3/22/2007

Lembrando do futuro



e tem texto do grande figura Wellington Dias, produtor e il capo do selo Gramophone, que começou como programa de rádio, virou zine, etc. olha só:

"...Com um publico bem legal sobe ao palco o “OAEOZ”, saudades de ver essa banda ao vivo, destilando toda a doce melancolia que tanto me atrai em suas composições; OAEOZ não faz musica para dançar ou pular... Faz musica pra se ouvir, degustar, sentir e compartilhar (como aconteceu em “Dizem” com o publico cantando junto à bela letra da canção). “Alguns dizem que tenho talento para melancolia e qualquer tipo de fobia, e tenho pena de mim, gosto de me arrastar por ai, por debaixo da dor, implorando por afeto! Dizem também que mantenho uma distancia que dura mais ou menos dois copos; mas que depois me solto e sou capaz de ir para a casa mais próxima, com qualquer que seja, em busca de um pouco mais e de aconchego!” (nunca fui descrito tão bem por pessoas que mal conhecia quando a musica foi feita, claro que não foi composta para a minha pessoa, mas me dou ao direito de me apropriar dessa maravilha!)..."

leiam a íntegra aqui no site do Gramophone

e a foto acima também é do Wellington. Como dá pra sacar pela foto, nessa hora, quem tava no palco era o La Carne. E dá pra perceber na cara do pessoal a alegria de todo mundo naquela hora. Dá saudade e um arrepio só de ver isso. Muito foda. Cada vez que esses caras vem pra cá, causam um estrago danado. Fazem a gente se sentir mais vivos por alguns momentos. Como eu já disse no texto sobre o show para o blog do ruído, La Carne é mais que música, é vida dilacerada e esfregada na sua cara ao vivo em cima de um palco. Tenho muito orgulho de ser amigo desses caras e de poder partilhar esses momentos, que pra gente, são históricos, porque são pedaços fundamentais da nossa vida.



e hoje, aqui em Curitiba, tem o show de despedida daquela que pra mim a banda paranaense mais importante de todos os tempos. Quando eu digo pra mim, digo literalmente. O Beijo AA Força foi a primeira banda do Paraná que eu vi pessoalmente ao vivo, tocando música própria. Foi lá por 90,91, no teatro da cada de cultura de Ponta Grossa. Tinha umas 30 pessoas. Eu mau conhecia o trabalho dos caras, só conhecia as músicas que saíram naquela coletânea Cemitério dos Elefantes. E foi um choque. E os caras tocaram como se tivessem tocando pra 50 mil pessoas. E o Rodrigão não conseguia afinar a guitarra les pal epiphone e jogou ela no chão, e cada vez que passava dava um bico na dita cuja. E eu saí daquele lugar convencido de que era isso que eu queria fazer. Música. Ou seja, eles são os culpados. Enfim, é um dia histórico pro rock de Curitiba. Valeu BAAF!

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