“ Quando ventar, uma bela flor me chegará
Quando ventar eu acharei
o meu lugar
Quando ventar com o
vento eu irei dançar
Eu vou voaaaar
entre maçãs (não) vou ficar
Quando ventar ente maças não ficarei
Quando ventar meu coração eu buscarei
Quando ventar me espalharei ao chão
Quando ventar eu sentirei meu coração
Quando ventar nova vida começar
Eu vou voar,
ente maçãs (não) vou ficar”
Na estante nova, as velhas e boas canções terão sempre um
lugar especial. Dá uma sacada no segundo som que ouvi hoje, esse aí de cima. Acordei tarde, a casa em silêncio, o dia cinza. Queria
achar um disco e achei outros na tal estante nova que está, ainda recebendo aos
poucos, a nossa trilha sonora. Neste
tempo, ganhei outro presente que me permitiu viajar ainda mais no tempo, um
aparelho de som “3 em 1”. Quem lembra deles, que eram o “must” lá nos idos dos
primeiros anos de 80. Tanto azucrinei
que ganhei de presente de 15 anos um desses: um Sanyo ATR 10D, com rádio, toca
disco e dois tapes – e isso era o máximo porque eu podia, também, copiar de
cassete pra cassete.
Eu fazia miséria. Ganhei esse som poucos antes de sair da casa dos meus avós e vir morar em Curitiba. Mas, foi nos meus primeiros anos em Curitiba que esse aparelho de som foi meu melhor amigo, companheiro com o qual compartilhava todas as minhas muitas lágrimas de saudade, de falta e, quem sabe, de medo diante da incerteza do mundo completamente diferente que se apresentava na minha nova cidade, Curitiba. Foi neste som, já morando aqui, que ouvi incansavelmente em 1986 o disco The Final Cut, do Pink Floyd, a primeira banda “louca” que conheci de verdade. Eu ouvi tanto esse vinil, deitada no chão do meu quarto, escuro, com a cabeça entre as duas caixas de som. .. Tadinhos dos meus pais, nesta época. Eles se preocupavam comigo ! Isso entre 85 e 88, meus primeiros três anos morando em Curita antes de ir pra faculdade sem imaginar que aí, sim, é que tudo mudaria de um jeito que eu jamais imaginara. Até então, eu me distraía ouvindo Legião Urbana, RPM, Kid Abelha e muito rádio, de onde gravava as tais fitinhas.
Eu fazia miséria. Ganhei esse som poucos antes de sair da casa dos meus avós e vir morar em Curitiba. Mas, foi nos meus primeiros anos em Curitiba que esse aparelho de som foi meu melhor amigo, companheiro com o qual compartilhava todas as minhas muitas lágrimas de saudade, de falta e, quem sabe, de medo diante da incerteza do mundo completamente diferente que se apresentava na minha nova cidade, Curitiba. Foi neste som, já morando aqui, que ouvi incansavelmente em 1986 o disco The Final Cut, do Pink Floyd, a primeira banda “louca” que conheci de verdade. Eu ouvi tanto esse vinil, deitada no chão do meu quarto, escuro, com a cabeça entre as duas caixas de som. .. Tadinhos dos meus pais, nesta época. Eles se preocupavam comigo ! Isso entre 85 e 88, meus primeiros três anos morando em Curita antes de ir pra faculdade sem imaginar que aí, sim, é que tudo mudaria de um jeito que eu jamais imaginara. Até então, eu me distraía ouvindo Legião Urbana, RPM, Kid Abelha e muito rádio, de onde gravava as tais fitinhas.
Pois em uma de nossas mudanças, não perguntem como, resolvi
deixar esse tal Sanyo pra trás, entre os destroços e revistas velhas... quando
me dei conta da merda que tinha feito era tarde demais. Mas, às vezes a sorte bate a nossa porta outra vez e eis que
este ano fui na casa da amiga Gilce tomar um café e lá no cantinho da sala avistei o “meu 3 em 1”. Quase chorei e não perdi a chance: se um
dia for vender ou passar adiante, lembre de mim, Gilcinha! Primeiro ela trouxe alguns vinis preciosos
que já mostrei aqui. A pouco mais de uma semana recebi uma mensagem : estou
dando o aparelho de som vc quer? Vamos levar aí, é agora ou nunca. rs” Já era
tardão da noite e nem hesitei e respondi com um simples: “ quero sim”!
Meia hora depois ele chegava em casa. E está perfeito, com
tudo funcionando, já ouvimos vários discos – há, o som chuviscoso do vinil
combina muito com Curitiba e seus dias deliciosamente friozinhos como o de hoje, em pleno janeiro!!!!
Os clássicos do Cores d Flores, com a formação clássica da
banda, aquela que a gente conheceu de perto quando eu recebi das mãos do meu
editor de Caderno G, Paulo Camargo uma fitinha cassete de uma banda cuja
vocalista conhecia Renato Russo, algo assim. “Veja o que
é, achei a tua cara e acho que pode render uma história legal”, com essa
orientação recebi a tal fitinha e ainda lembro quando a colocamos para ouvir no
scort verde, voltando pra casa do trabalho. O Ivan logo lembrou: é aquela banda
com a garota cantando que vimos no festival da Federal (2.º Leite Quente, em 98), lembra, que foi a que a gente mais gostou". Eu não esqueci mais.
A tal guria, Mariele Loyola, dias
depois foi a um show d’OAEOZ no James, depois ela Mackoy e Vivi foram lá em
casa numa festa junina. Lembro claramente deste dia, com o fogão a lenha aceso
na casa das jabuticabas. Assim começou uma amizade que eu sei que não vai
acabar nunca. Não lembro se foi essa
mesma fita, acho que não, mas aqui está a que me reecontrou e com ela algumas das canções que continuam
entre as minhas preferidas, criadas por Cores d Flores, Mariele, Mackoy, Deiwerson,
Douglas e Francis! A fita
cassete com um texto de apresentação do Ivan. Repertório:
Filme, Com Cores de flores, Palavra Dita, Um dia Só, Maçãs, Achados e Perdidos,
Até breve! Clássicos da 'música curitibana", clássicos da música alternativa brasileira, uma das bandas com um dos shows mais poderosos que eu já senti. Eu me acabava de tanto dançar e cantar nos shows deles! Eita nóis!!!! Não é nostalgia, não! É saber o que pode fazer a diferença na vida da gente!.
3 comentários:
Eu tinha um som dessi.pra min era uma boat
Ola, ganhei um SANYO ATR 10D, mas está sem agulha o toca disco. VocÊ saberia me informar qual é a agulha desse Toca Discos?
Grato,
Wesley.
A agulha é a Ag-80
Também tenho um que era dos meus pais
Uma verdadeira perolaaa ouço muitoo ate hoje
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