recebe o nome de Open G, no Brasil é usada na viola caipira e tem o nome de "Rio Abaixo". Isso explica o fato da introdução da canção estar bem mais perto de Umuarama do que de Londres !”, Aguinaldo Martinuci, sobre “It’s Nothing New” , cuja versão ao vivo gravada no Paço da Liberdade pela banda Stilnovisti ganhou clipe. É a segunda deste show a ganhar clipe. A primeira foi Inverno, faixa que dá nome ao EP relançado em julho pela De Inverno Records. ************************************************************************************ Conheci o Stilnovisti quando procurávamos, ano passado, um último nome para o Palco De Inverno, celebração dos dez anos da produtora, dentro da Virada da Corrente Cultural de Curitiba. Conhecera Martinuci pelo blog Sobretudo e quando chegou a hora, o bom trabalho dele foi lembrado pelo Ivan na lista prévia. Coisas da vida, o Stilnovisti acabou não entrando, mas conversa vai conversa vem, houve uma aproximação e Martinuci virou professor de piano do Ivan. E eu aqui, só ouvindo as impressões e notando que havia nesse cara um interesse muito bacana, uma vontade de “fazer” e de encontrar gente disposta para ter ao lado. Simples, divertido, chegado em fazer parte “da diretoria”. Resumindo, nas voltas que a vida dá, ele veio fazer um som aqui em casa e foram dados os primeiros passos que se transformariam no imof, que agora já passou está mais forte do que nunca. Junto vieram mais notícias sobre a Stilnovisti e quando eu percebi nas conversas pela casa, a De Inverno estava voltando da hibernação com tudo encaminhado para (re) lançar Inverno, EP de estreia da banda, que além das cinco faixas gravadas em estúdio do trabalho original, trouxe bônus com três músicas inéditas registradas ao vivo. Formado por um grupo de amigos que se conheceu durante o curso de Música da UFPR – Martinuci (voz, piano, violão, compositor e idealizador do projeto); Luís Bourscheidt (bateria, voz), Fernando Schubert (baixo acústico e elétrico) e Fábio Abu-Jamra (guitarra, violão, voz) - o Stilnovisti lançou o primeiro EP em outubro de 2010, com o apoio da lei de incentivo da Fundação Cultural de Curitiba. Agora estou assim, entre imof e Stilnovisti, ensaios regados a café da tarde, queijo caipira e outras guloseimas, shows e vídeos novos. E o mais recente é este aqui, "It’s Nothing new”, que foi gravado nos show de lançamento no Paço da Liberdade e faz parte também do repertório da imof. É evidente que o Martinuci é um baita artista, além de um figura muito bacana que se integrou perfeitamente ao "nosso modus operandi!". Ele é contagiante, tem alto astral e divide não apenas seu conhecimento musical com humildado e companheirismo. Acho que isso tudo se reflete no som que ele apimenta, provoca e faz surgir outra coisa. Tenho sempre a sensação de que por ele, os ensaios não terminariam nunca! Até quando o povo faz aquela paradinha básica no quintal das amoras, ele fica lá às voltas com seus pedais de guita, tocando alguma música nova, enfim... é um inquieto tranquilo. Gostei primeiro da música que ele faz. Mas, ao observar o jeito como ele faz música percebi, ali, o modo de criar típico daqueles que sabem um tanto, mas também têm consciência e disposição para entender é sempre bom continuar aprendendo. Me parece que é dessa camaradagem, também, que nasce a música do Stinovisti - que, cá entre nós, só tem feras na formação, hein! Quem sabe, sabe! E a gente tá aqui pra aproveitar. Então, agora já são dois clipes do Stilnovisti. Tem este também: Stilnovisti já está entre as bandas que mais gosto. Volta e meia, o disco roda novamente por aqui. Afinal, pra música boa a gente volta sempre!

9/23/2012

temporada de amoras

antes mesmo da primavera chegar o pé de amora tava carregadinho. Ela já tava dando água na boca desde a floração. A árvore ficou simplesmente linda cheia de flores. É uma planta generosa, que se espalha pra fora do muro se oferecendo pra quem passa. Eu lembro delas de criança. A partir de agora, todo dia tem uma leva vermelhinha pedindo pra ser colhida, pois qualquer vento as derruba formando um tapete macio. A colheita de hoje é o primeiro passo para uma torta. Vamos ver se eu acerto. A receita promete. E outras virão!

9/19/2012

Venha, Baby!

eu sonhei que tava chovendo e a roupa da Baby lá fora molhando quando acordei e lembrei o gaio da roseira me arranhou e o vento sorriu pra nós Hoje, sim, é um dia pra mim. Venha, Baby, vamos lá fora no quintal ver as folhas dançando pra nós rolar de costas na grama e ver as gatas correndo tá trovejando e o sonho tá chegando Venha, Baby! Vamos lá fora no quintal comer amora no pé. é que esse cheiro de terra molhada me lembra tudo de melhor que a vida me deu.

