5/19/2014

Enfim

Nasceu. Um dia depois chegou. E cheia de tudo acordo vazando possibilidades mortas,
transbordando ideias que dançam numa coreografia confusa num ritual que gostaria de ser pagão.
Em uma balança que traz o bom e o ruim as palavras pulam tentando se esconder de mim e de você.
Só servem para iludir, mas não iludem mais!
Porque agora já sei a hora de pegar o ônibus. E se perder esse virá o outro
desvirando os caminhos
deixando as letras tortas encarando o céu sem uma nisga de núvens
sentindo o risco do violão com corda de aço
e do slide entre os dedos metálicos

Dormi na eternidade ocasional dessa manhã que começou tarde

Mas, não demais.

Toda mulher tem seu dia de não ser nada
Não posso crer que aos homens faltem esses dias, tampouco.
é que sou covarde e não acredito
e me irrito com essas pessoas
e também com a procura inerte e incessante que não cala nunca

é que amo essas vozes que tento ouvir dias após dias gritando logo aqui
mas está tudo muito alto e não consigo entender nada até que a lua venha e feche minha boa
e me faça, enfim...

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