Adriane Perin
Trevo Digital é uma plataforma para comercialização de música em MP3. É mais do que um site, explicam os donos da empreitada, os curitibanos Luiz Eduardo Tulio e Eduardo Carvalho Junior, ambos da banda Celestines, o primeiro formado em Engenharia Civil e o segundo um professor de História que também atua como representante comercial.
Com um comprometimento musical que vai muito além do hobby para ocupar as horas vagas, a dupla se deu conta que chegou ao mercado com sua proposta musical no meio do olho do furacão, quando ainda tontos, todos – artistas, alternativos ou não, e empresas - tentam achar novos meios de fazer sua música chegar o mais longe possível. Missão mais dificil quando se fala de música autoral alternativa, em cujo universo não se conta com grandes orçamentos. “Pegamos justamente uma fase de transição do CD físico para o digital e quando os espaços para distribuição física começam a se fechar”, comenta Tulio, por telefone. Constatação feita, mangas arregaçadas, foram pesquisar sobre caminho a serem desbravados. “Notamos que fora os grandes sites, UOL, IG, Sonora, não existe nada para o artista chamado independente”, observa. Do sistema de download remunerado do Trama Virtual, por exemplo, a dupla concluiu que não dá para sustentar uma banda. A gravadora Trama tem dois grandes patrocinadores que disponibilizam entre R5 e R$10 mil mensais, que são rateados entre quem fizer uma cota mínima de download. “Fizemos um acompanhamento e dava na média de 10 centavos por música. Quer dizer, com a venda de 10 mil downloads, o que não é pouco para este nosso universo, a banda ia ganhar R$100 . Não vimos como isso pode levar uma banda adiante. É melhor para o site, que recebe muita visita, mas a banda não sobrevive”, observa Luiz.
Pelos comentários correntes, os músicos parecem estar gostando da idéia, que está tendo seu lançamento oficial este mês. “A gente não pertence a nenhuma mega corporação, do tipo UOL, ou Terra, é uma plataforma feita por músicos para músicos”, observa. È bem simples participar, basta a banda ou selo fazer um cadastro, que vai ser aprovado pela diretoria da plataforma – a equipe prefere chamar assim e não de site. Depois disso, ele vai poder criar sua própria página – como se faz em portais como My Space – e ter sua própria loja de venda. “O interessado não preciso ir só na página da Trevo, porque o usuário vai poder colar o ícone da loja nas páginas que já tem na internet e fazer a venda normalmente”, explica Tulio.
A banda define tudo, preço, se vai vender por faixa ou a obra completa e só paga uma taxa anual de R$30. O site entrega 80% do que receber para a banda. “E não temos nenhum tipo de exclusividade”, completa o empreendedor, com sua lista de vantagens.
Tulio e Carvalho Junior não sabem ainda se vão, com isso, conseguir ganhar dinheiro. “É tudo muito incerto, e sabemos que para ter alguma chance, temos que implantar melhorias. Pensamos por exemnplo, em vender o disco físico também, no futuro. Mas, no momento o interessante é ser um distribuidor de música digital. E este é o único, neste sistema no Brasil”, garante ele, que continua a todo vapor também com a banda.
Importante dizer, segue, ele que “não somos gravadora, não vamos fazer divulgação e lançar artistas”. Portanto, o bom desempenho no Trevo depende do empenho da banda, como sempre. Além de apresentar aos clientes a certificação digital 128 bits SSL de compra segura pela internet, a Trevo Digital oferece o Trevocard, um cartão virtual em que o consumidor abastece seu crédito e utiliza da maneira que quiser, sem restrições quanto a tempo, formatos, selos independentes, gêneros ou intérpretes. Estarão disponíveis ainda para o internauta entrevistas com os artistas, parada com os dez nomes mais acessados, sistema de recomendação de cantores e bandas como sonoridades similares e áudio com trinta segundos de cada música sem qualquer custo para o ouvinte.
Serviço
2 comentários:
que bacana hein. muito legal mesmo
os caras me parecem bem interessados. tomara que dê certo
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