“A vida é fácil
eu é que sou complicado
sempre acabo me enroscando nesses dias tortos
A gente sempre quis ter uma vida simples (...)”
Tava trabalhando e dei uma passada no blog da Josiane Ritz... li alguns post, lindos, falando das filhas dela (que são, realmente, crianças encantadoras, resultado, com certeza, de uma educação amiga e amorosa). E aí, eis que começo a pensar na vida simples, e careta se preferir, que parece que o tempo insiste em nos encaminhar, os mais loucos e os menos loucos como eu. Cada um, louco ou louco, no seu rumo. Lembrei d’OAEOZ. Lembrei de Dias Tortos...que viagem no tempo. (Ah, amanhã é o niver do RO, por falar nisso).
Pensei na vida. Lembrei de coisas que venho pensando nesses últimos dias (que voltam como se estivesse num círculo do qual não posso sair). E que de tanto ficar pensando, acabo nunca escrevendo sobre no blog.... talvez seja só um tipo de covardia mesmo. Vai saber.
Só sei que me bateu uma nostalgia nesse fim de tarde, no meio dessa confusão de pensamentos. Acho que é a gripe (eu tinha prometido me entregar a seus braços, mas olha só que horas são e continuo na frente dessa tela). Uma saudade de sei lá o quê, mas com a certeza, também, de que amo a minha vida e a escolhi bem, embora me sinta, outra vez, num momento de me “perceber” novamente. Seria a saída da fase balzaca? ‘Sabeimelá’. Só sei que me perco, constantemente, entre ideias e vontades, umas sobrepondo as outras, voltando depois, para sobrepor-se às outras que vieram.
Acho que é o dia. Me senti um pouco assim até quando li sobre a peça que a Fernanda D’Umbra ta estreando hoje como diretora em Sampa, com texto do Caco Galhardo. Garotas que trabalham numa loja de sapatos esperando a porta ser aberta pra iniciar outro dia de trabalho. Enquanto esperam falam de si, de nós e das outras. Eu fiquei com tanta vontade de ver essa peça!!!!! Não sei porquê, mas me senti próxima.
Talvez seja a semana. Ontem também senti essa saudade de sei lá o quê, quando terminei o livro dos diretores de cinema. E parecia a gente conversando sobre como as pessoas curtem a música hoje de um jeito diferente, apressado demais, sem aquele ritual que a nós era tão caro. Um clima meio fim de festa, no livro, perante o jeito como as coisas são feitas, apressadas e com alvos duvidosos, hoje em dia.
Enfim... não vou entrar numas de "no meu tempo..." por favor, né adriane!!!
Pra encerrar essa coisa sem nexo:
“(...) ainda espero neste banco (...) com este caderninho em que uma mão escreve para inventar um tempo que não seja só aquela interminável rajada que me projeta em direção a outro sábado (...)”, Julio Cortázar.
Ou
“Vivo a caça de motivos pra estar vivo. só existir me empurra pro abismo/ás vezes o viver também, sabemos disso/os dias passando só pra preencher o tempo, como rabiscos num caderno antigo, não me interessam mais, embora me atropelem, quase sempre”, cortesia d’OAEOZ, que acolheu em uma de suas belas músicas minhas palavras perdidas num comentário de blog... parece que foi há tanto tempo!!!! (adri)
5/28/2010
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Um comentário:
adoro quando vc me liga e a gente conversa que nem comadres..
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