9/12/2012

mulheres loucas

Tem gente que inspira a gente, não é não? Eu tenho várias pessoas que me inspiram. E o mais legal é que algumas nem conheço, só vejo na rua, por aí. Basta olhar e por alguma razão, que às vezes nem me dou conta direito e passa rápido, sinto algo pulsar mais forte – chamo isso, quando estou bem, de vida batendo na porta. Quando não tô bem, tudo passa entre os dedos sem nenhum prazer. Pode ser aqueles senhores na praça Tiradentes, falando, falando, com suas expressões de gente do interior; sentadas em seus bancos de praça elas olham as pombas e deixam a vida passar tão serenamente. Sei lá, se só estão esperando que o momento ruim se adiante ou se estão mesmo satisfeitas. Só importa vê-las ali, na praça da cidade como se vivessem em outrora, cheias de lembranças próprias e não raras vezes ouvindo uma cantiga de igreja ou uma música caipira que também em mim provoca algo. Ou a pessoa que está pensativa no ônibus que sai do terminal as 15h45. Todos os tipos, todas as expressões, tantas e tantos, soltos nos dias nem sei se procurando algo – ás vezes acho que só eu me engano nessa busca insana por alguma coisa que provavelmente nem existe ou está bem embaixo do meu nariz. Ou, outra dessas, que passa na rua e vejo pela janela no ônibus. Gosto de olhar as pessoas pelo vidro da janela do ônibus, estranhos desconhecidos que contam histórias sem saber, confessando suas birras, odiando e amando, errando mais do que acertando, porque às vezes essa é a sina. Mas, também, tem os conhecidos que me inspiram. Como hoje, fazendo um clipping, abri o blog de uma amiga e, pronto, aqui estou eu escrevendo sem sentido, enquanto devia estar no trabalho por fazer. È que tem gente que inspira a gente, não é não? E como eu ia dizendo, eu tenho muitas pessoas assim por perto. Algumas mais, outras menos. Perto. Algumas voltam na lembrança quando eu menos espero – e quando eu quero, sempre. Tem aquela, muito especial, que me aparece como um pássaro na árvore na frente de casa. Vejam só, demorei para perceber que tem um pássaro que canta quando essa pessoa quer falar comigo. Ou quando eu preciso falar com ela. Só me dei conta disso ontem, no meio da tarde, sozinha em casa, quando o mundo parece até que parou só pra eu ouvir aquele canto que me lembrou você, pessoa especial! E, hoje, abri o blog e passando rapidamente os olhos lembrei de várias dessas pessoas que me inspiram, em especial esses estranhos que passam sem parar por minha vida. Foram alguns encontros fortuitos que deixaram marca na minha memória. Como o senhor que me viu um dia bebendo sozinha, faz tempo isso, na feirinha de inverno da praça Osório e puxou uma conversa tão simpática, para lá pelas tantas confessar que chegou perto de mim porque meu sorriso que escapou o lembrou de sua amada. Desde que a perdeu, disse, vinha do bacacheri parando de boteco em boteco para beber uminha e pensar na vida. Os filhos não gostavam disso. Mais ou menos assim ele me contou. Mas que ele podia, porque já tinha vivido seu grande amor. Já eu, uma menina tão nova, não devia estar ali bebendo sozinha, com aquele sorrisinho triste no rosto! Me diga, o que vc faz quando ouve algo desse jeito e a cidade para pra vc e aquele estranho? E lembrei também daquela mão que senti no ombro no dia que fiz uma imensa burrada indo pra aula, no tempo do barddal, ainda. fiquei bem no meio da pista, por descuido, entre dois expressos que passaravam. No exato instante em que me dei conta da merda, senti uma mão pequena no meu ombro e uma voz: “ A gente faz tanta besteira quando está com pressa, né menina?” Respondi um ahã apressadamente e quando cheguei ao outro lado da calçada e procurei aquela senhorinha pequena, bem velhinha,para conversar melhor e quem sabe sorrir para ela, nunca mais a vi! Mas, jamais esqueci aquele instante. Por alguma razão aquele dia nunca mais saiu de mim. Esses encontros me inspiram! Essas pessoas me inspiram! Outro dia, foram duas mulheres loucas que apareceram, no mesmo dia, dizendo coisas que nem eram para mim... essas mulheres loucas me intrigam mais do que os homens loucos... ainda descubro porque!

9/03/2012

Imof na Bicicletaria Cultural

O próximo, segundo, show da banda imof será na simpática bicicletaria cultural, num sábado a tarde. Bom, né, curtir um som cedo, voltar pra casa numa boa. Tenho certeza de que será demais. Nos vemos logo, então!